Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Atividades de verão nas nossas praias

A notícia em:
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=3406103a-e9ad-4bb8-99ef-bb148519df8a&edition=200

Duas praias têm Bandeira Azul e cinco “Praia Ouro”
São Martinho do Porto abre época balnear nas praias galardoadas do concelho de Alcobaça
   
São Martinho do Porto Conhecida como a Concha Azul, São Martinho do Porto é considerada a Melhor Praia do País para a Família e tem honras de abertura da época balnear de toda a orla costeira concelhia.

Calendário das épocas balneares do concelho de Alcobaça: São Martinho do Porto - 17 de Junho a 17 de Setembro; Paredes de Vitória - 24 de Junho a 10 de Setembro; Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Polvoeira e Légua - 1 de Julho a 3 de Setembro;
Em 2017, as praias de São Martinho do Porto e Paredes da Vitória foram uma vez mais galardoadas com a Bandeira Azul e com o estatuto de Praia Acessível – Praia para Todos, ao passo que Paredes da Vitória, Água de Madeiros, Légua, Pedra do Ouro e Polvoeira obtiveram novamente o galardão “Praia de Ouro”, atribuído pela Quercus.
“Estas praias garantem todas as condições de usufruto e de segurança além de serem abençoadas pela sua bela paisagem natural. Ao todo temos uma vasta orla costeira com nove praias, cada uma com características que satisfazem diferentes perfis de veraneantes, sejam eles mais familiares ou aventureiros”, destaca o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio.

Atividades de Educação Ambiental
O Município de Alcobaça tem vindo a promover um conjunto de atividades de educação ambiental como forma de sensibilizar a comunidade escolar e o público em geral para a preservação do património natural do concelho. Estas iniciativas destinam-se a cumprir os objetivos da programação definida pela Associação Bandeira Azul, que determina a atribuição anual do respetivo galardão. Confira as próximas atividades a decorrer nas praias da orla costeira alcobacense:

• Exposição “Da Nossa Terra e Do Nosso Mar” – 1 de julho a 1 de agosto | Biblioteca Municipal de Alcobaça o Exposição de fotografias das Eco-Escolas no âmbito de saídas de praia realizadas no Inverno e na Primavera
Visitas guiadas das 14h00 – 16h00
• 3 de julho
• 10 de julho
• 28 de julho
• 1 de agosto

• Percursos Interpretativos
o 21 de junho - “Conhecer melhor o Litoral Norte de Alcobaça” (Praia Paredes da Vitória, Pataias)
o 28 de julho - “No sopé da Serra dos Candeeiros”

• Hora dos Livros do Mar – Sessões de Leitura nas Bibliotecas de Praia
o 5 de julho | 14h00 – 15h00 | São Martinho do Porto
o 2 de agosto | 14h00 – 15h00 | São Martinho do Porto
o 4 de agosto | 14h00 – 15h00 | Paredes da Vitória
o 8 de agosto | 14h00 – 15h00 | São Martinho do Porto
o 11 de agosto | 14h00 – 15h00 | Paredes da Vitória

A SUMA, em parceria com a Câmara Municipal de Alcobaça, irá também desenvolver atividades de educação ambiental nas praias de Paredes da Vitória e São Martinho do Porto:

• Ecospot (ação de sensibilização ambiental sobre a importância de respeitar regras de urbanidade em contexto balnear)
o 3 e 5 de Julho | São Martinho do Porto
o 4 de Julho | Paredes da Vitória

• Procuro Não Sujar
o 11 de Agosto | São Martinho do Porto
o 12 de Agosto | Paredes da Vitória

• EKO KIOSKO (equipamento de informação ambiental)
o 1 a 13 de agosto | junto à Biblioteca de Praia de Paredes da Vitória

Atividades Desportivas
Serão também dinamizadas diversas atividades desportivas nas praias do concelho de Alcobaça, as quais poderá assistir ou participar. Confira o calendário:

• Paddle - Beach SUP Race | São Martinho do Porto | 1 de julho | Informações – clique aqui
• 24H de Beach Spinning | São Martinho do Porto | 22h00 de 28 de julho – 22h00 de 29 de Julho
• Aeróbica de Praia | São Martinho do Porto | Paredes da Vitória | Julho-Agosto

