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quinta-feira, 15 de setembro de 2022

À pata aias

 Crónica no Pataias à Letra, edição nº 20, setembro 2022


A valorização da floresta

 

Ao contrário de outros países, a floresta nacional assume caraterísticas distintas: regime de monocultura (eucaliptais, pinhais – bravo ou manso –, montado de sobro ou azinho); grande número de propriedade privada; pequeno tamanho da propriedade florestal; ausência de cadastro. Por outras palavras, os terrenos são pequenos, muitos deles não se sabe a quem pertencem e são ocupados por uma única espécie arbórea, quase sempre em grandes manchas contínuas.

Uma proposta para resolução do problema dos incêndios será intervir nestes domínios.

O primeiro passo será a elaboração do cadastro florestal (identificação e georreferenciação da propriedade), ou seja, saber «de quem é este terreno?».

Determinada a propriedade, será estabelecer uma política de emparcelamento, agregando os pequenos terrenos florestais em terrenos únicos, pois as novas propriedade florestais daí resultantes, pela sua dimensão, permitirão uma gestão florestal mais eficaz. Quer coletiva, quer individualmente.

De seguida, a elaboração de planos de gestão florestal que contemplem áreas de produção florestal, áreas de proteção de biodiversidade e áreas “tampão” para prevenção e combate aos incêndios. Esta gestão florestal poderia ser agregada em grandes áreas através do que hoje se conhece como ZIF – Zonas de Intervenção Florestal. Nestas ZIF, que agregariam os diversos proprietários, a gestão florestal e os resultados da mesma obedeceriam ao princípio da perequação, ou seja, uma receita total a ser distribuída equitativamente pelos diversos proprietários em função da área respetiva.

Este princípio da perequação, adotado em grandes operações urbanísticas, permitiria que numa vasta área territorial pudessem coexistir diversas manchas arbóreas (homogéneas ou heterogéneas), com diferentes ritmos de crescimento e «zonas tampão». Por exemplo, os proprietários das «zonas tampão» apesar de não terem árvores, receberiam a sua parte do rendimento florestal pois os seus terrenos são usados para proteger a restante floresta.

Só desta forma, através do ordenamento territorial e da gestão florestal integrada, podem ser criados mecanismos de defesa da floresta. Isso acabará com os incêndios? Não.

A profissionalização dos bombeiros, a existência estatal de meios aéreos suficientes, a reorganização dos “guardas florestais” são outras das necessidades prementes. O reconhecimento pelo Estado que a época dos incêndios, dadas as nossas caraterísticas climáticas é, atualmente, de 1 de janeiro a 31 de dezembro. À semelhança da educação e da saúde, não basta dizer que são importantes: é preciso investir, reequipar, requalificar, aumentar salários.

Finalmente, valorizar a floresta. A indústria de base florestal e a produção silvícola valem cerca de 10 mil milhões de euros/ano, em média (2016-2021), equivalente até 4% do PIB e até 7% das exportações. Há dados que nos indicam que a área florestal tem diminuído cerca de 600 ha/ano. Mas a grande questão coloca-se: destes milhões, quantos chegam às centenas de  milhar de pequenos proprietários, responsáveis pela produção florestal?

Para reflexão: durante grande parte do século XX, os fornos da cal foram alimentados com mato e motano dos pinhais. Os pinhais, desde a sua plantação até ao corte, significavam rendimento: no corte do mato, no motano, na resina. A biomassa era gerida e o excesso retirado. Os proprietários florestais recebiam por ter os pinhais. Atualmente, como é que é?

Durante esse período, quantos grandes incêndios florestais houve em Pataias?


quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Igualdade de Género e Violência

 A notícia em: https://www.jornaldeleiria.pt/noticia/projecto-inespedro-sensibiliza-comunidade-escolar-sobre-igualdade-de-genero-e-violencia


SOCIEDADE

Projecto Inês=Pedro? sensibiliza comunidade escolar sobre igualdade de género e violência


Iniciativa, que decorre em Alcobaça, já se materializou em cerca de 160 sessões se sensibilização

O projecto Inês=Pedro?, que decorre no concelho de Alcobaça, já se materializou num conjunto de cerca de 160 sessões de sensibilização, realizadas em 2021 e 2022, no Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto, na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister e na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Alcobaça.

