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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Preço da água vai aumentar

A notícia é da Rádio Cister.

Preços da Água em Alcobaça voltam a subir já em Janeiro

O preço da água que os alcobacenses consomem vai voltar a subir a partir do dia 1 de Janeiro do próximo ano.

O executivo camarário afirma-se "obrigado" a mexer no preço da água.

O aumento fica a dever-se ao contrato do Município com a empresa Águas do Oeste, cujo fornecimento em alta irá custar a Alcobaça 0,66 cêntimos por metro cúbico, o preço actualmente cobrado pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS).

A Câmara Municipal de Alcobaça anunciou que tenciona rever o contrato com a Águas do Oeste, empresa da qual é accionista, pois não concorda com a obrigatoriedade do município ter de consumir um caudal de água equivalente ao seu consumo anual, a um preço que Paulo Inácio classifica de "insuportável".

A criação da tarifa de água e de saneamento para todas as autarquias da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) é outra alternativa para evitar o novo aumento do preço da água.

Para já, a hipótese mais provável é a dos alcobacenses começarem a comprar a água em alta à Empresa Multimunicipal, Águas do Oeste, já em Janeiro, e a autarquia cobrar, a partir dessa altura, "mais um ou dois cêntimos", de forma a pagar os custos do fornecimento em baixa, que é a ligação a casa dos alcobacenses, esclareceu o autarca.

A Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) actualizou, há pouco tempo, os preços da água potável para 2011, introduzindo um agravamento médio de 5,5 por cento, que se traduziu num aumento de um cêntimo por metro cúbico.

Se a autarquia decidir subir mais dois cêntimos por metro cúbico, o aumento médio do preço da água, no próximo ano, será de 11 por cento.

Entretanto, os Serviços Municipalizados anunciaram que irão actualizar em 1 euro o preço da Taxa de Disponibilização do Serviço. O preço actual da antiga "Taxa Fixa" ronda os 4,80 euros.

O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, já avisou que “é impossível fugir a estes aumentos”, reconhecendo que "doem" numa altura de crise, tão difícil para os alcobacenses.

Comentário
Em 1368, devido à diminuição de rendas do mosteiro de Alcobaça, o rei D. Fernando decide doar Pataias e o porto de Paredes aos monges para que o rendimento dos monges se mantivesse. Em contrapartida, os monges tinham de rezar pela salvação do rei D. Pedro, pai de D. Fernando, sepultado na abadia alcobacense.
Devido à má administração do poder alcobacense, Pataias volta a ser penalizada e continua a pagar para Alcobaça. Se existe algo que Pataias não tem necessidade de comprar é a água, mas devido a negócios ruinosos, para os quais nada contribuímos, vamos pagar a água como se não a tivéssemos.
Até apetece perguntar: não sairia mais barato fechar as bombas e depósitos no Vale das Paredes e comprar toda a água directamente à Águas do Oeste?

Seja como for, é histórico:
Pataias só integrou Alcobaça com o propósito de pagar e de aumentar as rendas dos alcobacenses.
642 anos depois, continua tudo na mesma.

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