Bibliotecas de Praia

• São Martinho do Porto
o 1 de julho a 3 de setembro
o 10h00 às 18h00
o Serviços: Internet, Jornais e registas online, Tablets, Empréstimo de Jornais e revistas, Desenhos para pintar e jogos didáticos; Atividades, Hora do Conto
o Organização: Câmara Municipal de Alcobaça

• Paredes da Vitória
o 2 de julho a 31 de agosto
o 09h00-12h30 e 13h30-17h00
o Serviços: Internet, empréstimos domiciliários, literatura geral, infantil e juvenil, jogos infantis e juvenis
o Organização: União de Freguesias de Pataias e Martingança

terça-feira, 20 de junho de 2017

Cinema regressa ao Cineteatro de Alcobaça

A notícia em:
http://www.regiaodecister.pt/noticias/cinema-regressa-ao-cine-teatro-de-alcobaca-em-setembro

Cinema regressa ao Cine-teatro de Alcobaça em setembro

As sessões de cinema vão regressar ao Cine-teatro João d’Oliva Monteiro, em Alcobaça, a partir do próximo mês de setembro. 
As exibições estão previstas para as quartas-feiras à noite e domingos de manhã haverá cinema para as crianças. “A extensa programação do Cine-teatro não permite reservar o equipamento para cinema ao fim de semana, mas penso que será um bom hábito ir ao cinema às quartas-feiras à noite”, justificou a vereadora da Cultura da Câmara de Alcobaça, Inês Silva. A sala cultural está agora preparada com equipamento de projeção para cinema digital, tendo as mesas de som e de luz sido também susbtituídas.
O cinema estava suspenso no Cine-teatro desde 2015 pela falta de películas para a máquina existente.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Eixos estratégicos do CDS para a Câmara Municipal

A notícia em:
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=0f9e3e0e-66fc-4eee-b49b-fc5a3f98c8c8&edition=200

Candidato independente nas listas do CDS/PP à Câmara Municipal de Alcobaça
Carlos Bonifácio apresenta eixos estratégicos da candidatura à Câmara de Alcobaça
   
Carlos Bonifácio, candidato independente nas listas do CDS/PP à Câmara Municipal de Alcobaça, apresentou, no dia 9 de Junho, os eixos estratégicos da sua candidatura. Estiveram presentes cerca de três dezenas de apoiantes, incluindo o presidente da Concelhia do CDS, Luís Querido, e o director de campanha, Eduardo Nogueira. O actual vereador do CDS e ex-vice-presidente da Câmara Municipal de Alcobaça de 2o01 a 2009 garante que concorre para ganhar e que é a alternativa ao que considera imobilismo da actual gestão autárquica. O compromisso eleitoral já está a partir disponível na página oficial da candidatura no facebook e será fechado definitivamente no final deste mês, podendo ainda receber contributos por parte dos munícipes. Presentes estiveram ainda o o mandatário da candidatura, António Guerra, e o mandatário da Juventude, João Matias.
Os eixos estratégicos da candidatura do CDS passam por reposicionar Alcobaça no contexto regional e nacional, afirmando o Concelho como um local propício à instalação de negócios e que oferece qualidade de vida aos seus habitantes e a aposta nos domínios da cultura, do turismo cultural e das indústrias criativas como factores de dinamização da economia local.
Carlos Bonifácio referiu que o compromisso eleitoral ainda não está fechado, pelo que apenas adianta 10 medidas prioritárias calendarizadas, que o CDS executará de imediato, no caso de ganhar estas eleições, que considera estarem ao seu alcance, alicerçado no argumento de que “nunca desistimos de lutar pelos projectos em que acreditamos e porque fazemos uma política diferente, apoiando as propostas positivas e apresentando alternativas quando discordamos.”
O actual vereador do CDS admite que “nem sempre nestes 4 anos fomos escutados, algumas vezes até fomos desprezados pelo poder, mas nunca “baixámos os braços”. Nalgumas áreas as nossas propostas acabaram por vingar e ser aprovadas, como foi o caso da descida do IMI para todos os proprietários e agregados familiares, privilegiando as famílias com mais filhos, algo que os munícipes já sentiram no passado mês de abril.”

Eixos estratégicos da candidatura do CDS à Câmara Municipal de Alcobaça 

1ª Medida
A nossa primeira intenção vai dirigida para Alcobaça e para a Praça do Mosteiro.
Depois das obras de requalificação, as Praças 25 de Abril, e Afonso Henriques nos últimos 7 anos, têm sido votadas ao abandono, traduzido por um desmazelo e pela falta de respeito pelos profissionais que ali desenvolvem as suas actividades, nomeadamente no comércio e na restauração.