Numa nota emitida na página de Facebook do Município de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, presidente da autarquia, informa que esta iniciativa teve impacto em "cerca de 700 membros da comunidade (pais, alunos, professores e auxiliares), tendo como objectivo primordial a mitigação dos preconceitos em torno das questões da igualdade de género e da violência das relações interpessoais/violência doméstica".

"As sessões nas escolas foram levadas a cabo por técnicos e artistas locais, que de uma forma inovadora e criativa, transmitiram uma mensagem de grande responsabilidade e de alerta para as problemáticas em questão", expõe o autarca.

No próximo dia 22 de Setembro será lançado o vídeo final deste projecto, adianta ainda Hermínio Rodrigues.

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Alocbaça - quebra da produção agrícola

 A notícia em: https://www.jornaldeleiria.pt/noticia/maca-de-alcobaca-horticolas-e-vinho-com-quebras-de-producao-devido-a-seca


Maçã de Alcobaça, hortícolas e vinho com quebras de produção devido à seca


A campanha da Maçã de Alcobaça vai ficar marcada por uma descida de 20% na produção. Também os produtores de vinho estão a sofrer devido à seca, prevendo uma quebra entre 10 a 15%

Por estes dias, os pomares começam a encher-se de gente para a colheita da Maçã de Alcobaça.

Mas este ano a campanha vai saldar-se por uma redução na quantidade, que o presidente da associação de produtores estima que ronde os 20%. A culpa é da seca e das temperaturas “extremamente altas” que se têm feito sentir na região.

Já em Abril se previa “um ano de recursos hídricos deficientes devido à ausência chuva no Inverno”, recorda Jorge Soares, adiantando que se implementaram “inúmeras medidas restritivas e de poupança de água”.

“Foi um milagre para muitos fruticultores terem conseguido manter vivas as plantas e as maçãs até a colheita”, sublinha.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Água de Madeiros - Limpeza da praia

 A notícia em: https://www.jn.pt/local/noticias/leiria/marinha-grande/500-voluntarios-limpam-praias-da-marinha-grande-15135975.html

"500 Magalhães com Pé n"Areia"

500 voluntários limpam praias da Marinha Grande

A Câmara da Marinha Grande quer mobilizar 500 voluntários para limparem as nove praias do concelho, no dia 11 de setembro, entre as 9 às 12 horas. A iniciativa "500 Magalhães com Pé n"Areia" pretende associar-se às comemorações do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães.

Aurélio Ferreira, presidente da Autarquia, explica ao JN que conheceu elementos da Estrutura de Missão do V Centenário Fernão de Magalhães, quando tomaram a iniciativa de plantar 500 pinheiros no Pinhal de Leiria, que perdeu 86% da área nos incêndios de outubro de 2017. "Perguntei-lhes por que não fazer um evento no verão, que tivesse uma relação com o mar", conta o autarca.

O repto foi aceite e foi assim que surgiu a ideia de fazer uma ação de limpeza na Praia Norte da Vieira, Praia da Vieira, Praia do Samouco, Praia das Pedras Negras, Praia Velha (ponto de encontro), Praia da Concha, Praia São Pedro de Moel, Praia das Valeiras e Praia Água de Madeiros.

Embora não saiba precisar quantas inscrições têm até ao momento, Aurélio Ferreira garante que "as pessoas estão muito entusiasmadas", pelo que acredita que conseguirão reunir 500 voluntários, até porque foram mobilizadas escolas e associações. "O Motoclube da Marinha Grande disponibilizou-se para limpar a praia da Concha", adianta.

Partida da Praia Velha.

domingo, 4 de setembro de 2022

Bombeiros de Pataias: Equipas de Intervenção Permanente

 A notícia em: https://jornaldascaldas.pt/2022/09/04/bombeiros-de-pataias-reforcam-intervencao/


Bombeiros de Pataias reforçam intervenção


Entrou em funções no dia 1 de setembro a segunda equipa de intervenção permanente (EIP) dos Bombeiros Voluntários de Pataias que vê assim reforçada a resposta operacional.


Composta por cinco elementos, trata-se, segundo a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pataias, de “uma aposta assente na profissionalização dos operacionais, em parceria com Câmara Municipal de Alcobaça e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”.

