Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
Revista do Ano 2012
Os principais destaques para a
freguesia de Pataias, de acordo com as notícias saídas no blogue, para cada um
dos meses ao longo de 2012.
Janeiro
- Praias de Vale Furado e Paredes da Vitória candidatas às "7 maravilhas – praias de Portugal"
Janeiro
- Praias de Vale Furado e Paredes da Vitória candidatas às "7 maravilhas – praias de Portugal"
- Bárbara Coelho, atleta da equipa de Pentatlo Moderno de Pataias (Piscinas) é eleita atleta
revelação no Pentatlo Moderno
- Aberto concurso público para
construção do Centro Escolar de Pataias, com promessa de que obras arrancam até
ao final do ano de 2012
Fevereiro
- Carnaval de Pataias com mais de 900 foliões
Fevereiro
- Carnaval de Pataias com mais de 900 foliões
- Doentes de Pataias regressam aos
Hospitais de Leiria e Coimbra
Março
- Bispo de Leiria-Fátima visitou Paróquias de Pataias e Alpedriz
Março
- Bispo de Leiria-Fátima visitou Paróquias de Pataias e Alpedriz
- Apresentação do livro “Mina do
Azeche – Património à beira-mar esquecido”, da autoria de Tiago Inácio
Abril
- Lar de Pataias abre pré-inscrições
Abril
- Lar de Pataias abre pré-inscrições
- Presidente da Assembleia de Freguesia
de Pataias demite-se
- Aprovado pela Assembleia Municipal
novos limites urbanos dos lugares da Pedra do Ouro e Água de Madeiros
Maio
- Paredes da Vitória recebe galardão da Bandeira Azul 2012
Maio
- Paredes da Vitória recebe galardão da Bandeira Azul 2012
- Pataias comemora 28º aniversário
de elevação a vila
- Novo site dedicado a pataias: http://vila-de-pataias.webnode.pt
- EB2/3 de Pataias integra maior
agrupamento escolar do País, com sede em Alcobaça na Escola Secundária D. Inês
de Castro
- Dia Municipal do Bombeiro
comemorado em Pataias
- Campo da Floresta recebe final do
campeonato distrital de iniciados, em futebol
Junho
- Novo PDM de Alcobaça dá entrada na CCDR-LVT
Junho
- Novo PDM de Alcobaça dá entrada na CCDR-LVT
- Água de Madeiros e Pedra do Ouro
são “Praias de Ouro” em 2012
- Praia das Paredes tem intervenção
de regularização do areal que baixa a cota da praia consideravelmente
- Pelo segundo ano consecutivo, a
freguesia de Pataias recebe os Campeonatos Nacionais de Estrada em Ciclismo
- Assembleia de Freguesia
pronuncia-se sobre a reforma territorial e autárquica: «Aceitamos as decisões
emanadas pela Assembleia Municipal»
Julho
- Pataias volta a receber, na sua igreja Paroquial, espetáculo no âmbito do Cister Música
Julho
- Pataias volta a receber, na sua igreja Paroquial, espetáculo no âmbito do Cister Música
- Praia das Paredes recebe cadeira
anfíbia e galardão “Praia Acessível” em 2012
- Restabelecido protocolo entre
Junta de Freguesia de Pataias e Instituto do Emprego e Formação Profissional
- Assembleia Municipal discute a
reforma territorial e autárquica, aprovando apenas duas agregações S. Vicente e
Prazeres de Aljubarrota e Montes e Alpedriz
- IX Encontro Nacional de Bicicletas
Antigas, na Burinhosa
- I encontro de motos antigas, na
Ferraria
Agosto
- Bungalows Land’s House na Burinhosa encerrado pela ASAE
Agosto
- Bungalows Land’s House na Burinhosa encerrado pela ASAE
- Equipa de juniores de futsal do SL
Benfica estagia em Pataias
- Paredes Fest Music e concerto dos “The
Gift” no areal da praia das Paredes
- Exposição genealógica e de
fotografias relativa às famílias de Paredes da Vitória, dinamizada pela AMA
Paredes da Vitória
- Passeios às ruínas da Mina do
Azeche, patrocinados pela AMA Paredes e orientados pelo Tiago Inácio
- XXI Torneio de Voleibol de Praia
de Paredes da Vitória
- Reuniões embrionárias da
Associação Amigos da Lagoa
Setembro
- Hã Toino D’Lírio, aliás, António Santos, aliás, Toino dos Pisões, bate novo recorde mundial de imobilidade em Tomar, regressando ao Guiness Book of Records
Outubro
- Taça Super-Jovem no Pentatlo Moderno disputada em Pataias
Setembro
- Hã Toino D’Lírio, aliás, António Santos, aliás, Toino dos Pisões, bate novo recorde mundial de imobilidade em Tomar, regressando ao Guiness Book of Records
Outubro
- Taça Super-Jovem no Pentatlo Moderno disputada em Pataias
- Empresas de Pataias são indicadas
para prémios no sector do mobiliário
Novembro
- Comissão Técnica para a Reforma Territorial propõe agregação das freguesias de Pataias e Martingança. Martingança opõe-se veementemente mas Assembleia Municipal dá acordo tácito. Pataias não se pronuncia. Alpedriz e Montes manifestam o seu desejo de se agregarem a Pataias.
Novembro
- Comissão Técnica para a Reforma Territorial propõe agregação das freguesias de Pataias e Martingança. Martingança opõe-se veementemente mas Assembleia Municipal dá acordo tácito. Pataias não se pronuncia. Alpedriz e Montes manifestam o seu desejo de se agregarem a Pataias.
- Pataiense Paulo Rico ganha
concurso internacional de design para máquina de café “Dolce Gosto”
- Novos alertas sobre a
(in)segurança nos passadiços de madeira na praia das Paredes
- “50 anos de ocupação do Litoral Oeste.
O caso da freguesia de Pataias, Alcobaça”. Dissertação de mestrado sobre a
ocupação urbana no litoral da freguesia de Pataias desde a década de 1960.
- Clube Desportivo Pataiense
enfrenta grave crise económico-financeira
Dezembro
- Junta de Freguesia de Pataias inaugura espaço cultural e biblioteca nas antigas instalações dos Bombeiros Voluntários de Pataias
Dezembro
- Junta de Freguesia de Pataias inaugura espaço cultural e biblioteca nas antigas instalações dos Bombeiros Voluntários de Pataias
- Mar revolto destrói passadiços e
coloca em perigo obras de requalificação na praia das Paredes
Sapinho Gelásio
- Chegou quase às 90 mil visitas (mais de 34 mil apenas em 2012, o que dá uma média superior às 2800 visitas/mês ou 93/dia)
Sapinho Gelásio
- Chegou quase às 90 mil visitas (mais de 34 mil apenas em 2012, o que dá uma média superior às 2800 visitas/mês ou 93/dia)
- Um total de 2140 notícias
colocadas, cerca de 600 em 2012, uma média de 50/mês. Atualizado diariamente
desde 1 de setembro de 2009
Bom Ano
Bom Ano
sábado, 29 de dezembro de 2012
Bombeiros de Pataias têm nova Direção
A notícia na edição 1010 do Região de Cister de 27 de dezembro de 2012
Associação humanitária dos bombeiros de pataias vai a votos na próxima sexta-feira
Ricardo Santos avança para candidatura com lista repleta de “sangue novo”
Ricardo Santos deverá ser reconduzido na presidência da Associação Humanitária dos Bombeiros de Pataias, caso não surja outra lista candidata às eleições, marcadas para a próxima sexta-feira [ontem], pelas 21 horas.
Liquidar o valor em falta referente ao empréstimo bancário para a construção do novo quartel dos Bombeiros e a última ambulância adquirida pela associação são os principais objetivos dos membros que integram a lista encabeçada por Ricardo Santos, atual presidente da Direção da AHBVP. Equipar um carro para resgate e salvamento em grande ângulo e socorro a náufragos é outra das intenções para o próximo mandato.
Eugénia Rodrigues, Jorge Limeira, Daniel Mota, Carlos Santos, Óscar Fortes e Luís Agostinho são os nomes que aparecem pela primeira vez integrados nas listas candidatas à Direção daquela instituição.
Associação humanitária dos bombeiros de pataias vai a votos na próxima sexta-feira
Ricardo Santos avança para candidatura com lista repleta de “sangue novo”
Ricardo Santos deverá ser reconduzido na presidência da Associação Humanitária dos Bombeiros de Pataias, caso não surja outra lista candidata às eleições, marcadas para a próxima sexta-feira [ontem], pelas 21 horas.
Liquidar o valor em falta referente ao empréstimo bancário para a construção do novo quartel dos Bombeiros e a última ambulância adquirida pela associação são os principais objetivos dos membros que integram a lista encabeçada por Ricardo Santos, atual presidente da Direção da AHBVP. Equipar um carro para resgate e salvamento em grande ângulo e socorro a náufragos é outra das intenções para o próximo mandato.
Eugénia Rodrigues, Jorge Limeira, Daniel Mota, Carlos Santos, Óscar Fortes e Luís Agostinho são os nomes que aparecem pela primeira vez integrados nas listas candidatas à Direção daquela instituição.
Monumento ao Resineiro
A notícia na edição 1010 do Região de Cister de 27 de dezembro de 2012
Inauguração está prevista para o dia 18 de maio de 2013
Monumento de homenagem aos resineiros nasce na Quinta da Valinha
É instalado na área ajardinada da Quinta da Valinha, na Burinhosa, freguesia de Pataias, que o monumento aos Resineiros deverá ficar instalado.
Joaquim Coutinho, proprietário da quinta burinhosense e promotor do monumento, fez o anúncio oficial na passada semana, no decorrer de um jantar que reuniu cerca de sete dezenas de individualidades da região.
