Alcobaça vai ter Parque Verde

Há vários registos desta notícia. Dois exemplos são a Rádio Cister e o Blogue do Rogério Raimundo

Câmara compra terreno em Alcobaça para Parque Verde

A Câmara Municipal de Alcobaça comprou mais um terreno, agora na sede do concelho, para aí instalar um Parque Verde.

O executivo camarário aprovou, esta quarta-feira, a compra do terreno de 3 hectares, localizado entre a Levada e o Rio Alcoa, junto à VCI, por 320 mil euros, tendo em vista a criação de um Parque Verde, uma das promessas eleitorais de Paulo Inácio.

A compra será paga em dois anos.

A área confina com propriedades da Estação Fruteira Vieira Natividade e do Museu do Vinho, pelo que é intenção da maioria PSD agregar esses terrenos e construir "maior Parque Verde num raio de 100 quilómetros".

Paulo Inácio anunciou que o espaço se deverá designar “Parque Vieira Natividade”, e que este irá «contemplar a criação de um jardim botânico, onde estarão plantas e espécies arbóreas autóctones, uma área de laser e outra didáctica, que poderá ficar a cargo da Estação Fruteira».

O projecto admite, ainda, uma ligação directa ao Museu Nacional do Vinho, através de uma passagem subterrânea a construir debaixo da Via de Cintura Interna, para onde se prevê a instalação da componente turística do parque verde.

Comentário

Não está aqui em causa a criação de um Parque Verde na cidade de Alcobaça.
O que aqui está em causa é a aquisição de um terreno em RAN - Reserva Agrícola Nacional, em leito de cheia, pelo valor unitário de 10 euros o metro quadrado!
Uma Câmara que:
- se queixa de estrangulamento financeiro e dificuldades de tesouraria,
- que abandona projectos devido ao seu custo (renovação do mercado de Alcobaça),
- que corta na aquisição de materiais para a Biblioteca Municipal,
- que não reduz o IRS dos seus munícipes,
- que cobra das tarifas de água mais altas na região,
- que cobra valores de contribuição autárquica mais elevados que alguns municípios vizinhos,
vai gastar 10 euros/metro num terreno em Reserva Agrícola Nacional e em leito de cheia.
A isto eu chamo desbaratar os dinheiros públicos.