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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pataias - Secil avança com despedimentos


A notícia na edição on-line do Jornal de Notícias
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2845486&page=-1

Secil avança com despedimento coletivo de 56 trabalhadores

A Secil vai avançar com um processo de despedimento coletivo, que abrange um total de 56 trabalhadores, decorrente da "inquestionável necessidade de redução da dimensão da estrutura e dos custos".
Questionada pela Lusa, a empresa de cimentos, detida maioritariamente pelo grupo Semapa, confirmou ter apresentado esta quarta-feira aos trabalhadores um plano de redução de pessoal que envolve as fábricas do Outão, em Setúbal, de Maceira, em Leiria, e de Pataias, em Alcobaça, que abrange um total de 56 trabalhadores.
"O despedimento coletivo, mecanismo legal que foi adotado, garante o melhor enquadramento dos trabalhadores na situação de desemprego e assegura integralmente o cumprimento dos seus direitos", adiantou à Lusa fonte oficial da cimenteira, que emprega cerca de 700 pessoas.
De acordo com a mesma fonte, "o objetivo comum é a viabilidade a longo prazo da Secil, honrando a sua história e preservando o papel importante que tem para a economia do País, num período de incomparável dificuldade e incerteza, bem como para todos que trabalham ou trabalharam [na Secil] ao longo de mais de oito décadas".
A empresa do grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira explicou à Lusa que "o processo de ajustamento económico em curso em Portugal e na Europa tem tido enorme impacto no setor da construção civil e obras públicas, do qual a Secil e as suas empresas associadas dependem quase integralmente, não existindo perspetivas de recuperação do mercado".
"O consumo nacional de cimento deverá atingir apenas 3,5 milhões de toneladas em 2012, menos de um terço do volume de 11,5 milhões de toneladas atingidos em 2002", acrescentou, realçando que "na atual conjuntura, espera-se ainda maior contração do mercado nos próximos anos".
O recurso ao despedimento coletivo vem no seguimento de um conjunto de ações de adaptação e redimensionamento, visando adequar a empresa à atual conjuntura económica, tanto nas áreas fabris como nas funções técnicas e administrativas, iniciado em 2011.
Há uma semana, a Cimpor também avançou com um processo de reestruturação que passa pela redução de 60 trabalhadores, através de 40 pré-reformas e 20 rescisões por mútuo acordo, com o objetivo de ajustar a estrutura da cimenteira à realidade do país.
O presidente do conselho de administração da Cimpor, Daniel Proença de Carvalho, confirmou então à Lusa que a empresa está a desenvolver um processo de reestruturação, que tem em conta "a redução do volume de negócios, que se tem vindo a registar nos últimos anos, de forma consistente, ao nível do mercado interno" e sem que estejam previstas melhorias nos próximos anos.

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