A nossa intenção é proceder a trabalhos de manutenção do piso e eventual substituição do saibro onde se justifique, repondo a dignidade merecida e acabando com o estado de desleixo em que se encontra, minorando a poeira que tanto prejudica moradores, comerciantes e turistas e, assim, embelezando o nosso melhor cartão de visita.
Independentemente de gostarmos mais, ou menos, da intervenção, a verdade é que ela está feita e compete-nos não a deixar em tão lamentável estado. Apontamos o ano de 2018 para a resolução deste problema.

2ª Medida
Pretendemos criar com caracter de urgência o Balcão Único Municipal, tendo como objectivo, servir melhor e eficazmente os munícipes, centralizando os serviços num mesmo espaço e reduzindo os tempos de respostas. Alcobaça está na reduzida lista de municípios que ainda não têm este tipo de infraestrutura, comprometemo-nos a concretizar esta medida no 1º semestre de 2018.

3ª Medida
Pretendemos uma remodelação profunda do Centro de Negócios – transformando-o num centro de inovação virado para as startups e para a juventude com (parcerias com universidades e Associações empresariais) e não aquilo que hoje temos: um centro de negócios só de nome, de atendimento básico, que não responde às solicitações dos munícipes e dos jovens, tendo apenas criado 3 ou 4 empresas e reduzidos postos de trabalho. Assim, será feita uma reformulação deste equipamento no 2º trimestre de 2018, procurando desta forma contribuir para evitar a fuga de jovens qualificados do concelho.

4ª Medida
Assumimos o compromisso de reabilitar o Largo Frederico Ulrich em S. Martinho do Porto. Não é aceitável que durante 7 anos aquele espaço central na marginal esteja ao abandono. Comprometemo-nos a devolver a relva e recuperar os equipamentos de lazer, dando a dignidade que o espaço merece até ao verão de 2018.

5ª Medida
Avançaremos após as eleições com o processo da Regeneração e modernização do Mercado Municipal não perdendo a sua função originária, valorizando a produção agrícola local, e introduzindo uma nova componente vocacionada para turismo, com a criação de infraestruturas para autocarros de turismo, lojas de produtos regionais, posto de atendimento de turismo, restaurante/cafetaria, sanitários. Há anos que este projecto anda a ser protelado tendo-se desviado milhões de euros de fundos europeus afectos a esta intervenção para jardins.

6ª Medida
Daremos início logo a seguir às eleições às negociações dos terrenos e elaboração dos respectivos projectos, para a requalificação da área ribeirinha do Mercado Semanal até à Fervença, criando uma zona de lazer que possibilite outras utilizações do Rio Alcoa, nomeadamente como zona balnear, actividades de canoagem e reabilitando a mini-hídrica. Esta é a obra mais consensual no concelho de Alcobaça e a que mais mobiliza os munícipes, valorizando aquela importante porta de entrada da cidade de Alcobaça.

7ª Medida
Iniciaremos após a eleições as negociações com os proprietários dos barracões da Rua D. Pedro V. A situação tem que ter uma solução célere se queremos uma cidade virada para o turismo. Não é aceitável termos um acesso ao mosteiro tão degradado como actualmente se encontra, privilegiaremos sempre e em 1º lugar o diálogo. Como é possível concretizar um hotel de luxo no Mosteiro com um cenário tão degradante como aquele? O processo deve estar concluído até finais de 2018.

8ª Medida
Reverteremos o processo de cedência das antigas escolas primárias de Alcobaça, fazendo-as regressar à gestão do município por ser um espaço vital para os serviços municipais e da União das freguesias, garantindo uma solução alternativa e eficaz para a instalação do Tribunal de Família. Assumimos a reversão deste processo até finais de 2017.

9ª Medida
Daremos total prioridade ao Plano de Pormenor da zona industrial da Alva de Pataias. Não é possível que uma decisão desta importância se arraste há tantos anos, tendo recentemente caducado a desafectação do regime florestal dos terrenos, por se terem ultrapassados todos os prazos para a elaboração deste plano. Desta, vai ser de vez. Apontamos o final de 2018 para a conclusão deste processo.

