A notícia no jornal digital Tinta Fresca
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Autarquias pagam água que não consomem
Municípios de Alcobaça e Óbidos continuam a pagar caudais mínimos de consumo de água
Alcobaça e Óbidos são os únicos municípios do Oeste que continuam obrigados a cumprir caudais mínimos por parte do Sistema Multimunicipal de Águas e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, tendo todos os restantes municípios ficado isentos deste compromisso após a extinção da empresa multimunicipal Águas do Oeste. O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça revelou durante a reunião de Câmara de 14 de setembro que esta exceção se deve ao facto dos dois municípios serem os únicos do Oeste a não serem abastecidos exclusivamente pela Águas de Lisboa e Vale do Tejo, uma vez que parte do abastecimento de água aos munícipes é proveniente de nascentes de água existente nos respetivos concelhos.
Contudo, Paulo Inácio informou que não está satisfeito com o valor dos caudais mínimos fixados pela Águas de Lisboa e Vale do Tejo para o Município de Alcobaça (3,6 milhões de metros cúbicos) e assegurou que irá continuar a lutar até que o valor do caudal mínimo obrigatório esteja próximo dos valores reais de consumo (2 milhões de metros cúbicos).
Já o valor do preço da água pago pelos munícipes foi questionado na sessão da Assembleia Municipal de 23 de setembro pelo deputado César Santos (PS), uma vez que o Município de Alcobaça foi um dos beneficiários da uniformização de preços a nível nacional, estando agora a pagar menos à Águas de Lisboa e Vale do Tejo, ao contrário dos munícipes, que continuam a pagar o mesmo valor pelo m3 de água. Em resposta, Paulo Inácio admitiu que o Município de Alcobaça beneficiou de uma redução do preço da água e dos resíduos sólidos, mas justificou a manutenção das tarifas municipais aos munícipes, por não ter sido ainda atingido o equilíbrio financeiro destes serviços.
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