A inauguração do monumento prevê-se para o dia 18 de maio de 2013, data em que se comemora o aniversário do Centro Cultural, Recreativo e Desportivo da Burinhosa e a consagração da Capela de Nossa Senhora da Esperança, um dos monumentos mais emblemáticos da Quinta da Valinha.
Segundo Joaquim Coutinho “não existe nenhum monumento ao resineiro em Portugal”, um dos principais motivos que o levou a avançar com a projeção da homenagem a uma das profissões (já em desuso) que empregou muitas famílias nas décadas de 40 e 50 do século XX. O monumento que, está a ser trabalhado há mais de um ano, ocupará uma área aproximada de 50 metros quadrados.
Inauguração está prevista para o dia 18 de maio de 2013
Monumento de homenagem aos resineiros nasce na Quinta da Valinha
É instalado na área ajardinada da Quinta da Valinha, na Burinhosa, freguesia de Pataias, que o monumento aos Resineiros deverá ficar instalado.
Joaquim Coutinho, proprietário da quinta burinhosense e promotor do monumento, fez o anúncio oficial na passada semana, no decorrer de um jantar que reuniu cerca de sete dezenas de individualidades da região.
A inauguração do monumento prevê-se para o dia 18 de maio de 2013, data em que se comemora o aniversário do Centro Cultural, Recreativo e Desportivo da Burinhosa e a consagração da Capela de Nossa Senhora da Esperança, um dos monumentos mais emblemáticos da Quinta da Valinha.
Segundo Joaquim Coutinho “não existe nenhum monumento ao resineiro em Portugal”, um dos principais motivos que o levou a avançar com a projeção da homenagem a uma das profissões (já em desuso) que empregou muitas famílias nas décadas de 40 e 50 do século XX. O monumento que, está a ser trabalhado há mais de um ano, ocupará uma área aproximada de 50 metros quadrados.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Boas ideias
A notícia no site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/informacao/sociedade-ambiente/benedita-instala-gabinete-juridico-na-junta
Benedita instala gabinete jurídico na Junta
A Junta de Freguesia da Benedita criou um Gabinete Jurídico que irá prestar apoio gratuito ao nível de informação jurídica aos fregueses que necessitarem destes serviços.
“Dos cinco advogados que compõem a assembleia de freguesia, um disponibilizou-se a fazer este serviço, tendo os restantes aderido à iniciativa”, informou Maria José Filipe.
A partir de janeiro, ainda em data a definir, os advogados irão, uma vez por semana, ao gabinete, estando disponíveis para “auxiliar quem precisar de aconselhamento e informação jurídica, de forma gratuita”.
O gabinete deverá funcionar das 18 às 19h.
http://www.cister.fm/informacao/sociedade-ambiente/benedita-instala-gabinete-juridico-na-junta
Benedita instala gabinete jurídico na Junta
A Junta de Freguesia da Benedita criou um Gabinete Jurídico que irá prestar apoio gratuito ao nível de informação jurídica aos fregueses que necessitarem destes serviços.
“Dos cinco advogados que compõem a assembleia de freguesia, um disponibilizou-se a fazer este serviço, tendo os restantes aderido à iniciativa”, informou Maria José Filipe.
A partir de janeiro, ainda em data a definir, os advogados irão, uma vez por semana, ao gabinete, estando disponíveis para “auxiliar quem precisar de aconselhamento e informação jurídica, de forma gratuita”.
O gabinete deverá funcionar das 18 às 19h.
55 milhões para os Centros Escolares de Alcobaça e Benedita
A notícia no site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/destaque/alcobaca-renegoceia-parceria-publico-privada
Alcobaça renegoceia Parceria Publico-Privada
A Câmara Municipal de Alcobaça renegoceia a Parceria Público Privada (PPP) com a MRG, empresa que construiu os Centros Escolares, com o objectivo de poupar 15 milhões de euros.
“Não se trata de uma extinção, mas sim de uma alteração ao contrato-promessa”, explica o presidente do executivo camarário, Paulo Inácio, adiantando que “o assunto irá ser votado em reunião de câmara”.
Com esta renegociação, em vez de Alcobaça pagar os 66 milhões de euros, ao longo de 25 anos, passará a ter um encargo de 51 milhões de euros, durante o mesmo período de tempo.
A redução do valor foi obtida através da revisão das condições de sustentabilidade económica e financeira da empresa municipal Cister – Equipamentos Educativos, SA; da alteração das taxas de juro (indexadas à Euribor) e da alteração dos montantes relativos à manutenção dos equipamentos construídos (Centros Escolares de Alcobaça e Benedita e do Pavilhão Gimnodesportivo de Évora de Alcobaça).
Outra componente desta renegociação visa a possibilidade da autarquia poder vir a comprar à MRG a sua participação maioritária (51%) no capital social da Cister, SA. que permitirá, no futuro, dissolver a empresa municipal.
A renegociação permite que Alcobaça passe a pagar, mensalmente, cerca de 190 mil euros, em vez dos quase 250 mil que estavam previstos anteriormente, uma redução na ordem dos 30 por cento.
http://www.cister.fm/destaque/alcobaca-renegoceia-parceria-publico-privada
Alcobaça renegoceia Parceria Publico-Privada
A Câmara Municipal de Alcobaça renegoceia a Parceria Público Privada (PPP) com a MRG, empresa que construiu os Centros Escolares, com o objectivo de poupar 15 milhões de euros.
“Não se trata de uma extinção, mas sim de uma alteração ao contrato-promessa”, explica o presidente do executivo camarário, Paulo Inácio, adiantando que “o assunto irá ser votado em reunião de câmara”.
Com esta renegociação, em vez de Alcobaça pagar os 66 milhões de euros, ao longo de 25 anos, passará a ter um encargo de 51 milhões de euros, durante o mesmo período de tempo.
A redução do valor foi obtida através da revisão das condições de sustentabilidade económica e financeira da empresa municipal Cister – Equipamentos Educativos, SA; da alteração das taxas de juro (indexadas à Euribor) e da alteração dos montantes relativos à manutenção dos equipamentos construídos (Centros Escolares de Alcobaça e Benedita e do Pavilhão Gimnodesportivo de Évora de Alcobaça).
Outra componente desta renegociação visa a possibilidade da autarquia poder vir a comprar à MRG a sua participação maioritária (51%) no capital social da Cister, SA. que permitirá, no futuro, dissolver a empresa municipal.
A renegociação permite que Alcobaça passe a pagar, mensalmente, cerca de 190 mil euros, em vez dos quase 250 mil que estavam previstos anteriormente, uma redução na ordem dos 30 por cento.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
O mar e as Paredes da Vitória
Como seria de esperar, desde sempre existiu uma relação conflituosa entre Paredes da Vitória e o mar. O Couseiro relata nas suas páginas que «esta vila se despovoou porque se descobriu grande penedia na baía, com o que não podiam vir a ela embarcações». Outras fontes referem um temporal que destruiu o porto e todas referem o grande assoreamento e o avanço das areias sobre o porto e a vila.
Paredes da Vitória na década de 1950. Atente-se às dunas existentes onde agora se situa a ETAR e o parque de estacionamento dos Mijaretes. Repare-se ainda na praia e nos diversos patamares da mesma, sinal da evidente de avanços e recuos do mar.
Outras histórias mais recentes contam-nos que no final dos anos de 1930, uma vaga gigante passou por cima da então recém-inaugurada escola, obrigando ao socorro das crianças e professora aprisionados dentro do edifício; ou a história dos dois porcos que morreram afogados no seu curral, numa casa que ainda hoje existe entre a marginal (bar nostalgia) e a Travessa do Jardim. Todos ainda se lembram que, durante todos os invernos – sem excepção – o mar subir o rio, galgar sobre as dunas e espraiar até à porta da marisqueira Tonico. São acontecimentos que fazem parte das memórias das Paredes e que nos fazem entender que há uma faixa de território continuamente reclamada pelo mar.
Vem isto a propósito dos recentes eventos que destruíram quase por completo a intervenção de requalificação da praia das Paredes, nomeadamente as paliçadas de fixação dunar, os passadiços de acesso à praia e o suporte da “varanda” na marginal.
É minha convicção pessoal que alguns dos problemas hoje existentes com a erosão e os galgamentos nas Paredes começaram há cerca 20 anos com a construção do “espelho de água”, em 1989/1990. Uma obra que pretendia trazer uma mais-valia à praia (nomeadamente em termos visuais), veio contribuir (como parece saber-se hoje) para uma maior destabilização do sistema praia-duna-arriba junto ao início da praia. O mar, que antes desta construção, não encontrava dificuldades em subir a pequena duna, passar pela escola e espraiar na estrada em frente ao Tonico Manel, viu-se assim impedido de o fazer. De alguma forma, foi “encurralado” pelo “espelho-de-água”, que não só o impediu de prosseguir até à estrada, como o obrigou a subir e ganhar volume em altura. O seu recuo, mais rápido e com maior volume de água, tem uma maior capacidade erosiva que se manifestou, pela primeira vez, de forma significativa, no final do ano de 2000, com a queda de uma barreira na margem norte do rio, junto às antigas eiras.
Paredes, ainda na década de 1950. No primeiro plano, as eiras, que acabariam soterradas pela abertura da estrada nova para a Senhora da Vitória. Atente-se à inexistência do edifício do atual bar "Nostalgia Beach", da atual marginal - conquistada à praia -, do largo leito do rio e de uma "boca" do vale muito mais ampla e aberta que a atual (o que ajudaria no espraiar das vagas e na diminuição da sua força).
Desde então, quer a norte quer a sul, o processo erosivo tem-se acentuado. Curiosamente, desde as obras de requalificação (que, coincidentemente, elevaram em algumas dezenas de centímetros o nível dos arruamentos), nunca mais o mar galgou até à estrada.