10ª Medida
Construiremos uma via pedonal com um piso adequado para peões com as respectivas rampas de acesso, na Av. Padre Inácio, na Benedita, garantindo condições ideais para caminhadas e prática do desporto e de vida saudável. Durante o ano de 2018, queremos esta obra concluída.

Carlos Bonifácio sublinhou que estas são propostas prioritárias e não meras promessas e funcionarão como exame de avaliação do seu desempenho em 2018. “Não tememos as palavras, nem os desafios e muito menos da acção política. A credibilidade e a liderança têm que regressar à vida pública e ao Município de Alcobaça. Recusamos a descrença, o fatalismo e a resignação. É tempo de mudança. A palavra pertence aos munícipes. Alcobaça não pode esperar mais. A diferença começa em nós”, concluiu.

sábado, 17 de junho de 2017

Atletas e coletividades da freguesia homenageadas pela Câmara

A notícia em:
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=e45c7ca1-6570-40c4-b323-9b68588667fa&edition=200

Com recepção no Salão Nobre dos Paços do Concelho
Município de Alcobaça homenageia clubes e atletas do concelho
   
Esta segunda-feira, 12 de junho, a Câmara Municipal de Alcobaça acolheu no Salão Nobre dos Paços do Concelho um conjunto de atletas e associações desportivas do concelho não só pelos resultados que obtiveram recentemente, mas também pelo “continuo e árduo trabalho ao longo dos anos que muito orgulha os alcobacenses. Vocês são embaixadores do concelho e como tal este reconhecimento de todo o executivo camarário é vos devido”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, Paulo Inácio.
Para a vereadora do Desporto, Inês Silva, “a Câmara Municipal de Alcobaça procura estar sempre informada sobre todos os atletas e clubes do concelho que mais se destacam, mas reconhecemos as nossas limitações. Como tal pedimos que todos os feitos desportivos sejam comunicados à Câmara Municipal para que ninguém fique esquecido. O desporto cumpre um papel social importantíssimo nas comunidades locais e merece todo o nosso reconhecimento.”

Confira a lista de clubes e atletas que marcaram presença no Salão Nobre dos Paços do Concelho:

Ana Mafalda Ferreira (Atletismo | Sporting CP)
• Campeã Nacional por Equipas Corta Mato Longo
• Campeã Nacional por Equipas Pista Coberta
• Vice-campeã Nacional 3000m Pista Coberta
• Campeã Nacional por Equipas
• Campeã Nacional dos 5.000m

Concha Azul (Futsal)
• Campeão da Divisão de Honra distrital de futsal
• Vencedor da Supertaça Distrital

GD Martingança (Futsal)
• subida à Divisão de Honra, sagrou-se campeão da zona sul da 1.ª Divisão Distrital

GD Martingança (Voleibol)
• Campeão Nacional da 3ª Divisão, subida ao 2º escalão do Voleibol Nacional

União Desportiva de Turquel (Futebol)
• Vencedor da Taça Inatel

Ginásio Clube de Alcobaça (Futebol, Juniores)
• Campeões da Divisão de Honra Distrital
• Vencedores da Taça Distrital da AFL

Rute Lopes, Rita Lopes e Sandra Coelho (SL Benfica)
• Pentacampeãs de Hóquei em Patins Feminino

Inês Carreira
• Campeã nacional de Desporto Escolar no lançamento do peso
• Campeã Nacional de lançamento do peso e Campeã Nacional do Lançamento do Dardo

Melanie Santos
• Campeã Nacional Individual de Triatlo (convidada, mas ausente)

Academia de Artes Marciais Hugo Matos

• José Semedo
o campeão do mundo de MMA (Mixed Martial Arts) da WUFC (World Ultimate Full-Contact)
o categoria -60kg

• Miguel Alexandre
o campeão do mundo juvenil de MMA da WUFC
o categoria - 65kg

• Sebastião Matos
o Vice-Campeão do mundo de Jujitsu na WPC (World Peace CUP)
o Categoria de Iniciados

Alcobaça Clube de Ciclismo
• Julian Madrigal Espinosa
o Vencedor da Taça Nacional de Cadetes

Cister Sport Alcobaça / CEERIA
• Campeões Nacionais de Andebol 5 de Deficiência Intelectual Nível 2

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Festival de acordeão de Alcobaça deixou Pataias de fora

