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Adiada leitura da sentença do caso das parcerias público-privadas entre a empresa MRG e autarquias da região
Foi adiada para 27 de abril a leitura da sentença do caso das parcerias público-privadas que envolve a empresa MRG, as autarquias de Gouveia, Trancoso e Alcobaça, bem como uma consultora.O acórdão do coletivo de juízes deveria ter sido revelado esta sexta-feira no Tribunal da Guarda, mas o juiz-presidente apresentou esta manhã «alterações não substanciais» de alguns dos factos constantes da acusação, pelo que os advogados de defesa requereram «um prazo não inferior a 20 dias» para se pronunciarem e apresentarem defesa sobre a alteração comunicada, como sintetizou Castanheira Neves, advogado da construtora.
Esta manhã, marcaram presença no tribunal Júlio Sarmento, ex-autarca de Trancoso; Álvaro Amaro, antigo autarca de Gouveia; Luís Tadeu, vice-presidente do município gouveense à data dos factos; o empresário Fernando Gouveia (na foto) e a sua empresa, a MRG; mas também o atual vice-presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues; o deputado municipal Eduardo Nogueira, chefe de gabinete do então autarca daquela cidade. Josefina Torres, empresária e sogra de Júlio Sarmento, e o consultor Marco Carreiro, estiveram ausentes por motivos de saúde.
Todos são suspeitos de participar num esquema de parcerias público-privadas (PPP) com a construtora que, alegadamente, lesou as contas dos municípios de Trancoso, Alcobaça e Gouveia, entre 2007 e 2011. O Ministério Público (MP) deduziu acusação pelos crimes de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, branqueamento de capitais e participação económica em negócio.
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