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segunda-feira, 29 de março de 2010

A instabilidade das arribas do Oeste

A notícia é da Rádio Cister.

Oeste aguarda intervenções para solucionar problemas nas Arribas

A instabilidade das arribas na costa Oeste de Lisboa, agravada pelo inverno rigoroso, está a preocupar os autarcas da região, que já identificaram pontos críticos e aguardam intervenções do Estado.

“As arribas são uma preocupação permanente”, afirmou à Lusa o presidente da câmara de Peniche, António José Correia (CDU), cuja opinião é partilhada pelos vereadores Carlos Bernardes (Torres Vedras) e Vital Rosário (Lourinhã), numa altura em que se começa a preparar a próxima época balnear.

Em Peniche, onde há um mês houve uma derrocada de parte de uma arriba na praia da Consolação, António José Correia disse que o local é um dos pontos de grande instabilidade no litoral do concelho, para o qual “foram assegurados meios para uma intervenção de fundo”, que deverá acontecer no “primeiro semestre de 2011”.

As praias de São Bernardino, onde “está mais atrasada uma intervenção para a consolidação das arribas” que se estima que possa ocorrer ainda este ano, e da Almagreira, onde em 2005 morreram dois turistas em resultado de uma derrocada, são outras das preocupações do autarca.

Em Torres Vedras, o vereador Carlos Bernardes (PS) destacou como principal preocupação o troço da arriba entre Gambelas e a praia da Assenta, onde no inverno “caíram rochas” e é uma zona frequentada por pescadores.

Na Lourinhã, “a situação mais preocupante é na praia da Areia Branca na zona do Casal dos Patos [onde o desmoronamento de parte da arriba provocou estragos no jardim de uma habitação aí construída] onde a situação está a degradar-se ”, afirmou o vereador Vital Rosário (PS).

O autarca adiantou que o Ministério do Ambiente tem previstas obras de consolidação no local, a iniciar no “terceiro trimestre de 2010 com a duração de seis meses”, além da delimitação em breve de uma zona de segurança para evitar que os banhistas se aproximem da arriba.

As arribas nas praias de Paimogo, Porto das Barcas, Valmitão e Porto Dinheiro foram também identificadas como críticas, para as quais o vereador espera que sejam calendarizadas intervenções.

Os autarcas admitiram que está a existir uma “melhor articulação” com o Instituto da Água e com a Administração Regional Hidrográfica do Tejo não só na identificação e monitorização de zonas em avançado risco de erosão como também na realização de obras de deslocamento de blocos instáveis e reperfilamento das arribas, no sentido de haver uma maior consolidação dos taludes.

“Quando acontecem desgraças como no Algarve acaba por haver evolução nomeadamente em termos de estudos de estabilização para identificar os pontos críticos e definição de intervenções”, disse Vital Rosário.

“Há um plano de monitorização que está a ser feito e a próxima intervenção, depois de Santa Cruz, será na Praia Azul”, adiantou Carlos Bernardes.

Contactada pela Lusa, a Administração Regional Hidrográfica do Tejo não prestou, até ao momento, esclarecimentos sobre o assunto.

Comentário

A dois meses do início da época balnear de 2010, as tão propaladas arribas perigosas continuam sem serem intervencionadas.
Na freguesia de Pataias. o Ministério do Ambiente havia identificado "arribas perigosas" em Água de Madeiros, Polvoeira e Vale Furado. Esta última, de intervenção urgente...

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