A notícia em:
http://gazetacaldas.com/cultura/alcobaca-seis-concertos-acordeao/

Alcobaça recebeu seis concertos de acordeão

Alcobaça foi a capital do acordeão entre 27 de Maio e 4 de Junho. Na semana internacional do acordeão, além do 22º troféu nacional e do 3º concurso internacional, que bateram o recorde de participantes, realizaram-se seis concertos e duas masterclasses (onde se incluiu uma sobre “yoga para músicos”).
O festival passou pelo Cine-teatro de Alcobaça, Mosteiro e Centro Cultural Gonçalves Sapinho.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Plano Geral de Urbanização de Alcobaça e outras estórias

A entrevista em:
http://www.regiaodecister.pt/noticias/carlos-gil-moreira-em-entrevista

Carlos Gil Moreira em entrevista

Um dos autores do Plano Geral de Urbanização (PGU) de Alcobaça, de 1979, revisita, em entrevista ao Região de Cister, o processo que levou ao afastamento por parte da Câmara do gabinete onde trabalhou e critica alguns aspetos do projeto de requalificação da zona envolvente do Mosteiro, inaugurada em 2005 pelo executivo de Gonçalves Sapinho. 

REGIÃO DE CISTER (RC) > “Alcobaça é cada vez mais dos donos do Mosteiro e menos dos alcobacenses”. Escreveu isto há 20 anos, num trabalho para o mestrado em desenho urbano. Esta afirmação ainda se mantém válida?
CARLOS GIL MOREIRA (CGM) > Creio que sim, sobretudo porque os alcobacenses não fazem sentir a sua voz em nada do que foi feito naquilo que é importante. Temos representantes autárquicos, mas há muita coisa que é feita com base em interesses políticos e de clientelas. E isso é altamente prejudicial para Alcobaça. É uma tendência que, infelizmente, se tem vindo a agravar nos últimos anos, sem que vejamos melhorias da intervenção dos cidadãos de Alcobaça naquilo que interessa verdadeiramente à cidade.

RC > Como analisa o processo de requalificação urbana da envolvente do Mosteiro, inaugurada em 2005 e que tanta polémica ainda continua a gerar? 
CGM > Entendo que, no geral, a concepção e o trabalho estão bem feitos, mas o cuidado de execução nem tanto (vide o lamentável saibro). A obra em causa pretende valorizar a intervenção em termos estéticos, mas esqueceu-se dos interesses do público. O que foi desastroso – e a culpa não foi exclusiva do arquitecto Gonçalo Byrne. A culpa foi da eliminação do parque de estacionamento subterrâneo, que constava do projecto inicial e que foi deixado de lado. Aquilo que seria enriquecedor para a cidade deixou de constar do projecto. Dou um exemplo: as esplanadas estão atractivas, mas é lamentável que tenham feito desaparecer as siglas da calçada, que tinham sido desenhadas pelo escultor José Aurélio. Pura e simplesmente arrancaram aquilo. Este tipo de atitudes é completamente irracional. O parque de estacionamento subterrâneo junto ao Mosteiro teria sido fundamental para o comércio. Quem vem de autocarro é visitante, quem vem de carro traz a sua carteira e pode gastar.

RC > A justificação dada para abdicar do parque de estacionamento foi o custo da obra...
CGM > Não foi verdade. Quem se vangloriou publicamente do sucesso que foi não ter sido feito o parque foi Daniel Adrião, que era assessor no Poder Central, e que alegava que a construção do parque subterrâneo colocava em causa a segurança do Mosteiro. Mas é bom que se saiba que foram feitos todos os estudos necessários para garantir a segurança da intervenção. Entretanto, a não construção do parque foi saudada como um sucesso do PS. Devo dizer que se estivesse no lugar do Gonçalo Byrne não teria assumido a autoria do projecto se ele não tivesse sido executado integralmente.

