Acções de Educação Ambiental

A empresa Águas do Oeste promove nas praias de S. Martinho do Porto e Nazaré acções de Educação Ambiental para os mais jovens.

É natural que não as promova na praia das Paredes. Há mais de dois anos que iniciou as obras de saneamento e de construção de uma ETAR, que, pelos vistos, não funciona.

Falar de educação ambiental num local onde o saneamento básico não funciona, o cheiro nauseabundo de fossas sai das sarjetas e as águas do ribeiro, continuam – misteriosa e ocasionalmente – negras e de cheiro intenso, é pois uma actividade de difícil explicação.

Para animar tudo isto, diz-se por aí – porque às pessoas das Paredes ninguém consulta nem apresenta projectos, como há bem pouco tempo foi feito para a Légua e S. Martinho do Porto – que a ETAR afinal será encerrada e não passará de uma estação elevatória para uma futura ETAR, algures na Pedra do Ouro.

Será verdade?

Quantos milhões de euros foram gastos neste projecto feito contra a vontade da população - que no mínimo, queria outro local? Como ficam as garantias que a actual Câmara deu de que tudo iria correr bem e que este tipo de ETAR era o “último grito” da tecnologia e que finalmente as Paredes teriam solução para o seu saneamento?

A tal ETAR da Pedra do Ouro, terá capacidade para receber as águas de Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Paredes, Mina do Azeiche e Parque de Campismo, Vale Furado, Légua e Falca? A propósito, saberão a Câmara de Alcobaça e as Águas do Oeste quantas pessoas efectivamente estão no litoral da freguesia de Pataias, entre durante a época balnear? O destino das águas da ETAR serão o tal emissário submarino subaquático (e que a deriva litoral da nossa costa arrastará para as Paredes…) ou o campo de golfe (e essa seria a melhor opção)?

Se a ETAR das Paredes já não se justifica, o que vai ser feito daquele mamarracho? Um parque de estacionamento subterrâneo, como alguém há uns dias ironizava?

Assim, compreensivelmente, acções de educação ambiental nas Paredes não se justificam. Pelo menos promovidas pela Câmara e/ ou Águas do Oeste, cuja falta de estratégia – e cuidado – têm adiado indefinidamente a plena afirmação de uma das mais belas praias do país. Porquê?