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domingo, 2 de setembro de 2018

As balanças de Pataias-Gare

Mais um apontamento do Tiago Inácio na página do facebook "Gente que ama Pataias", com data de 24 de agosto de 2018

As Balanças de Pataias-Gare

As Balanças assumiram um papel importante na comercialização da cal. Existiam balanças de vários tipos e capacidades. Todos os industriais que vendiam por conta própria possuíam as suas próprias balanças cuja capacidade variava entre os 100 e os 200kg. Apenas Hermínio Mota possuía uma balança de 500kg que acabaria por vender a Joaquim Ribeiro, depois de abandonar o negócio em meados da década de 80. Contudo, as Vidreiras, Manuel Pereira, os Serranos, a Cibra e por fim Joaquim Vaz Pereira, possuíam balanças de grande porte. Analisaremos estas grandes balanças que existiram em Pataias-Gare.
Das grandes balanças que existiram, a mais arcaica situava-se na Vidreira de Pataias de Roldão & Filhos, Lda, conhecida como a fábrica de cima. Era uma balança apenas para pesar os carros de bois com uma capacidade aproximada de 5 toneladas. O carro ficaria em cima da balança e os bois fora. Também a fábrica de baixo possuía uma grande balança com uma capacidade aproximada de 20 toneladas. Luís Serrano possuía igualmente uma balança, cuja capacidade deveria rondar as 5 toneladas . Através das memórias da família Serrano, sabemos que a balança se localizava junto dos fornos: “junto aos fornos de cal ficava o armazém da cal, os telheiros para a caruma, a casa da báscula e a garagem.” . Manuel Pereira, proprietário de uma Serração junto da fábrica de Vidro de cima, possuía igualmente uma balança cuja capacidade máxima se desconhece. 
Como já referido anteriormente, todas as propriedades dos Serranos seriam vendidas à Cibra a 15 de Março 1945. Contudo, sabemos que até Julho a balança continuou a ser utilizada por Luís Serrano, como provam alguns talões de pesagem. A Cibra acabaria também por construir uma balança, junto da entrada da fábrica, no final dos anos 40 ou já no inicio da década de 50 sendo a maior balança existente. Também Joaquim Vaz Pereira adquire, na década de 50, uma grande balança que acabaria por ser substituída por uma de maior capacidade na década de 60. É a única balança tradicional ainda existente em Pataias-Gare, uma vez que as da Cibra são actualmente digitais.
Relativo a esta balança ainda existente, sabemos que a capacidade máxima é de 30 toneladas e foi fabricada em 1965.

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