Extracto da entrevista de Ricardo Santos, Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Pataias, ao Região de Cister (Nº830 de 3/12/2009)
Os sublinhados (a vermelho) são da minha responsabilidade.
Região de Cister – Existe a noção de que se passa pouca coisa em Pataias. Concorda?
Ricardo Santos – Pataias esteve muitos anos bastante parada no tempo. Recordo-me de ser jovem e ouvir dizer que faltava muita coisa na vila. Sinto que houve um grande desenvolvimento nos últimos anos, muitas melhorias foram feitas, em termos de acessibilidades e equipamentos, mas continuo a dizer que faltam obras estruturantes. Não foi feita nenhuma grande obra de relevo, nota-se pouco investimento municipal na freguesia, ao contrário do que, porventura, foi feito noutros locais, nomeadamente na Benedita. Faltam serviços. Por exemplo: o lar de idosos ainda não existe, apesar de haver soluções apontadas. Faz falta porque as pessoas quando têm de colocar os idosos têm de ir para Fanhais… Fala-se do projecto de requalificação da avenida, de um centro escolar que está em curso, mas a zona industrial também não avançou e ela tinha sido projectada há vários anos. Isto sem falar das necessidades de termos um centro cultural, que há muito tempo se fala. Chegou-se a pensar no antigo quartel dos bombeiros com um espaço cultural, mas o assunto não avançou. Precisamos também, de um complexo desportivo, que me parece que acabou por morrer num sintético. Isto apesar de haver tanto espaço para desenvolver um complexo desportivo moderno, num terreno da periferia de Pataias. O desporto é cada vez mais importante no crescimento dos nossos jovens e nalgumas modalidades Pataias já obtém bons resultados.
Região de Cister – Nota-se alguma desilusão com a autarquia. Na Benedita chegou a falar-se de um novo concelho, em São Martinho pensa-se na mudança para Caldas. E Pataias, não teria a ganhar se mudasse para a Marinha Grande ou Nazaré?
Ricardo Santos – Penso que as pessoas de Pataias não têm esse tipo de pretensão, até porque o relacionamento de Pataias com Alcobaça nunca esteve tão bom. Em termos estratégicos, contudo, não sei até que ponto Pataias perde por fazer parte de um concelho tão grande e por estarmos no extremo desse mesmo concelho. Pataias tem de impulsionar o seu desenvolvimento e isso passa também pelos autarcas do nosso concelho e freguesia, que devem alterar a estratégia e a forma como vêem o desenvolvimento da vila. Os nossos políticos devem procurar ser mais objectivos em relação às dificuldades e necessidades e lacunas que se notam nas populações.
Comentário
Ricardo Santos é militante do PSD e secretário da Assembleia de Freguesia de Pataias, pelo segundo mandato consecutivo.
Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
sábado, 5 de dezembro de 2009
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Bem prega Frei Tomás, façam o que ele diz, não façam o que ele faz
ResponderEliminarNão há duvidas de que Pataias está em desenvolvimento, vamos fazer mais e melhor. Quanto aos serviços, já os temos, Bombeiros, desporto (CDP,colectividades das terras da freguesia, piscinas), Filarmónica, ATL, Creche...vamos-lhe fornecer apoio jurídico, logistico, materiais, pessoal...iremos ficar melhor mas mesmo muito melhor. Falta-nos o Centro Cultural, vamos projecta-lo e integra-lo no meio de acordo com as nossas necessidades. Quanto à requalificação da Avenida se for feita, em termos de transito não irá servir da melhor maneira Pataias: nos anos 30/50 ocentro de Pataias era na Enxurreira e por baixo da igreja, de 70/2000 no Rossio (frente da igreja até à esquina do centro do mundo), actualmente e no futuro na confluência da rua Nossa Senhora da Victória (bancos, comércio, correios, piscinas, ATL, Centro Escolar, area desportiva lá mais à frente a zona industrial...) São estas e muito mais outras que têm que ser pensadas, discutidas, realizadas e integradas...vamos estender o mapa em cima da mesa ver a cartografia e discutir a estratégia. Como diz o Sapinho Gelásio De pataias, por Pataias, para Pataias.
ResponderEliminarO presidente da Associação dos Bombeiros de Pataias tem uma visão acutilante sobre Pataias e as suas necessidades. Ao longo de toda a entrevista (que merece leitura atenta) põe o "dedo na ferida" em vários aspectos da governação e tomada de decisões da Junta e Câmara (mas não só).
ResponderEliminarEsperemos que na prática, não seja como Frei Tomás. Quando fala dos autarcas, não pode esquecer as suas próprias responsabilidades.