As EIP são equipas que se destinam ao cumprimento de missões no âmbito da Proteção Civil. Os bombeiros que integram estas equipas são caraterizados pela elevada especialização, com competências em valências diferenciadas para atuarem em diferentes cenários.

sábado, 3 de setembro de 2022

Coreia do Sul visita município

A notícia em: https://www.comercioenoticias.pt/post/comitiva-pol%C3%ADtica-sul-coreana-visitou-a-cidade-de-alcoba%C3%A7a


COMITIVA POLÍTICA SUL-COREANA VISITOU A CIDADE DE ALCOBAÇA

Uma delegação política da cidade metropolitana Ulsan, Coreia do Sul, situada na costa sudeste do país, esteve de visita a Alcobaça na manhã desta segunda-feira, 29 de agosto.

A comitiva foi recebida oficialmente pela vice-presidente, Inês Silva, nos Paços do Concelho e no Museu do Vinho, onde foram abordadas as potencialidades do concelho de Alcobaça a nível de indústria, agricultura e turismo.

O programa de visita da delegação incluiu uma visita ao Museu do Vinho, ao Mercado Municipal, ao Percurso Camoniano, à loja Made In (Chitas de Alcobaça) e ao Mosteiro de Alcobaça.

O intuito da visita, incluída numa digressão Europeia, foi conhecer um pouco da história dos produtos tradicionais e da economia local, avaliando assim medidas de revitalização dos seus mercados tradicionais.

"Foi com muito orgulho que recebemos esta comitiva da Coreia do Sul, que nos procurou como um bom exemplo de oferta das marcas tradicionais, com grande peso económico, ligadas à agricultura, à cerâmica à gastronomia, entre outros setores. São bons contactos que a autarquia deve preservar para futuros intercâmbios”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Hermínio Rodrigues.


sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Novo hospital no Oeste

 A notícia completa em: https://jornaldeleiria.pt/noticia/alcobaca-pondera-encaminhar-todos-os-utentes-para-o-centro-hospitalar-de-leiria

Alcobaça pondera encaminhar todos os utentes para o Centro Hospitalar de Leiria

Caso se confirme a construção do hospital do Oeste no Bombarral

Não foi feita nenhuma comunicação final, mas caso se confirme que Bombarral irá receber o futuro hospital do Oeste - como revelou este mês o presidente daquele concelho durante a abertura 37.º Festival do Vinho Português, que terá recebido a informação em reunião com a ministra da Saúde, na presença de outros autarcas - então Alcobaça pondera encaminhar a totalidade da sua população para o Centro Hospitalar de Leiria.

A intenção foi partilhada por Hermínio Rodrigues, presidente do Município de Alcobaça, na passada sexta-feira, à margem da reunião de câmara. O autarca disse ter estranhado a posição tomada por Bombarral, porque não houve ainda uma decisão final sobre a localização do futuro hospital do Oeste.

Considerou ainda que a decisão deve ser tomada pelo Governo, sob pena de os municípios, por si mesmos, não chegarem a um entendimento. Mas reconheceu que, para garantir a “centralidade” da nova infra- estrutura, é mais provável que esta seja criada naquela zona, seja em Bombarral ou em Óbidos [...]

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Maçã de Alcobaça consome menos água

 A notícia em: https://www.agrolink.com.br/noticias/maca-alcobaca-consome-menos-agua_469755.html

Maçã Alcobaça consome menos água

Produtores portugueses afirmam que a variedade Alcobaça usa menos água no cultivo

A maçã é uma excelente fruta para a nossa saúde. Você já ouviu falar sobre a maça de Alcobaça? O produto de origem portuguesa com Indicação Geográfica Protegida pela União Europeia. Sua cor, sabor e textura se diferem das demais variedades. Produtores portugueses afirmam que a variedade Alcobaça usa menos água no cultivo.

De acordo com a Associação de produtores de maçã Alcobaça (APMA), hoje em dia a mesma maçã é produzida com cerca de um quarto de água que era utilizado antigamente”. Sistemas de irrigação são colocados no subsolo das plantações, ligadas as estações meteorológicas. Esse tipo de irrigação permite fornecer a quantidade exata de litros por árvore, sem desperdício”, explica o presidente da APMA Jorge Soares. 

Sessenta litros de água, são usados para o cultivo atualmente, já na Espanha, por exemplo, para produzir um quilo do mesmo fruto, são necessários 250 litros de água. O objetivo dos produtos da APMA é produzir sabor, com as maçãs ecológicas, reduzindo o uso de água para evitar desperdício. Recentemente a  associação de produtores criou um fórum para troca de conhecimentos entre os produtores.