A notícia está no portal do Observatório do Algarve
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Erosão Costeira
Intempéries deste inverno prejudicaram sobretudo praia de Faro
Os efeitos mais visíveis dos temporais deste inverno ocorreram na Praia de Faro, onde foram demolidas, de forma controlada, quatro casas em risco de derrocada, antecipando-se, assim, trabalhos de remoção de edificações já previstos pelo Polis Ria Formosa.
Já os efeitos reais da ação do mar nas arribas da costa algarvia não são ainda conhecidos uma vez que a ARH/Algarve só irá proceder a um levantamento rigoroso dos danos após a Páscoa, quando o inverno tiver terminado, conforme o Observatório do Algarve já noticiara.
Contudo, a nível nacional as intempéries do último inverno prejudicaram sobretudo a costa no centro e no norte, com destaque para as praias do concelho de Ovar e para a derrocada de oito arribas entre a Marinha Grande e o Cabo Espichel.
No centro, os estragos pela ação do mar na costa verificaram-se especialmente em Esmoriz, Cortegaça, Maceda e Furadouro, no concelho de Ovar, havendo ainda registo de estragos nas praias de Mira e Costa de Lavos (Coimbra) e em Vieira de Leiria, disse à Lusa fonte da Administração Regional Hidrográfica (ARH-Centro).
Em Cortegaça, decorreu uma operação de emergência após o "recuo da linha de costa" por ação do mar, na zona do parque de campismo, e da "queda de duas pequenas construções de apoio".
No Furadouro, a povoação foi "inundada" pelas águas do mar, mas a ARH-Centro tem em curso uma empreitada de construção da primeira fase do prolongamento da "defesa longitudinal" da praia, "que deverá estar concluída até final de março".
A destruição de 40 metros de dique na barrinha de Esmoriz e os esporões danificados nas praias de Cortegaça e Maceda são outras situações identificadas este inverno, mas em zonas intervencionadas pelo Instituto da Água (INAG), afirmou a mesma fonte.
Na zona de intervenção da ARH do Tejo verificaram-se este inverno oito derrocadas em arribas, entre a Marinha Grande e o Cabo Espichel.
Paimogo e Porto Dinheiro (concelho da Lourinhã) e Pedra do Ouro (Alcobaça) são as praias com situações de maior instabilidade, embora "as movimentações de massas se distribuam praticamente ao longo de toda a área de intervenção", disse Gabriela Moniz, da ARH-Tejo.
Em situação de instabilidade está também a Praia da Poça, no Estoril (Cascais), onde a ARH-Tejo prevê efetuar, em abril ou em maio, uma obra de estabilização, além de intervenções em "alguns blocos instáveis" em praias dos concelhos de Alcobaça, Óbidos, Peniche, Torres Vedras, Mafra e Cascais.
Estão ainda previstas intervenções de estabilização de arribas em S. Pedro de Moel (Marinha Grande) e Praia da Formosa (Torres Vedras), mas desenvolvidas pelo INAG.
Mais a norte, a ARH-Norte vai investir mais de 2,5 milhões de euros só para reparar os estragos provocados em Moledo (Caminha), em Granja (Gaia) e no Mindelo (Vila do Conde), as três áreas costeiras mais afetadas naquela zona pelas investidas do mar ocorridas em fevereiro deste ano.
Por estimar estão os custos de reparações previstas junto ao campo de golfe da Estela e entre Aguçadoura e Averomar (Póvoa de Varzim), na praia da Apúlia e em S. Bartolomeu do Mar (Esposende), bem como em Castelo de Neiva (Viana do Castelo).
As intempéries que se registaram durante este inverno não causaram novas situações de instabilidade ou o agravamento das já existentes em arribas na costa alentejana, de acordo com a ARH do Alentejo, que identificou no troço Cabo Espichel/Sado, até maio do ano passado, quatro locais com risco "muito elevado" (praia da Califórnia, Porto de Abrigo, praia da Comenda e praia da Anixa) e quatro com "risco elevado": a praia da Ribeira do Cavalo, Falésia, praia de Albarquel e Passadiço e praia de Albarquel.
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