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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cadáver em pinhal de Pataias

A notícia está no "Diário.IOL": http://diario.iol.pt/sociedade/leiria-homicidio-pj-tvi24/1230081-4071.html

Apanhou a mulher na cama com o ex e matou-o. Cinco anos depois, confessou
Homem de 42 anos regressou da Suíça e confessou homicídio à Polícia Judiciária


Um homem de 42 anos foi detido pela Polícia Judiciária após ter decidido confessar um homicídio cometido há cerca de cinco anos, «por motivos passionais», na zona de Leiria.
«O suspeito, que actualmente vivia na Suíça, regressou a Portugal e decidiu confessar à PJ a autoria dos factos, dispondo-se a indicar o local em que, então, enterrou o corpo, tendo este sido encontrado e removido para ser efectuada a autópsia», diz a PJ em comunicado.
O coordenador da PJ, Carlos do Carmo, explicou à Lusa que, no passado dia 27, a PJ «recebeu um telefonema de uma pessoa que estava na Suíça e dizia que tinha matado outra e a tinha enterrado numa zona de pinhal, em Pataias», no concelho de Alcobaça.
A PJ tomou como séria a declaração, pois tratava-se de uma conversa «bem estruturada». Após algumas diligências, confirmou que em Agosto de 2005 tinha sido comunicado à PSP o desaparecimento de um homem de 40 anos, residente no concelho de Leiria.
Depois de confirmada a informação, a PJ convenceu o suspeito a entregar-se às autoridades portuguesas e não à polícia suíça, país onde se encontrava. «Esta segunda-feira foi detido e hoje acompanhou-nos ao local onde estava enterrada a vítima», acrescentou Carlos do Carmo.
O coordenador da PJ de Leiria revelou que o suspeito «terá encontrado na cama a mulher com o ex-marido e pai dos seus três filhos».
O homem terá usado um «objecto contundente para efectuar o crime», que ocorreu no concelho de Leiria. O corpo terá sido deslocado para um pinhal em Pataias, «um local de difícil acesso».
O responsável pela PJ referiu ainda que a causa da morte só será confirmada após a autópsia às ossadas da vítima, que foram transportadas para o Instituto Nacional de Medicina Legal de Coimbra.
A PJ ainda está a tentar perceber o que levou à confissão cinco anos depois, não afastando a hipótese de se ter «separado da mulher».
Carlos do Carmo afirmou que a mulher se encontra num país estrangeiro e pode «ajudar a esclarecer o crime», uma vez que «poderá ter assistido a tudo».
O alegado autor do crime trabalhava num talho na zona de Leiria aquando dos factos, mas já tinha uma «história de emigração».
Segundo Carlos do Carmo, o suspeito está «abatido», mas mais aliviado com a confissão».
O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial esta terça-feira, para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.

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