Fomos “corridos” por termos contestado a construção na Quinta do Telheiro...
RC > Foi um dos técnicos envolvidos no PGU de Alcobaça. O que significou fazer esse trabalho sendo alcobacense? E o que ficou desse documento?
CGM > Trabalhei com o arquitecto Manuel Tainha durante vários anos e quando tomei conhecimento do concurso para a realização do PGU de Alcobaça entendi que deveríamos concorrer. Vencemos o concurso, trabalhámos muito e, digo isto com alguma mágoa, não gostei da maneira como fomos tratados no processo. Mais uma vez tenho de lamentar que a política interfira com os interesses da terra. Começámos o trabalho com Miguel Guerra (PS) à frente da Câmara, prosseguimos com João Raposo de Magalhães (PSD) e acabámos por ser afastados pelo executivo liderado pelo meu amigo Rui Coelho (PSD). Recordo-me que tivemos de fazer um conjunto de entrevistas, inquéritos e recolha de dados, com uma equipa exclusivamente destinada a esse fim, porque a Câmara não tinha quaisquer dados sobre o número de habitantes na vila. E esse trabalho saiu de borla ao município. Lamento nunca ter chamado os bois pelos nomes. Fomos “corridos” por termos contestado a construção na Quinta do Telheiro... Achámos sempre muito coerente a ideia de Gonçalves Sapinho, que fora deputado na Constituinte e era então presidente da Assembleia Municipal, de trazer o ensino superior para Alcobaça e demarcámos a Quinta do Telheiro como reserva, precisamente para esse efeito. Entendíamos que havia zonas alternativas para a construção, como a Quinta da Gafa ou a Quinta da Conceição, que tinham disponibilidade de construção para as gerações seguintes. A Quinta do Telheiro permitia encarar a possibilidade de ali se instalar uma escola superior ligada à agronomia. Não víamos necessidade de ali serem construídas moradias. Houve um conjunto de pessoas que levaram avante os seus intuitos. E os contestários das nossas opções levaram a melhor, satisfazendo os interesses de alguns.

RC > Essa é a principal mágoa que guarda desse processo?
CGM > Isso acabou por ditar a nossa expulsão do processo pelo meu amigo Rui Coelho (PSD), que assumiu a presidência da Câmara após a demissão de João Raposo de Magalhães. Estávamos a ser conduzidos a uma solução que não era do interesse público. Alertámos diversas vezes que poderíamos encontrar uma alternativa que pudesse contentar os interesses privados, mas de nada valeu. É preciso recordar que aqueles terrenos pertenciam aos boers, à família de Darius Klerk, que chegaram refugiados a Alcobaça em 1901. Os terrenos acabaram por ser retalhados em quintinhas e vendidos a pessoas com algum poder económico, para a construção de moradias unifamiliares. Para mim foi uma derrota muito grande, sobretudo por se ter justificado, mais tarde, a nossa saída, com o argumento, por parte do executivo de Rui Coelho, do incumprimento dos prazos de dois planos de pormenor, cuja execução nunca nos foi dada como urgente.

RC > Como comenta o processo de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Alcobaça, de que se ouve falar há tantos anos? Há justificação para uma revisão que se iniciou há 15 anos ainda estar por ser terminada?
CGM > Devo dizer que o PDM é algo que me transcende bastante, porque nunca foi a área de intervenção em que me especializei. Ao longo da minha atividade profissional de arquitecto sempre estive mais direccionado para outro tipo de intervenção no espaço urbano, nomeadamente na elaboração de PGU e planos de pormenor. Confesso que esta realidade do PDM, porque trata de um concelho, ou seja, um território muito extenso, nunca foi a minha realidade. Ainda assim, também considero que a aprovação da nova geração do PDM do concelho tem demorado muito tempo. Mas apetece dizer que neste país isto é normal. Não acontece apenas em Alcobaça, acontece em inúmeros municípios do País. Por outro lado, basta ver a quantidade de estudos que foram feitos desde que fizemos o PGU de Alcobaça e que não serviram para nada para se perceber melhor o alcance das coisas. 

RC > E o que resta do PGU que assinou há quase 40 anos?
CGM > Na elaboração do Plano Geral de Urbanização da vila de Alcobaça o que interessava era apresentar um plano que tivesse normas e que fosse respeitado. O que fizemos foi um manual de consulta, que não era propriamente uma receita. A nossa resposta em termos de plano foi dada em versões: uma realista, perante o que existia; e uma optimista, para o caso de Alcobaça crescer muito. Entre as poucas coisas que sobram do que propusemos está o jardim do Palácio da Justiça e a iluminação daquela zona. Tenho uma pena enorme de se ter extraviado o esquisso original, um saboroso desenho pelo punho do próprio Manuel Tainha, para esse jardim, com o seu anfiteatro e espelho de água, mais tarde implementado pelo membro da equipa do PGU, arquitecto paisagista Júlio Moreira. 

