Na Rádio Cister
Martingança manifesta-se pela manutenção de serviços e da Freguesia
A Assembleia de Freguesia da Martingança condenou a forma como foi encerrado o pólo local da Unidade de Saúde Familiar (USF) Pinhal do Rei, argumentando que o processo foi “mal conduzido”.
Cerca de 300 pessoas participaram na Assembleia de 28 de Outubro, onde foi aprovada uma moção que contesta a forma como foi encerrado do pólo de saúde, um documento que contesta a extinção da Freguesia e outro em que se lamenta o fim do transporte de passageiros na linha ferroviária do oeste.
Sobre a futura organização administrativa do país, que admite a extinção da Freguesia de Martingança, a Assembleia de Freguesia recorda que a “elevação a Freguesia em 1985 foi o culminar dos anseios de longa data da população” e que o crescimento foi de 10% desde a sua criação.
“Não compreendemos antes de mais como é que uma Freguesia com 77% de Solo Rural e apenas 23% de Solo Urbano é classificada como AMU – Área Maioritariamente Urbana”, refere o documento aprovado, adiantando que as matrizes da reforma administrativa “não devem ser encaradas de forma cega”.
Não sendo avessos à mudança e ao objectivo estrutural de garantir a sustentabilidade financeira da administração local, a Martingança considera que “reside na descentralização de competências a grande oportunidade para melhorar os níveis de eficácia e a eficiência da aplicação dos recursos públicos”.
Sobre a Unidade de Saúde Familiar Pinhal do Rei – Pólo de Martingança, encerrada “temporariamente”, segundo o comunicado afixado na porta daquela unidade, a Assembleia de Freguesia de Martingança lamenta “a infeliz decisão e condena a forma como o processo foi (mal) conduzido”.
A autarquia classifica de ”inaceitável e de falta de respeito a forma como encerramento foi comunicado à população, assim como a limpeza de equipamentos daquela unidade, que transitaram para a Unidade de Saúde Familiar de Pataias, onde os utentes passaram a ser atendidos.
O documento aprovado em Assembleia de Freguesia reivindica explicações e que apela para que o “temporário não se torne definitivo” em relação ao futuro daquela unidade de saúde.
A autarquia tomou, ainda, posição sobre a desactivação do serviço de passageiros na Linha do Oeste, no âmbito do Plano Estratégico de Transportes (PET).
A Martingança considera que “a medida que vem prejudicar fortemente as populações das localidades servidas por esta via-férrea, nomeadamente a ligação entre as cidades de Coimbra, Leiria, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Torres Vedras e Lisboa, o acesso às praias do litoral oeste, das quais se destacam São Martinho do Porto, Nazaré e Figueira da Foz, e ainda a ligação à base aérea de Monte Real e aos centros históricos e turísticos de Alcobaça, Batalha, Óbidos e Mafra”.
A Assembleia de Freguesia recorda que “a Linha do Oeste era uma das vias de comunicação com projecto de electrificação e modernização”, adiantando que perante os tempos difíceis esperados nos dos próximos anos, “a utilização da linha do oeste pelas populações irá conhecer um grande incremento como forma de transporte alternativo e mais económico que o transporte rodoviário”.
A Assembleia de Freguesia apelou ao bom senso das entidades governamentais para que seja eliminada a posição tomada no Plano Estratégico de Transportes sobre o encerramento da linha do Oeste a passageiros entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz.
No Região de Cister edição 950 de 3 de Novembro de 2011
Eleitos aprovaram três documentos em reunião extraordinária
Assembleia da Martingança contra fim da freguesia, da ferrovia e da extensão de saúde
Reunidos na passada sextafeira, os eleitos da Assembleia de Freguesia da Martingança aprovaram três moções contra o encerramento da Linha do Oeste para passageiros, a possível extinção da freguesia e a não abertura da extensão de saúde.
Entre os argumentos apresentados para estarem contra o fim da freguesia, os eleitos lembram que a Martingança cresceu cerca de 10% entre os Censos de 2001 e os de 2011 e que “economicamente viu desenvolver o seu tecido industrial e comercial, continuando ainda hoje, num contexto de crise mundial, a atrair o interesse, não só de diversas empresas novas, como também de outras que se pretendem expandir e deslocalizar a partir de concelhos vizinhos”, refere a deliberação sobre o Documento Verde da Reforma da Administração Local.
Os eleitos, que aprovaram o texto por unanimidade, dizem não compreender como é que uma freguesia com 77% de solo rural e apenas 23% de solo urbano é classificada como Área Maioritariamente Urbana, pelo que garantem que vão exigir a reclassificação da freguesia para Área Predominantemente Rural, sublinhando a sua posição “a favor da manutenção da freguesia”.
No que diz respeito à extensão de saúde, que foi encerrada no dia em que reabriu a unidade de Pataias, os eleitos da Assembleia de Freguesia lamentam terem tido conhecimento através da colocação de um aviso na porta e discordam da remoção dos equipamentos, que foram colocados em Pataias, incluindo artigos comprados pela Junta de Freguesia. Os subscritores da deliberação pedem a reabertura do pólo da Martingança e exigem a devolução “de todo o equipamento que foi indevidamente retirado ‘à calada’ das instalações”.
No que concerne a desactivação do serviço de passageiros na Linha do Oeste, a Assembleia de Freguesia da Martingança aprovou uma moção contra a deliberação do Governo, acreditando tratar-se de uma “medida que vem prejudicar fortemente as populações das localidades servidas por esta via-férrea”, enumerando os casos das cidades de Coimbra, Leiria, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Torres Vedras e Lisboa, “o acesso às praias do litoral Oeste, das quais se destacam São Martinho do Porto, Nazaré e Figueira da Foz”, a ligação à base aérea de Monte Real e aos centros históricos de Alcobaça, Batalha, Óbidos e Mafra. O documento já seguiu para a tutela.
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011
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