Evidência dos estragos são o facto de, durante a década de 1990, a então marginal ter sido ameaçada pela erosão do mar. Para que isso não acontecesse, a Junta de Freguesia reforçou então a base da estrutura com um pequeno paredão, que evitou maiores danos.
Paredes da Vitória, no início dos anos de 1990. Atente-se à proteção da marginal com um enrocamento, após um ou dois invernos mais severos que acentuaram a erosão do local. Observe-se ainda a colocação das primeiras proteções dunares e as escadas em cimento de acesso à praia. A cota da praia parece baixa e homogénea até ao mar.
Esse processo de erosão foi também evidente na quantidade de areia na praia. Para quem se recorda da antiga praia das Paredes com o parque de campismo, parece-nos hoje que a praia é muito mais pequena. Embora não existam dados relativos à quantidade de areia que existia, parece-me que não deixa de haver uma pequena ilusão ótica quanto ao tema. Se olharmos com atenção para as fotografias, na verdade, grande parte do antigo parque de campismo é hoje ocupado pela ETAR, por parte da marginal e pela duna ganha à praia.
Mas há outra evidência desta diminuição, ou não, da quantidade de areia na praia. Depois desta última tempestade, ficou a descoberto a antiga escadaria de cimento e o que se constata é que agora, o nível da praia é semelhante ao de há 5 ou 6 anos.
O que nos leva a outra evidência: o excelente trabalho de fixação das dunas e das areias que tem sido feito (os registos mostram que essa preocupação vem já desde 1980, quando travessas de linhas de comboio foram utilizadas para proteger as areias).
Há 30 anos a separar estas duas fotografias. A primeira é de agosto de 1982 e a segunda de julho de 2012. São visíveis algumas diferenças, não só no ordenamento da praia e a consequente retirada do parque de campismo e a exist~encia dos concessionários, mas também ao nível do curso do rio. Junto ao mar, a praia parece efetivamente maior, mas este ano, a praia estava também mais curta que o normal.
Estamos então em condições de avaliar a real dimensão dos estragos feitos pelo mar há quinze dias atrás.
O investimento de cerca de 340 mil euros na requalificação da praia (a que se juntaram mais 1 milhão na requalificação do núcleo urbano e mais 2 milhões pela ETAR), traduziu-se no balizamento da praia, na construção de passadiços e na construção de uma paliçada de proteção dunar que ia do rio até ao início dos Mijaretes. Em cerca de 4 anos, essa paliçada aumentou em mais de um metro o nível de areia nas dunas.
Requalificação da praia de Paredes da Vitória. A fotografia é de novembro de 2008. São visíveis os passadiços de acesso à praia, os novos bares dos concessionários e as paliçadas de proteção às dunas.
Mas esta história não é só de sucessos.
Em outubro de 2010, uma tempestade destruiu parte da paliçada de proteção dunar. Na sequência, o rio saiu do seu leito normal e curvou para sul, iniciando um processo de erosão que culminou com o desaparecimento de toda a paliçada do rio até às escadas de madeira em frente do “Nostalgia Beach”.
1º facto: o desaparecimento desta paliçada e desta duna, tendo origem numa tempestade marítima, foi acentuado pelo curso errático do rio. Foi o rio quem acentuou a erosão e abriu caminho para futuras vagas do mar.
2º facto: apesar dos alertas, o curso do rio nunca foi corrigido. Apenas o foi no início do Verão e sempre com o objetivo, não de prevenir/corrigir uma situação de erosão mas com o propósito de melhorar as condições balneares da praia e dos concessionários.
A verdade é que depois dessa data, nenhuma obra de manutenção/ recuperação do cordão dunar foi feita. A exceção é a reconstrução de uma das escadarias para acesso à praia, no início do verão.
Como se não bastasse essa ausência total de prevenção, no início deste verão, com o alegado argumento de preparar a praia para a época balnear, uma intensiva e extensiva movimentação de areias reduziu e rebaixou a cota da praia em mais de um metro. Também na altura foram alertadas as entidades mais próximas (Câmara e Junta) de que essas alterações no perfil da praia seriam contraproducentes, podendo levar à destruição do cordão dunar em futuras tempestades de Inverno. Mais uma vez, foi referida a necessidade de corrigir o leito do rio e apontadas algumas possíveis soluções. Aparentemente, nada foi feito.
Intervenção na praia das Paredes em Junho de 2012. Entre outras ações, a praia foi rebaixada em mais de 1 metro, expondo totalmente a paliçada que em troços significativos estava quase totalmente enterrada.
3º facto: o leito do rio não foi corrigido e, mais importante, não foi estabilizado. Terminado o verão, e impelido pelos ventos dominantes de Norte-Noroeste, curvou para sul e continou a erodir a base da duna.
4º facto: no final do verão, o nível da praia era substancialmente mais baixo que no verão (devido à movimentação de areias).
5º facto: cinco dias consecutivos de grande agitação marítima, com vagas de 6 metros conjugadas com as mais altas marés.
É a conjugação de todos estes factos e elementos, de origem natural e antrópica, que a diferentes escalas e em diferentes momentos têm contribuído para o estado atual da praia.
Paredes da Vitória, a 20 de dezembro de 2012. Suporte da "varanda"de madeira. Apesar dos sucessivos avisos e chamadas de atenção, nenhuma intervenção foi feita e a ação conjunta do leito do rio e das marés-vivas acabaram por expôr totalmente as fundações.
Paredes da Vitória, a 20 de dezembro de 2012. Acesso à praia a partir do "Nostalgia Beach". Observe-se a descoberto a antiga escadaria, reveladora não só da altura da cota da praia como do seu limite.
Por um lado, não podemos negligenciar a maior agitação marítima no inverno e a influência das marés. Para além disso, há o grande movimento de areias, evidente nas diferenças de areal entre o verão e inverno. Há ainda o rio, cujo curso é fortemente influenciado não só pelo mar e pela respetiva movimentação de areias, mas fundamentalmente pelos ventos dominantes. Todos conjugados, explicam os cíclicos e normais galgamentos do mar durante o inverno.
Por outro lado, há as construções de proteção dunar, cujo objetivo é o de criar uma barreira natural a estes galgamentos e trazer a maior estabilização possível à praia. Mas há outros aspetos a considerar na intervenção antrópica. A ausência de trabalhos de reparação e prevenção e, fundamentalmente, intervenções descabidas de movimentação de areias na praia, nomeadamente as que diminuem a sua cota, têm sido os principais fatores de destabilização deste frágil e dinâmico sistema e potenciaram de forma exponencial os estragos causados pela agitação marítima e os (normais) galgamentos.
A praia de Paredes da Vitória está assim necessitada de uma intervenção urgente, a executar nos próximos cinco meses – antes do início da época balnear.
Por um lado, são necessárias obras de reparação: passadiços de madeira, escadarias de acesso à praia, paliçadas de proteção dunar.
É necessária ainda uma obra mais pesada de proteção à marginal e à respetiva “varanda” e, principalmente, de orientação e de fixar de forma definitiva uma parte do curso do rio (após o espelho de água).
Tendo em conta o valor da intervenção inicial, aquando a requalificação da praia, provavelmente esta intervenção será de algumas dezenas ou até centenas de milhares de euros.
Há ainda que equacionar e discutir sem preconceitos e sem constrangimentos o que é mais importante – e já agora -, o que é mais sustentável de ponto de vista ambiental mas também económico, para a praia das Paredes. Longas intervenções de duas/três semanas de movimentações de areias na praia têm de ser muito bem fundamentadas e nunca, nunca, poderão pôr em causa o equilíbrio deste sistema mar-praia-duna. Estas intervenções feitas sem critério – e parece que a pedido – são uma das principais causas da situação atual. Quanto custaram na altura e quanto custarão agora, para resolver os problemas enunciados? Qual foi o retorno direto e indireto dessas intervenções? Traduziram-se num benefício geral para a praia e para o município? Como já disse, é necessário equacionar sem preconceitos, nem pressões, todas as variáveis e decidir.
E cabe aqui a última palavra: decidir.
É necessária uma decisão baseada em argumentos válidos, racionais e técnicos. Algumas das questões apresentam dificuldades técnicas que não podem ser resolvidas com o «penso que» e «acho que». De qualquer forma, há algo que não pode ser negligenciado: o conhecimento da população local, que pela sua experiência de vida tem conhecimentos sobre a praia e o mar que não vêm nos livros. Seria bom também, que depois de equacionadas e fundamentadas as ações a concretizar, apresentá-las à população local e ouvir a sua opinião, e eventualmente, corrigir, ou não, alguns aspetos. Mas essa seria uma novidade, pois a população das Paredes nunca foi ouvida uma única vez em todas as intervenções que ali foram feitas.
Paredes da Vitória na década de 1950. Atente-se às dunas existentes onde agora se situa a ETAR e o parque de estacionamento dos Mijaretes. Repare-se ainda na praia e nos diversos patamares da mesma, sinal da evidente de avanços e recuos do mar.
Outras histórias mais recentes contam-nos que no final dos anos de 1930, uma vaga gigante passou por cima da então recém-inaugurada escola, obrigando ao socorro das crianças e professora aprisionados dentro do edifício; ou a história dos dois porcos que morreram afogados no seu curral, numa casa que ainda hoje existe entre a marginal (bar nostalgia) e a Travessa do Jardim. Todos ainda se lembram que, durante todos os invernos – sem excepção – o mar subir o rio, galgar sobre as dunas e espraiar até à porta da marisqueira Tonico. São acontecimentos que fazem parte das memórias das Paredes e que nos fazem entender que há uma faixa de território continuamente reclamada pelo mar.
Vem isto a propósito dos recentes eventos que destruíram quase por completo a intervenção de requalificação da praia das Paredes, nomeadamente as paliçadas de fixação dunar, os passadiços de acesso à praia e o suporte da “varanda” na marginal.
