Pataias - funcionários da Nmov pedem a insolvência

Grupo Rino: trabalhadores não recebem desde Dezembro

Notícia na TVI e na Agência Financeira

Grupo Rino: trabalhadores não recebem desde Dezembro

Funcionários encerraram empresas Nmov, Xplas, Firmino Rino e Rino&Rino em Abril, quando pediram insolvência das firmas. E reclamam salários em atraso
Os funcionários das quatro empresas do Grupo Rino concentraram-se ontem, quinta-feira, à porta da empresa Nmov, na freguesia de Pataias, em Alcobaça, a reclamar salários em atraso.

Os funcionários encerraram as empresas Nmov, Xplas, Firmino Rino e Rino&Rino no passado mês de Abril, quando foi pedida a insolvência das firmas por parte dos funcionários, que não recebiam há cinco meses.

«Não recebemos desde Dezembro do ano passado. A alguns nem foi pago o subsídio de Natal. Estamos aqui para mostrar o que se passa neste país. O tribunal adiou a insolvência, mas permite que os bens arrestados estejam a ser vendidos», referiu a funcionária Sandra Vieira, citada pela agência Lusa. «Os administradores dizem que não têm dinheiro para pagar mas já compraram um Ferrari e uma casa».

A administração da empresa «tem estado a retirar todos os bens que ainda existem na Xplas, mas que já estão penhorados», disse outra colaboradora, Raquel Frazão, que acrescentou que os administradores «dizem aos vizinhos que assaltaram a empresa».

Já os bens da Nmov mantêm-se no interior da empresa, porque os funcionários fazem vigílias diárias desde Abril. «Já tentaram vir buscar material, mas quando viram os empregados aqui, foram embora».

Um dos encarregados da Nmov contou que as dificuldades da empresa começaram a surgir em «meados de 2009». Mas os pagamentos aos trabalhadores começaram a falhar a partir de Dezembro.

«O senhor Rino sempre nos disse que iria fazer tudo para nos pagar, mas até agora ainda não recebemos. Estamos aqui a reivindicar apenas os nossos direitos», reforçou Carlos Brás, trabalhador há 30 anos na empresa. Este funcionário deixou ainda um desabafo: já chegou a passar fome, porque a mulher e a filha também trabalhavam na empresa.