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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vale Furado - perigo de derrocada

A notícia é do Diário de Leiria

Risco iminente obriga a derrocadas controladas nas praias da região

A arriba Norte da Praia de Vale Furado, no concelho de Alcobaça, é uma das que se encontra em risco eminente de derrocada, por isso, será alvo de um desabamento controlado até ao final do mês.
As situações de arribas em maior risco foram detectadas numa inspecção extraordinária em todo o litoral nacional, através da qual os técnicos encontraram situações de perigo iminente nas regiões do Algarve e Tejo, sobretudo na zona Oeste.
A Administração Hidrográfica do Tejo, que tem a seu cargo 290 quilómetros de costa, detectou situações de risco iminente e vedou 15 zonas em praias dos concelhos de Alcobaça, Nazaré, Peniche, Lourinhã, Torres Vedras, Mafra, Sintra e Sesimbra.
De acordo com a síntese da avaliação de risco de arribas, ontem divulgada, foram igualmente efectuadas derrocadas controladas em três casos (Almagreira, em Peniche, Amoeiras, em Torres Vedras e na Bafureira, em Cascais).
Até ao final do mês, estão programadas outras quatro na arriba Norte do Vale Furado (Alcobaça), no troço entre a praia D' El Rey e a praia Rei Cortiço (Óbidos), no troço entre as praias Baleal Norte e a Almagreira (Peniche) e na Ribeira de Ilhas (Mafra).
Quanto ao Algarve, e de acordo com informação divulgada ontem pelo ministro do Ambiente, foram feitos três desabamentos controlados (Oura, Oura Leste e Maria Luísa, todas no concelho de Albufeira) e estão programados outros em 13 praias diferentes, nos concelhos de Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Lagoa, Silves e Albufeira. No Algarve estão igualmente vedados 13 locais de risco em 11 praias e estão sinalizadas 67 praias com um total de 258 placas de risco.
Não há zonas concessionadas em risco, afirma ministro
Os dados do risco de arribas foram revelados ontem pelo ministro do Ambiente, Nunes Correia, que sublinhou que não há qualquer zona concessionada em situação de risco.
"Por mais intervenção que haja há sempre um risco potencial, porque um terço da costa portuguesa é arriba, mas não há nenhuma zona concessionada em situação de risco", afirmou o governante.
"Fora das zonas balneares há áreas assinaladas como de risco e as pessoas devem ser responsáveis", acrescentou o ministro, destacando que na semana anterior ao acidente na praia Maria Luísa, ocorrido a 21 de Agosto, e que vitimou cinco pessoas,"a equipa que lá passou não detectou qualquer agravamento da situação de risco potencial que pudesse transformar-se em risco real, como infelizmente aconteceu".
Nunes Correia destacou ainda a "margem de imprevisibilidade na natureza" para afirmar que, apesar do relatório técnico final que apontará as causas do acidente na praia Maria Luísa ainda não estar pronto, entre os factores que poderão ter contribuído para o desastre podem estar "o sismo ocorrido três dias antes, as marés altas e agressivas e as grandes amplitudes térmicas/dias muito quentes".
"Não acordámos para o litoral com este infeliz acidente, mas seria uma irresponsabilidade não olhar de novo, não fazer o 'double check' ", afirmou Nunes Correia a propósito da inspecção extraordinária realizada pelas administrações das regiões hidrográficas do Norte, Centro, Tejo, Alentejo e Algarve.
O ministro Nunes Correia sublinhou ainda que foram disponibilizadas às autarquias outras 100 placas de sinalização de risco, para substituir as que forem desaparecendo, "muitas delas por puro vandalismo".

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