É minha convicção pessoal que alguns dos problemas hoje existentes com a erosão e os galgamentos nas Paredes começaram há cerca 20 anos com a construção do “espelho de água”, em 1989/1990. Uma obra que pretendia trazer uma mais-valia à praia (nomeadamente em termos visuais), veio contribuir (como parece saber-se hoje) para uma maior destabilização do sistema praia-duna-arriba junto ao início da praia. O mar, que antes desta construção, não encontrava dificuldades em subir a pequena duna, passar pela escola e espraiar na estrada em frente ao Tonico Manel, viu-se assim impedido de o fazer. De alguma forma, foi “encurralado” pelo “espelho-de-água”, que não só o impediu de prosseguir até à estrada, como o obrigou a subir e ganhar volume em altura. O seu recuo, mais rápido e com maior volume de água, tem uma maior capacidade erosiva que se manifestou, pela primeira vez, de forma significativa, no final do ano de 2000, com a queda de uma barreira na margem norte do rio, junto às antigas eiras.
Paredes, ainda na década de 1950. No primeiro plano, as eiras, que acabariam soterradas pela abertura da estrada nova para a Senhora da Vitória. Atente-se à inexistência do edifício do atual bar "Nostalgia Beach", da atual marginal - conquistada à praia -, do largo leito do rio e de uma "boca" do vale muito mais ampla e aberta que a atual (o que ajudaria no espraiar das vagas e na diminuição da sua força).
Desde então, quer a norte quer a sul, o processo erosivo tem-se acentuado. Curiosamente, desde as obras de requalificação (que, coincidentemente, elevaram em algumas dezenas de centímetros o nível dos arruamentos), nunca mais o mar galgou até à estrada.
Evidência dos estragos são o facto de, durante a década de 1990, a então marginal ter sido ameaçada pela erosão do mar. Para que isso não acontecesse, a Junta de Freguesia reforçou então a base da estrutura com um pequeno paredão, que evitou maiores danos.
Paredes da Vitória, no início dos anos de 1990. Atente-se à proteção da marginal com um enrocamento, após um ou dois invernos mais severos que acentuaram a erosão do local. Observe-se ainda a colocação das primeiras proteções dunares e as escadas em cimento de acesso à praia. A cota da praia parece baixa e homogénea até ao mar.
Esse processo de erosão foi também evidente na quantidade de areia na praia. Para quem se recorda da antiga praia das Paredes com o parque de campismo, parece-nos hoje que a praia é muito mais pequena. Embora não existam dados relativos à quantidade de areia que existia, parece-me que não deixa de haver uma pequena ilusão ótica quanto ao tema. Se olharmos com atenção para as fotografias, na verdade, grande parte do antigo parque de campismo é hoje ocupado pela ETAR, por parte da marginal e pela duna ganha à praia.
Mas há outra evidência desta diminuição, ou não, da quantidade de areia na praia. Depois desta última tempestade, ficou a descoberto a antiga escadaria de cimento e o que se constata é que agora, o nível da praia é semelhante ao de há 5 ou 6 anos.
O que nos leva a outra evidência: o excelente trabalho de fixação das dunas e das areias que tem sido feito (os registos mostram que essa preocupação vem já desde 1980, quando travessas de linhas de comboio foram utilizadas para proteger as areias).
Há 30 anos a separar estas duas fotografias. A primeira é de agosto de 1982 e a segunda de julho de 2012. São visíveis algumas diferenças, não só no ordenamento da praia e a consequente retirada do parque de campismo e a exist~encia dos concessionários, mas também ao nível do curso do rio. Junto ao mar, a praia parece efetivamente maior, mas este ano, a praia estava também mais curta que o normal.
Estamos então em condições de avaliar a real dimensão dos estragos feitos pelo mar há quinze dias atrás.
O investimento de cerca de 340 mil euros na requalificação da praia (a que se juntaram mais 1 milhão na requalificação do núcleo urbano e mais 2 milhões pela ETAR), traduziu-se no balizamento da praia, na construção de passadiços e na construção de uma paliçada de proteção dunar que ia do rio até ao início dos Mijaretes. Em cerca de 4 anos, essa paliçada aumentou em mais de um metro o nível de areia nas dunas.
Requalificação da praia de Paredes da Vitória. A fotografia é de novembro de 2008. São visíveis os passadiços de acesso à praia, os novos bares dos concessionários e as paliçadas de proteção às dunas.
Mas esta história não é só de sucessos.
Em outubro de 2010, uma tempestade destruiu parte da paliçada de proteção dunar. Na sequência, o rio saiu do seu leito normal e curvou para sul, iniciando um processo de erosão que culminou com o desaparecimento de toda a paliçada do rio até às escadas de madeira em frente do “Nostalgia Beach”.
1º facto: o desaparecimento desta paliçada e desta duna, tendo origem numa tempestade marítima, foi acentuado pelo curso errático do rio. Foi o rio quem acentuou a erosão e abriu caminho para futuras vagas do mar.
2º facto: apesar dos alertas, o curso do rio nunca foi corrigido. Apenas o foi no início do Verão e sempre com o objetivo, não de prevenir/corrigir uma situação de erosão mas com o propósito de melhorar as condições balneares da praia e dos concessionários.
9 de outubro de 2010
25 de março de 2012
A verdade é que depois dessa data, nenhuma obra de manutenção/ recuperação do cordão dunar foi feita. A exceção é a reconstrução de uma das escadarias para acesso à praia, no início do verão.
Como se não bastasse essa ausência total de prevenção, no início deste verão, com o alegado argumento de preparar a praia para a época balnear, uma intensiva e extensiva movimentação de areias reduziu e rebaixou a cota da praia em mais de um metro. Também na altura foram alertadas as entidades mais próximas (Câmara e Junta) de que essas alterações no perfil da praia seriam contraproducentes, podendo levar à destruição do cordão dunar em futuras tempestades de Inverno. Mais uma vez, foi referida a necessidade de corrigir o leito do rio e apontadas algumas possíveis soluções. Aparentemente, nada foi feito.
Intervenção na praia das Paredes em Junho de 2012. Entre outras ações, a praia foi rebaixada em mais de 1 metro, expondo totalmente a paliçada que em troços significativos estava quase totalmente enterrada.
3º facto: o leito do rio não foi corrigido e, mais importante, não foi estabilizado. Terminado o verão, e impelido pelos ventos dominantes de Norte-Noroeste, curvou para sul e continou a erodir a base da duna.
4º facto: no final do verão, o nível da praia era substancialmente mais baixo que no verão (devido à movimentação de areias).
5º facto: cinco dias consecutivos de grande agitação marítima, com vagas de 6 metros conjugadas com as mais altas marés.
É a conjugação de todos estes factos e elementos, de origem natural e antrópica, que a diferentes escalas e em diferentes momentos têm contribuído para o estado atual da praia.
Paredes da Vitória, a 20 de dezembro de 2012. Suporte da "varanda"de madeira. Apesar dos sucessivos avisos e chamadas de atenção, nenhuma intervenção foi feita e a ação conjunta do leito do rio e das marés-vivas acabaram por expôr totalmente as fundações.
Paredes da Vitória, a 20 de dezembro de 2012. Acesso à praia a partir do "Nostalgia Beach". Observe-se a descoberto a antiga escadaria, reveladora não só da altura da cota da praia como do seu limite.
Por um lado, não podemos negligenciar a maior agitação marítima no inverno e a influência das marés. Para além disso, há o grande movimento de areias, evidente nas diferenças de areal entre o verão e inverno. Há ainda o rio, cujo curso é fortemente influenciado não só pelo mar e pela respetiva movimentação de areias, mas fundamentalmente pelos ventos dominantes. Todos conjugados, explicam os cíclicos e normais galgamentos do mar durante o inverno.
Por outro lado, há as construções de proteção dunar, cujo objetivo é o de criar uma barreira natural a estes galgamentos e trazer a maior estabilização possível à praia. Mas há outros aspetos a considerar na intervenção antrópica. A ausência de trabalhos de reparação e prevenção e, fundamentalmente, intervenções descabidas de movimentação de areias na praia, nomeadamente as que diminuem a sua cota, têm sido os principais fatores de destabilização deste frágil e dinâmico sistema e potenciaram de forma exponencial os estragos causados pela agitação marítima e os (normais) galgamentos.
A praia de Paredes da Vitória está assim necessitada de uma intervenção urgente, a executar nos próximos cinco meses – antes do início da época balnear.
Por um lado, são necessárias obras de reparação: passadiços de madeira, escadarias de acesso à praia, paliçadas de proteção dunar.
É necessária ainda uma obra mais pesada de proteção à marginal e à respetiva “varanda” e, principalmente, de orientação e de fixar de forma definitiva uma parte do curso do rio (após o espelho de água).
Tendo em conta o valor da intervenção inicial, aquando a requalificação da praia, provavelmente esta intervenção será de algumas dezenas ou até centenas de milhares de euros.
Há ainda que equacionar e discutir sem preconceitos e sem constrangimentos o que é mais importante – e já agora -, o que é mais sustentável de ponto de vista ambiental mas também económico, para a praia das Paredes. Longas intervenções de duas/três semanas de movimentações de areias na praia têm de ser muito bem fundamentadas e nunca, nunca, poderão pôr em causa o equilíbrio deste sistema mar-praia-duna. Estas intervenções feitas sem critério – e parece que a pedido – são uma das principais causas da situação atual. Quanto custaram na altura e quanto custarão agora, para resolver os problemas enunciados? Qual foi o retorno direto e indireto dessas intervenções? Traduziram-se num benefício geral para a praia e para o município? Como já disse, é necessário equacionar sem preconceitos, nem pressões, todas as variáveis e decidir.
E cabe aqui a última palavra: decidir.