RC > Foi um dos intervenientes da célebre exposição “Alcobaça - as pedras e as gentes”, quando integrava o Grupo de Fotografia da ADEPA. Foi um momento marcante?
CGM > Foi, sem dúvida, porque conseguimos reunir um acervo de largas centenas de imagens fotográficas, tendo como tema a vila e as suas gentes. E foi um trabalho que só foi possível de concretizar devido à colaboração de muitos alcobacenses, que nos cederam fotografias originais. Conseguimos recolher imagens desde os primórdios da fotografia no nosso País, a partir de 1860, e reconstituir aquilo que foi a vila e o Rossio ao longo de mais de um século. Ainda hoje se fala dessa exposição.

Tenho pena que a ADEPA tenha abandonado a sua vocação de raiz. 
RC > Como olha para a Associação de Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça (ADEPA) de hoje?

CGM > Nunca deixei de ser sócio da ADEPA, mas deixaram de me cobrar quotas. Sem desprimor, a partir do momento em que aquela entidade, para sobreviver, se tornou num grupo excursionista deixou de ter tanto interesse para mim. Tenho pena que a ADEPA tenha abandonado a sua vocação de raiz. Até ao 25 de Abril as pessoas tinham noção daquilo que era efectivamente importante para Alcobaça, mas depois a realidade de Alcobaça foi dividida em fatias, com a criação de muitos grupos e grupinhos. A ADEPA surgira em muito boa hora, beneficiando do levantar da consciência sobre o património cultural, com Rui Rasquilho a ter um papel preponderante. Apesar de ele já ser, à época, um vulto local, o tempo demonstrou que ele também já era uma pessoa relevante a nível nacional, nomeadamente aquando da Expo’98, num trabalho que permitiu também projectar o fotógrafo Jorge Barros. A ADEPA começou por unir as grandes forças culturais de Alcobaça e hoje, infelizmente, perdeu essa capacidade. Houve diversas clivagens na associação, novamente por causa da política, e outros factores. 

RC > Quer especificar?
CGM > Recordo, em concreto, umas eleições (anos 1980), em que se ficaram a conhecer movimentações para a constituição de uma lista quase exclusiva para elementos do PS. Não gostámos daquilo que estava a acontecer e, juntamente com outros sócios alcobacenses, avançámos com outra lista, mais alargada, que logrou vencer essas eleições. Foi um momento marcante, até por ter propiciado a reconciliação de dois irmãos no dia da tomada de posse. Lamento o estado a que a ADEPA chegou nos últimos anos, pois, em meu entender, não cumpre o papel para que foi criada, que era o de salvaguarda do nosso património cultural e de uma intervenção mais enérgica na defesa dos interesses dos alcobacenses.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Alcobaça vai ter Julgado de Paz

A notícia em:
http://www.dn.pt/lusa/interior/julgado-de-paz-do-oeste-e-inaugurado-a-06-de-junho-8502474.html

Julgado de Paz do Oeste é inaugurado a 06 de junho

O Ministério da justiça e os municípios da região Oeste inauguram a 06 de junho o respetivo Julgado de Paz para ajudar a população a resolver pequenos litígios, disse hoje o presidente da Comunidade Intermunicipal.
"Estamos na expectativa de que o Julgado de Paz vá resolver muitos diferendos que muitas vezes nem iam parar a tribunal ou que, quando iam, demoravam muito tempo a ser resolvidos pelos tribunais, por isso esperamos dar uma ajuda à população", afirmou Pedro Folgado à agência Lusa.
Os Julgados de Paz são instâncias alternativas na resolução de litígios que tornam mais rápido, barato e eficaz o acesso à justiça, permitindo aos cidadãos resolver litígios sem recorrer aos tribunais e sem terem de se deslocar.
O Julgado de Paz vai ter sede no Bombarral e vai dispor de delegações em cada um dos municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, abrangendo 360 mil habitantes, 3,4% da população nacional.

