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Na terra de Ricardinho, Pinheirense apresta-se para fazer história no futsal
Na cidade onde nasceu Ricardinho, em Valbom, distrito do Porto, o Unidos Pinheirense está a um passo de disputar pela primeira vez a Taça da Liga de futsal, no seu melhor ano de sempre na I Liga.
Num clube amador em que o presidente é primo do treinador, que por seu lado deixou de jogar aos 26 anos para dedicar-se ao treino e que faz do facto de o Pavilhão Municipal de Valbom, ou o "la bombonera", ser o único na I Liga com piso sintético, a sua "fortaleza", vive-se a melhor época de sempre, 20 anos depois de ter começado com o futsal de formação.
João Vigário, de 27 anos, pegou na equipa em dezembro de 2016, quando esta "somava 10 jogos sem pontuar" na sua segunda participação na I Liga. Até então treinador dos juniores e jogador sénior, optou por fixar-se como treinador, acabando por garantir a permanência. Fez a equipa de uma cidade com cerca de 14.000 habitantes terminar no 10.º lugar.
"Ficámos a três pontos de disputar os 'play-offs' de apuramento do campeão", recordou à agência Lusa o treinador, reconhecendo que, apesar das "poucas condições" na presente temporada, a equipa "tem estado muito bem", chegando à última jornada da primeira volta a lutar por uma qualificação histórica.
Atual sexto classificado, com 13 pontos (na quarta-feira, por decisão do Conselho de Disciplina da FPF viu-lhe serem retirados três pontos no jogo com o Burinhosa, da 7.ª jornada, devido aos incidentes verificados, mas o clube vai recorrer da decisão), o clube está, ainda assim, perto de conseguir o apuramento para a Taça da Liga.
Com cinco dos seis reforços provenientes da II divisão, o Unidos Pinheirense faz dos jogos em casa a sua aposta, revelando o treinador que, em média, "450 dos 500 lugares do pavilhão estão ocupados", facto que fez, há anos, o recinto ser batizado com o nome da "casa" do Boca Juniors, da Argentina, o "La Bombonera", conhecido pelo seu ambiente frenético e intimidador para os adversários.
"Começou por ser uma brincadeira, mas a verdade é que o ambiente é ensurdecedor e os adversários acusam não só o barulho como o facto de ser o único pavilhão de piso sintético da primeira", descreveu João Vigário, sobre um recinto "que tem o dom de aumentar a confiança aos jogadores".
Por imperativos televisivos, os jogos em casa com o Sporting e Benfica são sempre disputados no Pavilhão Multiusos, em Gondomar, um detalhe que o treinador não considera "prejudicar a sua equipa", mas que deve ser visto como "o preço do crescimento" pois, argumentou, se o clube se mantiver mais anos na I Liga "esse acabará por ser o destino, um pavilhão de maior dimensão".
Ainda assim, e decorridas 12 jornadas e sem poder contar até ao Natal com o seu jogador mais experiente, Formiga, por estar a cumprir castigo, a equipa, assegurou o treinador, "continua com o foco apenas e só na manutenção", lembrando que entre a quinta posição e os lugares de despromoção "a distância é muito curta".
Com um dos "orçamentos mais baixos da I Liga, entre os 80 e 100 mil euros", segundo o diretor Eduardo Gonçalves, o Unidos Pinheirense vive desde quarta-feira uma situação de crise, com o presidente Marco Vigário a anunciar a demissão por discordar do castigo aplicado pelo CD da FPF, na sequência do processo levantados pelos incidentes ocorridos na visita ao Burinhosa.
Na terra onde nasceu o melhor jogador do mundo de futsal, Ricardinho, a modalidade reina entre os mais jovens, "boleia" que o Unidos Pinheirense quer continuar a apanhar, mas alertando o diretor que "ser a capital do futsal não é tudo", reclamando, por isso, "mais apoios do concelho para que o clube continue a crescer".
Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
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