É necessária uma decisão baseada em argumentos válidos, racionais e técnicos. Algumas das questões apresentam dificuldades técnicas que não podem ser resolvidas com o «penso que» e «acho que». De qualquer forma, há algo que não pode ser negligenciado: o conhecimento da população local, que pela sua experiência de vida tem conhecimentos sobre a praia e o mar que não vêm nos livros. Seria bom também, que depois de equacionadas e fundamentadas as ações a concretizar, apresentá-las à população local e ouvir a sua opinião, e eventualmente, corrigir, ou não, alguns aspetos. Mas essa seria uma novidade, pois a população das Paredes nunca foi ouvida uma única vez em todas as intervenções que ali foram feitas.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Câmara aprova orçamento de 41,5 milhões
A notícia no site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/destaque/alcobaca-aprova-orcamento-de-415-milhoes-para-2013
Alcobaça aprova orçamento de 41,5 milhões para 2013
A Câmara Municipal de Alcobaça aprovou um orçamento de 41,5 milhões de euros para 2013, o valor mais baixo dos últimos anos.
Paulo Inácio explicou que se trata de “um documento que tem em atenção as questões sociais, daí estar cabimentada uma verba de dois milhões de euros para apoiar os desempregados, as refeições e os transportes escolares, para além das IPSS”.
Outra das prioridades para o próximo ano passa por “dar continuidade à recuperação económica das contas da câmara municipal de Alcobaça”, informou o presidente do executivo camarário, Paulo Inácio.
Apesar da maioria PSD ter referido que o orçamento da câmara municipal de Alcobaça para 2013 vai ter como prioridade o apoio social, a oposição refere que as verbas são praticamente as mesmas do ano que está a terminar.
Por parte do PS, o vereador Acácio Barbosa afirma mesmo que “o discurso político de Paulo Inácio, presidente da câmara, não está refletido nas verbas cabimentadas para o apoio social”.
O mesmo entendimento tem a CDU, cujo vereador Rogério Raimundo defende que “Alcobaça deveria reforçar o apoio social com um verba de um milhão de euros, que serviria para criar postos de trabalho nas juntas e IPSS do concelho”.
O orçamento de 41,5 milhões de euros para 2013 tem uma verba de dois milhões para o apoio social, com destaque para as refeições para os mais necessitados, uma cabimentação que a oposição diz ser praticamente a mesma deste ano.
O documento foi remetido para a Assembleia Municipal.
Quanto aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Alcobaça, o orçamento para 2013 é de 10,9 milhões de euros, o que se traduz numa redução de quatro milhões face ao corrente ano.
“Este decréscimo orçamental foi possível devido a um trabalho planeado de recuperação financeira, que irá continuar em 2013”, esclareceu o presidente da Câmara.
De fora deste orçamento fica a dívida, superior a 4 milhões de euros, à empresa Águas do Oeste, “um assunto que está a ser resolvido na justiça e também na esfera política”, adiantou.
A redução do orçamento deve-se, ainda, ao facto de 2012 ter sido um dos anos de “maior investimento”, por parte dos SMAS, tendo em conta as obras de saneamento que estão a terminar nas freguesias de Vestiaria, Bárrio e Cela, orçadas em 3 milhões de euros.
http://www.cister.fm/destaque/alcobaca-aprova-orcamento-de-415-milhoes-para-2013
Alcobaça aprova orçamento de 41,5 milhões para 2013
A Câmara Municipal de Alcobaça aprovou um orçamento de 41,5 milhões de euros para 2013, o valor mais baixo dos últimos anos.
Paulo Inácio explicou que se trata de “um documento que tem em atenção as questões sociais, daí estar cabimentada uma verba de dois milhões de euros para apoiar os desempregados, as refeições e os transportes escolares, para além das IPSS”.
Outra das prioridades para o próximo ano passa por “dar continuidade à recuperação económica das contas da câmara municipal de Alcobaça”, informou o presidente do executivo camarário, Paulo Inácio.
Apesar da maioria PSD ter referido que o orçamento da câmara municipal de Alcobaça para 2013 vai ter como prioridade o apoio social, a oposição refere que as verbas são praticamente as mesmas do ano que está a terminar.
Por parte do PS, o vereador Acácio Barbosa afirma mesmo que “o discurso político de Paulo Inácio, presidente da câmara, não está refletido nas verbas cabimentadas para o apoio social”.
O mesmo entendimento tem a CDU, cujo vereador Rogério Raimundo defende que “Alcobaça deveria reforçar o apoio social com um verba de um milhão de euros, que serviria para criar postos de trabalho nas juntas e IPSS do concelho”.
O orçamento de 41,5 milhões de euros para 2013 tem uma verba de dois milhões para o apoio social, com destaque para as refeições para os mais necessitados, uma cabimentação que a oposição diz ser praticamente a mesma deste ano.
O documento foi remetido para a Assembleia Municipal.
Quanto aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Alcobaça, o orçamento para 2013 é de 10,9 milhões de euros, o que se traduz numa redução de quatro milhões face ao corrente ano.
“Este decréscimo orçamental foi possível devido a um trabalho planeado de recuperação financeira, que irá continuar em 2013”, esclareceu o presidente da Câmara.
De fora deste orçamento fica a dívida, superior a 4 milhões de euros, à empresa Águas do Oeste, “um assunto que está a ser resolvido na justiça e também na esfera política”, adiantou.
A redução do orçamento deve-se, ainda, ao facto de 2012 ter sido um dos anos de “maior investimento”, por parte dos SMAS, tendo em conta as obras de saneamento que estão a terminar nas freguesias de Vestiaria, Bárrio e Cela, orçadas em 3 milhões de euros.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
O fim da freguesia de Pataias
Confesso a minha ingenuidade ideológica quando penso que todos aqueles que se candidatam a cargos políticos e que ao assumirem determinadas posições, mesmo aquelas com as quais discordo profundamente, o fazem na convicção de que estão a defender da melhor forma os interesses do seu país, do seu concelho, ou da sua freguesia e das respetivas populações. Reconheço também que alguns (muitos) daqueles que se dizem representantes das populações têm, por vezes, agendas pessoais difíceis de compatibilizar com os superiores interesses daquelas.
Também acho piada àquelas profecias catastróficas do fim do mundo, tipo profecia dos Maias que apontavam o fim do mundo para 21 de dezembro. E isso pôs-me a pensar que o mundo não acabou anteontem, mas que a freguesia de Pataias, neste ano de 2012 pode ter entrado em severa falência cárdio-respiratória, associada a um grave acidente vascular cerebral e, quicá, a debater-se contra um silencioso cancro.
Neste ano que passou, duas transformações com profundo impacto na freguesia ocorreram sem que Pataias, e principalmente, o fórum político que representa a sua população – a Assembleia de Freguesia – se pronunciassem e tomassem uma posição.
O primeiro foi a integração do Agrupamento de Escolas de Pataias no mega Agrupamento de Cister, o maior do país, com mais de 4000 alunos. Não entrando numa discussão sobre a eficácia economicista da medida ou dos eventuais proveitos pedagógicos da mesma, a extinção do Agrupamento de Escolas de Pataias é uma ameaça concreta ao desenvolvimento da freguesia. Num contexto de estagnação e significativo envelhecimento demográfico, associado a grave crise económico-financeira, a extinção do Agrupamento pode representar o não investimento de 6 milhões de euros na freguesia.
Eu explico: podem ser poupados seis milhões de investimento direto, distribuídos pela não construção um novo centro escolar e pela não deslocalização do mercado. Num contexto de profunda retração financeira e racionalidade económica, há lugar para todas as crianças com menos de 10 anos da freguesia (e mais algumas) na atual EB2/3 se os alunos que frequentam o 3º ciclo forem para Alcobaça. Qual será o impacto para os já paupérrimos comércio e serviços da vila se essas centenas de crianças e jovens forem para Alcobaça?
O que disseram a Assembleia e Junta de Freguesia sobre o assunto? NADA.
Qual foi a sua posição sobre as eventuais vantagens ou desvantagens desse Mega-agrupamento para a freguesia? NENHUMA.
O outro foi com a nóvel lei da reorganização autárquica. Num primeiro momento, apenas porque foi instada a pronunciar-se pela Assembleia Municipal, a Assembleia de Freguesia disse, em junho, que: «porque não somos diretamente afetados por esta lei, aceitamos as decisões da Assembleia Municipal». Concorde-se ou não com a posição (eu não concordo), há argumentos válidos que justificam a posição.
Num segundo momento, em novembro, há a comunicação que a a freguesia de Pataias vai ser diretamente afetada por esta lei, pois vai ser agregada com a Martingança. E o que disse a Assembleia de Freguesia, órgão máximo e representante da população, sobre o assunto: NADA.
Qual foi a sua posição sobre as eventuais vantagens ou desvantagens dessa agregação com uma freguesia que não quer juntar-se a Pataias? NENHUMA.
Houve nestes dois casos uma profunda demissão da Assembleia de Freguesia (de todos os seus elementos) das suas responsabilidades em, pelo menos, discutir as decisões exteriores que afetam a freguesia. E propor, ou não, medidas e ações de luta contra ou a favor das mesmas. Duas histórias que me fazem lembrar a avestruz com a cabeça enterrada na areia.
É neste contexto que vislumbro uma profecia catastrófica do fim da freguesia de Pataias. Vamos imaginar: por razões várias, o Centro Escolar de Pataias não é construído e toma-se a decisão de alojar as crianças da pré-primária e do 1º ciclo na EB2/3 de Pataias. Não havendo lugar para todos, os alunos do 3º ciclo serão transferidos para Alcobaça, onde existem 3 (três) escolas para os receber. Aquela que durante muitos anos foi uma das duas maiores freguesias do concelho de Alcobaça, passa a ter apenas uma escola primária. As suas crianças de 12 anos, não porque queiram, mas por necessidade, têm de se deslocar, em alguns casos, 20 km para poderem continuar os seus estudos. Há um esvaziamento de população, de serviços, de responsabilidades. Não vejo como é que isso pode ser positivo para Pataias.
