A notícia é do jornal Região de Cister, na sua edição escrita nº 920 de 7 de Abril de 2011
Utentes da Maiorga só têm médico de família em Pataias
Desde sempre que os utentes da Maiorga, paredes meias com a freguesia de Alcobaça, recebem cuidados primários de saúde na cidade, mas a aposentação de médicos na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Pedro e Inês está a ‘empurrar’ cerca de 500 pessoas para a unidade de Pinhal do Rei, em Pataias.
A situação causou indignação junto de munícipes e Junta de Freguesia da Maiorga. A presidente, Rosa Domingues, fala em “descontentamento” e garante que aquela autarquia estará ao lado dos habitantes. “Vamos fazer os possíveis para que as pessoas tenham assistência na sua unidade de saúde familiar natural, que é a de Alcobaça”, assegura a autarca.
Alguns utentes da Maiorga estão mais perto da USF de Pedro e Inês do que muitos habitantes de Alcobaça. Além da proximidade física, a ligação é quase histórica: “Há pessoas da Maiorga que eram acompanhadas pelo mesmo médico há 30 anos”, refere Rosa Domingues.
A falta de vagas na cidade verifica-se desde que três médicos - Maria João Lameiras, Jorge Araújo e Cristina Melo - se aposentaram. Os utentes dos seus ficheiros, cerca de cinco mil, ficaram sem médico em Alcobaça.
Por enquanto, a contestação verifica-se apenas com os 500 oriundos da Maiorga. “Há disponibilidade na USF de Pinhal do Rei, respeitamos os profissionais de Pataias, mas os habitantes da Maiorga não querem ir para Pataias, não têm nada a ver com Pataias, que fica a 18 quilómetros, e nem sequer há transporte para lá”, resume Rosa Domingues, que garante ser “apologista das USF”.
Entretanto, o caso foi levado a reunião de Câmara pelo vereador da CD U, Rogério Raimundo, que apelidou a situação de “escandalosa” para Alcobaça e pediu ao presidente da autarquia para “fazer mais pressão” junto da tutela.
O presidente da autarquia classifica o problema de “gravíssimo” e sublinha que “dada a proximidade com Alcobaça, não faz sentido deslocar os utentes para Pataias”. Paulo Inácio diz-se ainda preocupado com a situação das contratações na função pública, que estão congeladas. “E depois há um incentivo à reforma porque as pessoas estão preocupadas com a perda de direitos”, refere o autarca.
Está prevista para amanhã uma reunião com o presidente da Câmara, a autarca da Maiorga e a responsável do Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte, Teresa Luciano. “Vou ser muito contundente nestas reuniões”, garante o presidente da Câmara”.
Poucos médicos
Desde sempre que os utentes da Maiorga, paredes meias com a freguesia de Alcobaça, recebem cuidados primários de saúde na cidade, mas a aposentação de médicos na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Pedro e Inês está a ‘empurrar’ cerca de 500 pessoas para a unidade de Pinhal do Rei, em Pataias.
A situação causou indignação junto de munícipes e Junta de Freguesia da Maiorga. A presidente, Rosa Domingues, fala em “descontentamento” e garante que aquela autarquia estará ao lado dos habitantes. “Vamos fazer os possíveis para que as pessoas tenham assistência na sua unidade de saúde familiar natural, que é a de Alcobaça”, assegura a autarca.
Alguns utentes da Maiorga estão mais perto da USF de Pedro e Inês do que muitos habitantes de Alcobaça. Além da proximidade física, a ligação é quase histórica: “Há pessoas da Maiorga que eram acompanhadas pelo mesmo médico há 30 anos”, refere Rosa Domingues.
A falta de vagas na cidade verifica-se desde que três médicos - Maria João Lameiras, Jorge Araújo e Cristina Melo - se aposentaram. Os utentes dos seus ficheiros, cerca de cinco mil, ficaram sem médico em Alcobaça.
Por enquanto, a contestação verifica-se apenas com os 500 oriundos da Maiorga. “Há disponibilidade na USF de Pinhal do Rei, respeitamos os profissionais de Pataias, mas os habitantes da Maiorga não querem ir para Pataias, não têm nada a ver com Pataias, que fica a 18 quilómetros, e nem sequer há transporte para lá”, resume Rosa Domingues, que garante ser “apologista das USF”.
Entretanto, o caso foi levado a reunião de Câmara pelo vereador da CD U, Rogério Raimundo, que apelidou a situação de “escandalosa” para Alcobaça e pediu ao presidente da autarquia para “fazer mais pressão” junto da tutela.
O presidente da autarquia classifica o problema de “gravíssimo” e sublinha que “dada a proximidade com Alcobaça, não faz sentido deslocar os utentes para Pataias”. Paulo Inácio diz-se ainda preocupado com a situação das contratações na função pública, que estão congeladas. “E depois há um incentivo à reforma porque as pessoas estão preocupadas com a perda de direitos”, refere o autarca.
Está prevista para amanhã uma reunião com o presidente da Câmara, a autarca da Maiorga e a responsável do Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte, Teresa Luciano. “Vou ser muito contundente nestas reuniões”, garante o presidente da Câmara”.
Poucos médicos
Há, actualmente, na área de intervenção do Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte, e de acordo com dados divulgados por aquele organismo, 17301 utentes sem médico de família. No concelho de Alcobaça há 32 médicos, mas prevê-se que esse número seja reduzido para 30 profissionais.
Comentário
Os doentes têm de vir da Maiorga até Pataias. E se o doente não tiver automóvel próprio, será que há um serviço de transportes públicos eficaz para servir estes doentes?
Eu não sei bem, mas parece-me que a diferença entre o nível e qualidade do serviço dos transportes públicos entre Pataias e a Maiorga não será muito diferente daquela que existe entre a Nazaré e... as Berlengas.
Os habitantes da Maiorga, no seu direito, e com razão face às acessibilidades e ligações sócio-afectivas inexistentes, não querem vir para a Unidade de Saúde Familiar de Pataias.
Quanto à Câmara, há quantos anos Pataias reclama uma ligação eficaz à sede de concelho?
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