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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

As (boas) práticas da Biblioteca de Pataias

Prémio de boas práticas em bibliotecas públicas municipais

Decorreu no início desta semana (4 e 5 de novembro) o 15º encontro da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, em Leiria. Durante o encontro, foram anunciados os prémios de boas práticas referentes ao ano de 2018. A vencedora foi a Biblioteca Municipal de Loures e as menções honrosas para a Biblioteca Municipal de Castro Daire, Biblioteca Municipal de Silves e Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital.
A Biblioteca Municipal de Loures venceu o prémio com um projeto de "proximidade" da biblioteca à população de um bairro. As caraterísticas socioculturais da população-alvo (Quinta do Mocho) afastam-na das realidades das bibliotecas, sendo promovidas um conjunto de ações em dias mais convenientes à população, nomeadamente aos domingos. O impacto na comunidade perspetiva a replicação do projeto noutras comunidades.
A Biblioteca Municipal de Castro Daire recebeu uma menção honrosa pelo projeto “Memória sobre rodas”, na rentabilização dos recursos existentes e envolvimento de outros agentes do território.
A Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital com o projeto “Degustação de leituras” e a Biblioteca Municipal de Silves com a “Biblioteca de Praia” receberam as outras menções honrosas pelos seus projetos que visam aproximar a biblioteca pública da população, reforçar a socialização da biblioteca e transportá-la para fora dos espaços tradicionais tendo em conta as caraterísticas das comunidades locais.

É sempre bom saber o que é feito nos outros locais.
Mas melhor ainda quando olhamos para dentro, para o que está próximo de nós.

Todas as bibliotecas citadas são bibliotecas municipais, com apoio logístico e financeiro da Rede nacional de Bibliotecas Públicas. Em Pataias, temos uma Biblioteca patrocinada pela União de Freguesias e ignorada pela Câmara Municipal. Nos seus quase 7 anos de existência (4 de dezembro de 2012), passou de uma iniciativa recebida com desconfiança (até pela própria Junta de Freguesia) para uma mais-valia indiscutível.
A Biblioteca promoveu o contacto e a aproximação da população à mesma, primeiro com as Tertúlias, depois com a homenagem aos autores locais e também com o “Encontro de agulhas”. Estas iniciativas deram a conhecer o espaço, trouxeram público/utentes e quebraram barreiras e estigmas relativamente à mesma.
Depois houve o “Carrinho d’aventuras”, a saltitar de instituição em instituição e a levar livros e histórias às instituições da freguesia (Lares, Centros de Dia, Jardim de infância), promovendo os livros e a leitura junto das populações locais.
Durante as férias escolares, no Natal e na Páscoa, são desenvolvidas atividades para as crianças.
Há ainda a “Biblioteca de verão” em Paredes da Vitória, com os seus livros, apoio às crianças e escolas, apresentações, recitais de poesia, exposições e passeios para conhecimento do património local. Uma realidade incontornável para quem visita as nossas praias.
Parece-me a mim que qualquer destas iniciativas, pelas suas caraterísticas, pela sua semelhança com os projetos, que a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas aponta como inovadores, poderia também ter entrado neste “quadro de honra” dos prémios de boas práticas. Em Pataias, estes projetos inovadores têm todos já 4, 5, 6 anos. 
Se atendermos que todo este trabalho é feito apenas por duas funcionárias, então o que dizer? 
É simples: santos da casa não fazem milagres…

Mais informação em:
http://bibliotecas.dglab.gov.pt/pt/noticias/Paginas/15-Encontro-RNBP.aspx
http://bibliotecas.dglab.gov.pt/pt/noticias/Paginas/Premio-Boas-Praticas-2018.aspx

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