E depois temos a agregação com a Martingança (que não quer). Num primeiro momento, parece positivo. A freguesia fica maior, com mais população, o que a faz recuperar algum do “peso” no contexto municipal.
Mas, se Alpedriz e Montes se juntarem a Cós, o que vai acontecer a certos serviços como os bombeiros e GNR?
Por exemplo, as freguesias de Alpedriz e Montes são servidas pelos Bombeiros de Pataias. A de Cós, pelos Bombeiros de Alcobaça (o mesmo para a GNR). Como irá ficar? Metade da freguesia é socorrida por Pataias e a outra metade por Alcobaça? Numa época de racionalidade e de procura de eficácia e eficiência de meios, não me parece a melhor solução.
As populações dos Montes e Alpedriz virão ao médico a Pataias ou passarão a ir para Cós (que está fora do alçado da Unidade de Saúde Familiar Pinhal do Rei)?
Vamos supor que Pataias perde estes serviços (assistência dos bombeiros, GNR, de saúde) para Alcobaça. O que fica para Pataias? Menos escolas, menos alunos, menos bombeiros, menos GNR, menos saúde.
E o que disseram os órgãos de representam e defendem a freguesia de Pataias: NADA.
Ou melhor: Alcobaça que decida.
É evidente que estas profecias da desgraça, à semelhança da dos Maias, podem não se concretizar.
O 3º ciclo pode não sair de Pataias, ou porque é construído um novo bloco na EB2/3 para albergar os alunos da pré-primária, ou porque se toma a decisão de não encerrar as escolas dos Pisões, Burinhosa e Martingança.
Pode não acontecer nada aos serviços dos bombeiros e da GNR, ou porque no fim de contas toda a nova freguesia de Cós-Alpedriz-Montes passa a ser servida por Pataias, ou porque Montes e Alpedriz conseguem a desejada agregação Pataias-Martingança.
Mas o que é que nós, pataienses, dissemos e fizemos por isso?
Também acho piada àquelas profecias catastróficas do fim do mundo, tipo profecia dos Maias que apontavam o fim do mundo para 21 de dezembro. E isso pôs-me a pensar que o mundo não acabou anteontem, mas que a freguesia de Pataias, neste ano de 2012 pode ter entrado em severa falência cárdio-respiratória, associada a um grave acidente vascular cerebral e, quicá, a debater-se contra um silencioso cancro.
Neste ano que passou, duas transformações com profundo impacto na freguesia ocorreram sem que Pataias, e principalmente, o fórum político que representa a sua população – a Assembleia de Freguesia – se pronunciassem e tomassem uma posição.
O primeiro foi a integração do Agrupamento de Escolas de Pataias no mega Agrupamento de Cister, o maior do país, com mais de 4000 alunos. Não entrando numa discussão sobre a eficácia economicista da medida ou dos eventuais proveitos pedagógicos da mesma, a extinção do Agrupamento de Escolas de Pataias é uma ameaça concreta ao desenvolvimento da freguesia. Num contexto de estagnação e significativo envelhecimento demográfico, associado a grave crise económico-financeira, a extinção do Agrupamento pode representar o não investimento de 6 milhões de euros na freguesia.
Eu explico: podem ser poupados seis milhões de investimento direto, distribuídos pela não construção um novo centro escolar e pela não deslocalização do mercado. Num contexto de profunda retração financeira e racionalidade económica, há lugar para todas as crianças com menos de 10 anos da freguesia (e mais algumas) na atual EB2/3 se os alunos que frequentam o 3º ciclo forem para Alcobaça. Qual será o impacto para os já paupérrimos comércio e serviços da vila se essas centenas de crianças e jovens forem para Alcobaça?
O que disseram a Assembleia e Junta de Freguesia sobre o assunto? NADA.
Qual foi a sua posição sobre as eventuais vantagens ou desvantagens desse Mega-agrupamento para a freguesia? NENHUMA.
O outro foi com a nóvel lei da reorganização autárquica. Num primeiro momento, apenas porque foi instada a pronunciar-se pela Assembleia Municipal, a Assembleia de Freguesia disse, em junho, que: «porque não somos diretamente afetados por esta lei, aceitamos as decisões da Assembleia Municipal». Concorde-se ou não com a posição (eu não concordo), há argumentos válidos que justificam a posição.
Num segundo momento, em novembro, há a comunicação que a a freguesia de Pataias vai ser diretamente afetada por esta lei, pois vai ser agregada com a Martingança. E o que disse a Assembleia de Freguesia, órgão máximo e representante da população, sobre o assunto: NADA.
Qual foi a sua posição sobre as eventuais vantagens ou desvantagens dessa agregação com uma freguesia que não quer juntar-se a Pataias? NENHUMA.
Houve nestes dois casos uma profunda demissão da Assembleia de Freguesia (de todos os seus elementos) das suas responsabilidades em, pelo menos, discutir as decisões exteriores que afetam a freguesia. E propor, ou não, medidas e ações de luta contra ou a favor das mesmas. Duas histórias que me fazem lembrar a avestruz com a cabeça enterrada na areia.
É neste contexto que vislumbro uma profecia catastrófica do fim da freguesia de Pataias. Vamos imaginar: por razões várias, o Centro Escolar de Pataias não é construído e toma-se a decisão de alojar as crianças da pré-primária e do 1º ciclo na EB2/3 de Pataias. Não havendo lugar para todos, os alunos do 3º ciclo serão transferidos para Alcobaça, onde existem 3 (três) escolas para os receber. Aquela que durante muitos anos foi uma das duas maiores freguesias do concelho de Alcobaça, passa a ter apenas uma escola primária. As suas crianças de 12 anos, não porque queiram, mas por necessidade, têm de se deslocar, em alguns casos, 20 km para poderem continuar os seus estudos. Há um esvaziamento de população, de serviços, de responsabilidades. Não vejo como é que isso pode ser positivo para Pataias.
E depois temos a agregação com a Martingança (que não quer). Num primeiro momento, parece positivo. A freguesia fica maior, com mais população, o que a faz recuperar algum do “peso” no contexto municipal.
Mas, se Alpedriz e Montes se juntarem a Cós, o que vai acontecer a certos serviços como os bombeiros e GNR?
Por exemplo, as freguesias de Alpedriz e Montes são servidas pelos Bombeiros de Pataias. A de Cós, pelos Bombeiros de Alcobaça (o mesmo para a GNR). Como irá ficar? Metade da freguesia é socorrida por Pataias e a outra metade por Alcobaça? Numa época de racionalidade e de procura de eficácia e eficiência de meios, não me parece a melhor solução.
As populações dos Montes e Alpedriz virão ao médico a Pataias ou passarão a ir para Cós (que está fora do alçado da Unidade de Saúde Familiar Pinhal do Rei)?
Vamos supor que Pataias perde estes serviços (assistência dos bombeiros, GNR, de saúde) para Alcobaça. O que fica para Pataias? Menos escolas, menos alunos, menos bombeiros, menos GNR, menos saúde.
E o que disseram os órgãos de representam e defendem a freguesia de Pataias: NADA.
Ou melhor: Alcobaça que decida.
É evidente que estas profecias da desgraça, à semelhança da dos Maias, podem não se concretizar.
O 3º ciclo pode não sair de Pataias, ou porque é construído um novo bloco na EB2/3 para albergar os alunos da pré-primária, ou porque se toma a decisão de não encerrar as escolas dos Pisões, Burinhosa e Martingança.
Pode não acontecer nada aos serviços dos bombeiros e da GNR, ou porque no fim de contas toda a nova freguesia de Cós-Alpedriz-Montes passa a ser servida por Pataias, ou porque Montes e Alpedriz conseguem a desejada agregação Pataias-Martingança.
Mas o que é que nós, pataienses, dissemos e fizemos por isso?
Manifestação de freguesias contra a agregação
A notícia na edição on-line do Público
http://www.publico.pt/politica/noticia/freguesias-apelam-a-cavaco-para-chumbar-reforma-administrativa-1578404#/0
Freguesias apelam a Cavaco para chumbar reforma administrativa
Manifestação em frente ao Palácio de Belém organizada pela Associação Nacional de Freguesias contesta reforma.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) pediu neste sábado ao Presidente da República que promova, recorrendo à sua “magistratura de influência”, a suspensão da aplicação da Lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias.
“Desejo que o Presidente da República possa, no mínimo, com a sua magistratura de influência, promover a suspensão da aplicação desta lei, aproveitando para aperfeiçoar o modelo, e aproveitando o debate já decorrido para corrigir os erros já encontrados”, disse o presidente da Anafre, Armando Vieira, durante uma manifestação organizada pela associação em frente ao Palácio de Belém, a residência oficial do Presidente da República.
A concentração, convocada pela Associação Nacional de Freguesias, começou por volta das 14h00 com o objectivo de protestar contra o actual projecto de lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, que agrega 1160 daqueles órgãos.
Representando apenas 0,1% do Orçamento do Estado, as freguesias apelam a Cavaco Silva para vetar o projecto de Lei n.º 320/XII/2.ª – Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, “de modo a permitir um debate e reflexão livres sobre a temática e não uma reforma imposta”.
Neste sábado, o presidente da Anafre voltou a sublinhar que não é contra a reforma, é apenas contra “este modelo”.
"Para que este modelo seja útil, só pode ser decidido local e livremente. Só assim é que pode ser pacífica e aceite pelos portugueses", sublinhou.
Armando Vieira disse ainda não entender o sentido das declarações do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que na sexta-feira, depois de a lei da reforma administrativa ser aprovada na especialidade pelo Parlamento, disse que este era um diploma para as pessoas e não para os políticos.
"Dada a emergência nacional financeira em que o país sem encontra, não são os 0,1% que as freguesias representam no Orçamento do Estado que pode ajudar a resolver alguma coisa", disse.