Este será o primeiro Julgado de Paz do país a abranger todo o território de uma Comunidade Intermunicipal.
Com a criação deste Julgado de Paz, é extinto o antigo Julgado de Paz dos concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha, Nazaré e Óbidos, refere o diploma promulgado pelo Presidente da República em março e aprovado pelo Governo em fevereiro.
Os processos pendentes em Alcobaça e Nazaré são transferidos para a delegação de Alcobaça do novo Julgado de Paz e os de Caldas da Rainha e Óbidos para a sede do Julgado de Paz, no Bombarral.
Os municípios vão assegurar o pagamento das despesas associadas ao funcionamento do Julgado de Paz, entre as quais os custos com instalações e imóveis, energia, água e comunicações, enquanto o Governo garante as despesas com juízes e mediadores.
Trata-se de um novo modelo de organização que, segundo o Governo, usa de forma "mais eficiente" os meios existentes.
Ainda de acordo com a proposta, as receitas provenientes das taxas de justiça cobradas deverão ser repartidas entre municípios e Governo.
Em 2014, a Comunidade Intermunicipal do Oeste propôs a criação de Julgados de Paz na região, onde tinham encerrado os tribunais do Bombarral e do Cadaval, entretanto reabertos no início deste ano.

domingo, 4 de junho de 2017

Candidato do BE à Câmara de Alcobaça

A notícia em:
https://jornaldascaldas.com/Professor_da_ESADCR_e_candidato_a_Camara_de_Alcobaca

Professor da ESAD.CR é candidato à Câmara de Alcobaça
Um professor na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha é candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Alcobaça.

António Delgado, nascido em 1958 em Turquel, Alcobaça, afirma que o combate à pobreza e à exclusão, o apoio aos desempregados, aos jovens, aos idosos e suas famílias, será a sua prioridade.
“Queremos construir oportunidades para todos, os que nasceram em Alcobaça e os que nos deram o privilégio de escolher o nosso concelho para viver e trabalhar, não podemos tolerar que os cidadãos deste concelho tenham de abandoná-lo para encontrar emprego ou casa”, manifestou.
“Queremos apostar em políticas activas que dotem o concelho de um ambiente atractivo para o investimento”, adiantou.
O candidato quer também apostar na cultura.

sábado, 3 de junho de 2017

Cláudia Vicente è a nova candidata do PS à Câmara

A notícia em:
http://www.regiaodecister.pt/noticias/ps-indica-claudia-vicente-camara-de-alcobaca

PS indica Cláudia Vicente à Câmara de Alcobaça

A Federação Distrital de Leiria do PS ratificou, esta terça-feira, o nome de Cláudia Vicente como candidata à Câmara de Alcobaça. 
O nome da atual presidente da Assembleia de Freguesia da Benedita tinha sido aprovado por “unanimidade e aclamação” pela comissão política do PS/Alcobaça no final da semana passada e foi ratificado pela distrital numa reunião que também ratificou os candidatos socialistas da Marinha Grande, Leiria, Pedrógão Grande e Ansião. Leonel Fadigos é o nome escolhido pelos socialistas para liderar a lista para a Assembleia Municipal de Alcobaça.
Depois de Isabel Fonseca, presidente da União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria, ter desistido da candidatura à Câmara de Alcobaça, os socialistas foram obrigados a encontrar nova solução.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Bloco de Esquerda apresenta candidato à Câmara

A notícia em:
http://www.regiaodecister.pt/noticias/be-candidata-antonio-delgado-camara-de-alcobaca

BE candidata António Delgado à Câmara de Alcobaça

António Delgado é o candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Alcobaça nas próximas eleições autárquicas, agendadas para outubro.
O candidato independente defendeu, durante a apresentação pública, que decorreu esta segunda-feira numa esplanada no rossio da cidade, que a candidatura assenta em três pontos "fundamentais": "a coesão social, a economia e a cultura".
O deputado Heitor de Sousa frisou que o objetivo do BE é "conseguir eleger pessoas em todos os órgãos" a que se candidata. Além disso, os bloquistas não fecharam a porta a candidaturas a juntas do concelho.
Natural de Turquel, António Delgado foi militante do PS, é escultor e professor coordenador na Escola Superior de Arte e Design, em Caldas da Rainha. Em 2008, chegou a receber apoio formal por parte do BE após a Câmara de Alcobaça ter impedido a sua participação no evento Apple Parade, do Mundo da Maçã. O diferendo do escultor com o ex-presidente da Câmara Gonçalves Sapinho (PSD), foi motivado pelas críticas contundentes que fazia ao chefe do executivo num blogue, sendo, à época, dirigente do PS/Alcobaça. 
O alcobacense Adelino Granja é o cabeça de lista para a Assembleia Municipal de Alcobaça.