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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O incêndio de Pataias na imprensa

A notícia em:
https://www.dn.pt/lusa/interior/incendios-combate-a-26-fogos-faz-subir-numero-de-operacionais-no-terreno-para-3600-8846266.html

Incêndios: Combate a 26 fogos faz subir número de operacionais no terreno para 3.600

Os meios no terreno continuavam a aumentar para combater os 26 grandes incêndios que se mantinham ativos às 04:00 de hoje, com a ANPC contabilizar 3.600 operacionais e 1.100 veículos por todo o país.
De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o maior incêndio continua a ser o da Lousã, distrito de Coimbra, com o número de meios a continuar a aumentar: 614 operacionais, apoiados por 178 veículos e um meio aéreo. Este fogo deflagrou às 08:40 de sábado e pelas 02:00 tinha duas frentes ativas.
O trânsito no IP3, entre Santa Comba Dão e Coimbra, continua cortado e foram acionados os planos de emergência distrital de Coimbra e municipal da Lousã.
Também nos dois incêndios no concelho de Alcobaça, distrito de Leiria, o número de meios no terreno continua a subir, para 482 operacionais e 246 meios terrestres. Recorde-se que os dois incêndios tiveram início às 13:50 e às 14:30 de domingo em Praia da Légua e Burinhosa, ambos na freguesia de Pataias e Martingança, e hoje tinham três frentes ativas.
O incêndio em Vale de Cambra, distrito de Aveiro, que teve início às 07:15 de domingo, continua com duas frentes ativas e a ser combatido por 334 operacionais, apoiados por 103 veículos, e o fogo na Sertã, distrito de Castelo Branco, estava a ser combatido por um total 228 operacionais, apoiados por 73 veículos.
Um total de 173 operacionais, apoiados por 49 veículos, tentavam apagar as chamas num incêndio em Tomar, distrito de Santarém, que deflagraram pelas 15:50. Este fogo tem duas frentes ativas e obrigou à evacuação de duas localidades, por precaução e devido ao "fumo muito intenso".
Os dois incêndios que continuam ativos em Mafra, distrito de Lisboa, na localidade de Jerumelo (freguesia de Milharado), e em Vila Franca do Rosário (freguesia de Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário) também continuam a ver os meios no terreno a subir: 277 operacionais e 78 veículos.
As chamas em Monção, que lavram há mais de 24 horas, estavam a ser combatidas por 160 operacionais e 44 veículos. O fogo tinha duas frentes ativas e obrigou ao corte da Estrada Municipal entre Longos Vales para Merufe.
O incêndio de Vouzela, distrito de Viseu, tinha três frentes ativas depois de ter deflagrado às 17:20 na localidade de Albitelhe (freguesia de Campia) e era combatido por 138 operacionais, com o auxílio de 42 meios terrestres.
Entre os incêndios ativos com mais de 100 operacionais, destaque ainda para o de Oliveira do Bairro (Aveiro), da Figueira da Foz, (distrito de Coimbra), de Guimarães (distrito de Braga), Seia (distrito da Guarda) e Sintra (distrito de Lisboa).
São ainda considerados fogos importantes pela Proteção Civil os fogos de Ribeira de Pena (Vila Real), Santo Tirso (Porto), Arganil (Coimbra), Resende e Cinfães (Viseu), Vieira do Minho (Braga) e Óbidos (Leiria).
Os fogos que estão em curso desde domingo provocaram pelo menos seis mortos: duas pessoas morreram em Penacova (distrito de Coimbra), uma na Sertã (distrito de Castelo Branco) e duas em Oliveira do Hospital (uma das quais foi atropelada). Uma sexta vítima mortal foi registada em Nelas (Viseu), tratando-se de uma pessoa que estava dada como desaparecida.
Em Nelas, uma outra pessoa continua desaparecida.
Os incêndios causaram também desde domingo pelo menos 25 feridos, seis dos quais graves, e, destes, quatro estão relacionados com um acidente na autoestrada 25 (A25), quando as pessoas tentavam fugir às chamas.
Várias habitações arderam, localidades foram evacuadas e estradas mantém-se cortadas.
O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

A notícia em:
https://www.dn.pt/lusa/interior/incendios-fogo-em-pataias-leiria-praticamente-dominado-8847374.html