Presente "por solidariedade" no protesto da Anafre, o deputado comunista João Oliveira disse à Lusa que "é mais do que realista esperar por um veto do Presidente da República" a este diploma, até pelas "inúmeras irregularidades" que ele contém.
"Esperamos que o Presidente da República esteja alertado e consciente do que significa a lei, a verdadeira convulsão social que pode significar a sua aplicação e esperamos que por isso o Presidente da República possa vetar a lei, impedindo que ela possa ver a luz do dia", declarou.
João Oliveira criticou também a forma como o processo da reforma foi conduzido por Miguel Relvas, dizendo que para esta lei "só contaram as opiniões que foram convergentes com as do Governo", o que é representativo da perspectiva com que o ministro dos Assuntos Parlamentares "está na política e na vida".
De acordo com a organização do protesto, estiveram presentes entre quatro a cinco mil pessoas. Ruidosas, algumas vestidas com fatos de ranchos folclóricos, outras munidas de cartazes, faixas e apitos, todas tinham motivos para marcar presença.
Ilídio Serrador, morador da freguesia da Fajarda, que será agregada à de Erra, no concelho de Coruche, disse à Lusa temer pelo acesso dos mais idosos da sua localidade a serviços essenciais.
"Vamos perder muito, especialmente a população que está a ficar envelhecida. Vamos perder serviços, até receitas médicas que distribuímos porta-a-porta. Esse é um dos serviços que vamos perder de certeza", disse.
Maria do Carmo Gaspar, habitante de S. Pedro da Cova, em Gondomar, contou à Lusa o insólito caso da sede de junta de freguesia que se prepara para encerrar, apesar de ter sido inaugurada apenas há uma semana.
"Uma junta de freguesia muito grande, que andamos há 20 anos a batalhar por ela, foi inaugurada no sábado, e agora está previsto ser encerrada", lamentou.
http://www.publico.pt/politica/noticia/freguesias-apelam-a-cavaco-para-chumbar-reforma-administrativa-1578404#/0
Freguesias apelam a Cavaco para chumbar reforma administrativa
Manifestação em frente ao Palácio de Belém organizada pela Associação Nacional de Freguesias contesta reforma.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) pediu neste sábado ao Presidente da República que promova, recorrendo à sua “magistratura de influência”, a suspensão da aplicação da Lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias.
“Desejo que o Presidente da República possa, no mínimo, com a sua magistratura de influência, promover a suspensão da aplicação desta lei, aproveitando para aperfeiçoar o modelo, e aproveitando o debate já decorrido para corrigir os erros já encontrados”, disse o presidente da Anafre, Armando Vieira, durante uma manifestação organizada pela associação em frente ao Palácio de Belém, a residência oficial do Presidente da República.
A concentração, convocada pela Associação Nacional de Freguesias, começou por volta das 14h00 com o objectivo de protestar contra o actual projecto de lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, que agrega 1160 daqueles órgãos.
Representando apenas 0,1% do Orçamento do Estado, as freguesias apelam a Cavaco Silva para vetar o projecto de Lei n.º 320/XII/2.ª – Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, “de modo a permitir um debate e reflexão livres sobre a temática e não uma reforma imposta”.
Neste sábado, o presidente da Anafre voltou a sublinhar que não é contra a reforma, é apenas contra “este modelo”.
"Para que este modelo seja útil, só pode ser decidido local e livremente. Só assim é que pode ser pacífica e aceite pelos portugueses", sublinhou.
Armando Vieira disse ainda não entender o sentido das declarações do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que na sexta-feira, depois de a lei da reforma administrativa ser aprovada na especialidade pelo Parlamento, disse que este era um diploma para as pessoas e não para os políticos.
"Dada a emergência nacional financeira em que o país sem encontra, não são os 0,1% que as freguesias representam no Orçamento do Estado que pode ajudar a resolver alguma coisa", disse.
Presente "por solidariedade" no protesto da Anafre, o deputado comunista João Oliveira disse à Lusa que "é mais do que realista esperar por um veto do Presidente da República" a este diploma, até pelas "inúmeras irregularidades" que ele contém.
"Esperamos que o Presidente da República esteja alertado e consciente do que significa a lei, a verdadeira convulsão social que pode significar a sua aplicação e esperamos que por isso o Presidente da República possa vetar a lei, impedindo que ela possa ver a luz do dia", declarou.
João Oliveira criticou também a forma como o processo da reforma foi conduzido por Miguel Relvas, dizendo que para esta lei "só contaram as opiniões que foram convergentes com as do Governo", o que é representativo da perspectiva com que o ministro dos Assuntos Parlamentares "está na política e na vida".
De acordo com a organização do protesto, estiveram presentes entre quatro a cinco mil pessoas. Ruidosas, algumas vestidas com fatos de ranchos folclóricos, outras munidas de cartazes, faixas e apitos, todas tinham motivos para marcar presença.
Ilídio Serrador, morador da freguesia da Fajarda, que será agregada à de Erra, no concelho de Coruche, disse à Lusa temer pelo acesso dos mais idosos da sua localidade a serviços essenciais.
"Vamos perder muito, especialmente a população que está a ficar envelhecida. Vamos perder serviços, até receitas médicas que distribuímos porta-a-porta. Esse é um dos serviços que vamos perder de certeza", disse.
Maria do Carmo Gaspar, habitante de S. Pedro da Cova, em Gondomar, contou à Lusa o insólito caso da sede de junta de freguesia que se prepara para encerrar, apesar de ter sido inaugurada apenas há uma semana.
"Uma junta de freguesia muito grande, que andamos há 20 anos a batalhar por ela, foi inaugurada no sábado, e agora está previsto ser encerrada", lamentou.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Subsídios às Juntas de Freguesia
Do blogue do vereador Rogério Raimundo as informações relativas à freguesia de Pataias na reunião de Câmara de 20 de Dezembro
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2012/12/617321dez20121545-falta-de-criterios.html
Freguesia de Pataias recebe 52 mil euros.
A Junta de Freguesia de Pataias vai receber 20 mil euros até ao final do ano.
A juntar a esta verba, acrescem 32 mil euros a serem pagos no início do ano.
Para além desta verba, o presidente da Junta de Freguesia de Pataias informou na última Assembleia de Freguesia, que há ainda uma verba de cerca de 16 mil euros referente ao último festival de verão, que também será desbloqueada pela Câmara para a Junta.
A informação no blogue uniralcobaca.blogspot
1. No período depois da ordem do dia surgiu, de repente propostas de apoio financeiro para algumas Juntas de Freguesia...
1.1.Alfeizerão 8 mil euros agora e 30 mil em 2013...Obras na zona do envolvimento do mercado
1.2. Benedita 5 mil euros agora e 25 mil em 2013...Festas da Vila
1.3.Cela 5 mil euros agora e 20 mil em 2013...Alargamento ponte Casal Ramos
1.4. Évora 4.368,96 euros agora e 10 mil em 2013...Capela dos Carris e subsídio para cilindro
1.5. Maiorga 1500 euros agora e nada em 2013
1.6. Martingança 10 mil euros agora e 30 mil em 2013...Pav de ruas
1,7. Pataias...20 mil euros agora e 32 mil em 2013...Pavimentações e remodelação da Junta
1.8. São Martinho 5 mil euros agora e 17 mil em 2013...WC na praia e obras no mercado
1.9. São Vicente 3 mil euros agora e 5 mil em 2013
1.10. Turquel 5 mil euros agora e 55 mil em 2013...tractor, cemitério e pavimentações em Carvalhal de Turquel
1.11. Vestiaria 2.500 euros agora e nada em 2013...horas de máquina
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2012/12/617321dez20121545-falta-de-criterios.html
Freguesia de Pataias recebe 52 mil euros.
A Junta de Freguesia de Pataias vai receber 20 mil euros até ao final do ano.
A juntar a esta verba, acrescem 32 mil euros a serem pagos no início do ano.
Para além desta verba, o presidente da Junta de Freguesia de Pataias informou na última Assembleia de Freguesia, que há ainda uma verba de cerca de 16 mil euros referente ao último festival de verão, que também será desbloqueada pela Câmara para a Junta.
A informação no blogue uniralcobaca.blogspot
1. No período depois da ordem do dia surgiu, de repente propostas de apoio financeiro para algumas Juntas de Freguesia...
1.1.Alfeizerão 8 mil euros agora e 30 mil em 2013...Obras na zona do envolvimento do mercado
1.2. Benedita 5 mil euros agora e 25 mil em 2013...Festas da Vila
1.3.Cela 5 mil euros agora e 20 mil em 2013...Alargamento ponte Casal Ramos
1.4. Évora 4.368,96 euros agora e 10 mil em 2013...Capela dos Carris e subsídio para cilindro
1.5. Maiorga 1500 euros agora e nada em 2013
1.6. Martingança 10 mil euros agora e 30 mil em 2013...Pav de ruas
1,7. Pataias...20 mil euros agora e 32 mil em 2013...Pavimentações e remodelação da Junta
1.8. São Martinho 5 mil euros agora e 17 mil em 2013...WC na praia e obras no mercado
1.9. São Vicente 3 mil euros agora e 5 mil em 2013
1.10. Turquel 5 mil euros agora e 55 mil em 2013...tractor, cemitério e pavimentações em Carvalhal de Turquel
1.11. Vestiaria 2.500 euros agora e nada em 2013...horas de máquina
Sola de Alparcata - Caminhada solidária
A notícia na edição 1009 do Região de Cister de 20 de dezembro de 2012
Caminhada do próximo domingo traz detalhes sobre nova atividade solidária
Sola de Alparcata organiza-se para dar mais um cabaz a uma família carenciada
Mais uma família carenciada, designada pelos membros do grupo Sola de Alparcata, deverá beneficiar, em breve, de um cabaz de compras. Aquela intenção vai ser participada e discutida no próximo domingo, no decorrer do almoço que encerra mais uma manhã de atividade.
Denominada “Caminhada do Pai Natal”, a iniciativa irá consistir num percurso circular (partida e chegada no mesmo local), saindo do Parque de Campismo das Paredes da Vitória, freguesia de Pataias, pelas 9:45 horas. Com distância de oito quilómetros, a caminhada irá ter um nível de dificuldade médio.
O almoço, servido no restaurante do Parque de Campismo, incluirá grelhados mistos e terá um custo de seis euros por adulto, devendo os interessados efetuar a respetiva inscrição junto dos membros do grupo, pelo mail soladealparcata@iol.pt ou na página do Facebook “Sola de Alparcata”.
Caminhada do próximo domingo traz detalhes sobre nova atividade solidária
Sola de Alparcata organiza-se para dar mais um cabaz a uma família carenciada
Mais uma família carenciada, designada pelos membros do grupo Sola de Alparcata, deverá beneficiar, em breve, de um cabaz de compras. Aquela intenção vai ser participada e discutida no próximo domingo, no decorrer do almoço que encerra mais uma manhã de atividade.
Denominada “Caminhada do Pai Natal”, a iniciativa irá consistir num percurso circular (partida e chegada no mesmo local), saindo do Parque de Campismo das Paredes da Vitória, freguesia de Pataias, pelas 9:45 horas. Com distância de oito quilómetros, a caminhada irá ter um nível de dificuldade médio.
O almoço, servido no restaurante do Parque de Campismo, incluirá grelhados mistos e terá um custo de seis euros por adulto, devendo os interessados efetuar a respetiva inscrição junto dos membros do grupo, pelo mail soladealparcata@iol.pt ou na página do Facebook “Sola de Alparcata”.
JF Pataias - Recolha de alimentos
A notícia na edição 1009 do Região de Cister de 20 de dezembro de 2012
Pataias
Campanha de recolha de alimentos para 60 famílias
Depois de terem recolhido toneladas de alimentos a favor do Banco Alimentar, os voluntários da zona Norte do concelho de Alcobaça são chamados a participar na campanha a favor da Loja Social da Junta de Freguesia de Pataias.
A iniciativa irá decorrer no Intermarché de Pataias e no Mini Preço (Calços, Martingança) durante o próximo domingo. Os clientes daquelas superfícies comerciais vão ser abordados no sentido de doarem bens alimentares e artigos de higiene que permitam garantir, ao longo do ano, o apoio a cerca de 60 famílias carenciadas (128 adultos e 38 crianças, residentes em Pataias e Martingança) previamente identificadas pela Junta de Freguesia.
Leite, enlatados, óleo, azeite, arroz, massa, cereais, bolachas e produtos de higiene são alguns dos artigos que os pataienses vão poder doar para a Loja Social, quer nos dois hipermercados quer em todos os minimercados espalhados pela zona Norte do concelho e devidamente identificados.
Suprir as necessidades imediatas das famílias carenciadas, através da recolha de diversos géneros usados ou novos; promover e desenvolver uma política social numa perspetiva integrada e potenciar a responsabilidade cívica e comunitária das pessoas beneficiadas são os principais objetivo do projeto da Loja Social.
Pataias
Campanha de recolha de alimentos para 60 famílias
Depois de terem recolhido toneladas de alimentos a favor do Banco Alimentar, os voluntários da zona Norte do concelho de Alcobaça são chamados a participar na campanha a favor da Loja Social da Junta de Freguesia de Pataias.
A iniciativa irá decorrer no Intermarché de Pataias e no Mini Preço (Calços, Martingança) durante o próximo domingo. Os clientes daquelas superfícies comerciais vão ser abordados no sentido de doarem bens alimentares e artigos de higiene que permitam garantir, ao longo do ano, o apoio a cerca de 60 famílias carenciadas (128 adultos e 38 crianças, residentes em Pataias e Martingança) previamente identificadas pela Junta de Freguesia.
Leite, enlatados, óleo, azeite, arroz, massa, cereais, bolachas e produtos de higiene são alguns dos artigos que os pataienses vão poder doar para a Loja Social, quer nos dois hipermercados quer em todos os minimercados espalhados pela zona Norte do concelho e devidamente identificados.
Suprir as necessidades imediatas das famílias carenciadas, através da recolha de diversos géneros usados ou novos; promover e desenvolver uma política social numa perspetiva integrada e potenciar a responsabilidade cívica e comunitária das pessoas beneficiadas são os principais objetivo do projeto da Loja Social.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Assembleia de Freguesia de Pataias aprova orçamento de 1 milhão de euros
A Assembleia de Freguesia de Pataias aprovou, ontem, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o ano 2013, apresentados pela Junta de Freguesia de Pataias. O orçamento tem um valor previsto no total de 1.056.991 euros.
No capítulo das receitas estão previstas como mais significativas:
Mercado – 110.000 €
Parque de Campismo – 220.400 €
Piscinas – 240.000 €
Outros – 278.108 € (Fundo de Estabilização Financeira, transferências da Câmara)
No capítulo das despesas, o destaque vai para:
Pessoal – 160.540 €
Aquisição de bens e serviços – 135.507 €
Investimentos – 139.199 €
Outros – 128.053 € (coletividades, apoios sociais, despesas bancárias)
Setorialmente, tem especial relevância as Piscinas e o Parque de Campismo.
Despesas com as piscinas:
Pessoal – 213.750 €
Aquisição de bens e serviços – 48.138 €
Investimento – 4.000 €
Despesas com o Parque de Campismo:
Pessoal – 15.000 €
Aquisição de bens e serviços – 62.650 €
Investimentos – 25.000 €
Durante a pequena discussão relativa ao orçamento, o Presidente da Junta esclareceu que apesar do elevado montante do orçamento (1 milhão de euros), a verba efetivamente disponível para investimentos é de apenas 140 mil euros, pelo que não será possível fazer grandes obras. Referiu ainda que a Junta assumiu um conjunto de compromissos e estabeleceu protocolos com diversas coletividades, apoiando-as mensalmente com uma verba fixa (por exemplo, os bombeiros com o pagamento do auditório, a Filarmónica com uma verba para a escola de música ou a ABEOTL com um subsídio para o lar). Inquirido pela bancada do PS, esclareceu ainda que apenas durante o 1º mandato, e dando cumprimento a então promessa eleitoral, os elementos do executivo abdicaram dos seus vencimentos, o que já não aconteceu no 2º e 3º mandatos.
Reorganização autárquica
No período antes da ordem do dia, Eduardo Calaxa questionou o executivo sobre qual a sua posição face a uma possível agregação com Alpedriz e Montes, adiantando que, pessoalmente, encarava como positiva para a freguesia essa situação. O Presidente da Junta respondeu que «não tenho medo de ser grande», dando a entender que via essa agregação também com bons olhos. Da discussão que se seguiu lamentou-se o facto de a Assembleia Municipal não ter tomado uma posição efetiva face à questão das agregações e que sob o ponto de vista dos serviços, uma agregação de Alpedriz, Montes e Cós pode significar uma perda significativa para Pataias, nomeadamente quanto às áreas de ação dos Bombeiros e da GNR, caso a nova freguesia seja servida por Alcobaça.
Espaço Cultural e Centro Escolar
Durante os trabalhos da Assembleia foi ainda referida a inauguração do novo espaço cultural, que funcionará, em regime de voluntariado, das 14h às 18h30 e cuja viabilidade será determinada pela futura afluência de público.
A bancada do PS lamentou ainda que, uma vez mais, Pataias tenha sido preterida em termos de investimentos, face a Alcobaça e à Benedita, nomeadamente quanto à construção do novo centro escolar e da há muito falada requalificação da Avenida Rainha Santa Isabel: «obras prometidas e que não foram feitas». O presidente da Junta acabou por dizer que, neste momento, há que contextualizar a situação socioeconómica do país e das autarquias, o que pode levar ao adiamento por 4 ou 5 anos de alguns projetos.
Foi ainda informado que face ao que aconteceu nas Paredes no último fim de semana, já se deslocaram à praia técnicos da ARH que irão estudar soluções para fixar o leito do rio e repor parte do cordão dunar destruído.
Período aberto ao público
No período aberto ao público, desta vez com a presença de duas pessoas, foram abordadas por Paulo Grilo questões relativas à Praia das Paredes, tendo falado em incúria por parte das entidades responsáveis pela praia e pela situação a que se deixou chegar o paredão de suporte da marginal.
Referiu-se ainda que, face ao que foi dito pelo presidente da Junta e a referência à existência de um contexto atual de “vacas magras”, a solução lógica (com muita pena sua) seria aproveitar as instalações da EB2,3 para alojar o centro escolar de Pataias, com possível transferência de turmas do 3º ciclo para Alcobaça.
Finalmente referiu que não havia sido só a Assembleia Municipal que não tomou uma posição, também a Assembleia de Freguesia de Pataias nada havia feito, mesmo quando confrontada com a agregação com a Martingança. Como pataiense, e face a uma proposta que visa acabar com a freguesia de Pataias, tal como se conhece hoje, nada foi discutido e nada foi feito. Referiu ainda que se ainda se podia perceber a tomada de posição da Assembleia em junho (aceitar as decisões da Assembleia Municipal) quando a freguesia de Pataias não era diretamente afetada pelas agregações, o mesmo não se compreende quando em novembro é proposta a agregação de Pataias com a Martingança. Terminou dizendo que essa era uma matéria que justificava ouvir as pessoas da freguesia e realizar uma assembleia extraordinária e, quem sabe, uma eventual mudança de posição. Ou não. Mas que essa discussão tinha que ter sido feita, pois assim parece ter havido uma demissão nas responsabilidades por parte de quem representa a freguesia de Pataias.
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