Incêndios: Fogo em Pataias, Leiria, praticamente dominado

O incêndio que desde domingo lavra na freguesia de Pataias, no concelho de Alcobaça, distrito de Leiria, está praticamente dominado, divulgou a Câmara.
"O incêndio na freguesia de Pataias e Martingança encontra-se praticamente dominado" divulgou a Câmara de Alcobaça, adiantando que "nas próximas 24 horas as equipas de combate aos incêndios continuarão o seu trabalho com vista ao domínio completo e posterior rescaldo deste incêndio".
À agência Lusa, o comandante dos Bombeiros de Pataias, Nélio Gomes, precisou que os 88 bombeiros que se encontram no local estão "a fazer a defesa perimétrica de algumas casas" e a "consolidar o rescaldo" que se irá iniciar nas próximas horas.
No comunicado enviado às redações, a Câmara de Alcobaça esclarece ainda que "as escolas primárias da freguesia de Pataias foram encerradas devido ao fumo existente na atmosfera" e que "as diversas corporações de bombeiros a atuar no concelho continuarão vigilantes", pelo que "as populações podem estar sossegadas".
No documento, o município expressa ainda o agradecimento aos bombeiros das corporações que se juntaram no combate às chamas: Pataias, Alcobaça, São Martinho do Porto, Benedita, Nazaré, Peniche, Óbidos Ortigosa, Batalha, Marinha Grande, Maceira e Juncal.
Para além deste incêndio, que deflagrou às 13:51 de domingo, na Praia da Légua, lavra no concelho de Alcobaça um outro, que deflagrou às 14:33 e que evoluiu para o concelho da Marinha Grande, mobilizando, segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, 399 homens, 121 viaturas e um meio aéreo.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

A notícia em:
https://www.dn.pt/lusa/interior/incendios-chamas-destruiram-17250-hectares-em-alcobaca-leiria-e-marinha-grande-8848651.html

Incêndios: Chamas destruíram 17.250 hectares em Alcobaça, Leiria e Marinha Grande

O incêndio que deflagrou na tarde de domingo na Burinhosa, no concelho de Alcobaça, e que se estendeu para os concelhos de Marinha Grande, Leiria e Pombal, deixou um rasto de destruição e 17.250 hectares ardidos.
Depois de uma noite de chamas em que várias primeiras habitações arderam, durante o dia de hoje os bombeiros continuaram a tentar controlar os vários focos de incêndio que foram surgindo. Em cada localidade, os populares ajudavam como podiam os bombeiros, poucos para as inúmeras ocorrências.
"A situação está controlada. Temos dois pontos críticos, mas não alarmantes. É no Ponto Novo e no Parque de Campismo da Orbitur, na Mata Nacional, em S. Pedro de Moel. Esperamos que durante este dia e princípio da noite, os pontos críticos fiquem resolvidos", adiantou o presidente cessante da Câmara da Marinha Grande, Paulo Vicente, pelas 17:00 de hoje.
Segundo o autarca, "pelas contas dos técnicos por alto, no fogo todo terão ardido 17.250 hectares, o que representa 80% da mata nacional".
O cenário de quem passa pelos locais ardidos é desolador. Mostra a crueldade das chamas, que devastaram habitações, empresas e até parte do parque de campismo da Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande.
"Na freguesia da Vieira haverá cerca de dez primeiras habitações, cujos habitantes ficaram desalojados. Os serviços e as pessoas estão a resolver as suas situações para o realojamento", explicou Paulo Vicente, ao realçar o "civismo dos munícipes", que "obedeceram às orientações que lhes foram dadas, quer pelos bombeiros e forças de segurança, ao evacuarem as próprias habitações e encontrarem sítios seguros", disse.
O fumo intenso, quase irrespirável, que paira sobre os concelhos afetados, contrasta com o negro do pinhal e das casas. Pelas várias localidades, o cansaço no rosto de cada habitante faz prova da noite complicada que viveram, sem dormir e a tentar molhar as suas habitações para evitar que o fogo chegasse.
"Não vi muito, mas tenho medo de ir ver mais, porque ver tudo isto neste estado dói. Dói muito." As palavras são de Nuno Machado, natural da Marinha Grande, que desde domingo ajuda a combater o incêndio e a proteger algumas habitações, sobretudo na zona das Gaeiras, onde "não houve casas em risco", mas a população não se poupou ao "susto".
"Esta zona é tudo mato, que há muito já deveria ter sido limpo. Tudo isto acabou por ser um rastilho de pólvora. Com casas ao lado, bastava saltar uma fagulha e colocar as casas todas em risco. Temos uma extensão de cerca de 30 quilómetros, desde a Burinhosa até à Praia da Vieira, onde em oito horas ardeu tudo completamente. Temos o maior pulmão, um dos sítios mais belos que havia na região Centro e temos 80 a 90% completamente destruído e queimado", lamentou ainda Nuno Machado, com a tristeza marcada no rosto.
Este munícipe acrescentou que se "perdeu um local para passear e fazer piqueniques". "Perdemos isso tudo e algo que dava um ar puro e oxigénio a todas as pessoas que moram aqui nas redondezas. O pinhal de Leiria já era".

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