Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A fonte da Agroeira

A fonte da Agroeira, na praia das Paredes, faz parte do imaginário daqueles que, nascidos depois de 1960, e que sempre frequentaram as Paredes, nunca a conheceram. O nome da Agroeira, que a pouco e pouco foi caindo em desuso, foi recuperado já recentemente quando uma nativa das Paredes recuperou o nome para o seu pequeno café.
Durante as décadas de 1960 e 1970, as barracas do “campismo selvagem” estendiam-se também elas até à Agroeira.
A fonte da Agroeira localizava-se algures entre as Paredes e o Castelo. Um pequeno fio de água fresca e saborosa, sulcava a arriba e corria sobre a praia. Com a abertura da nova estrada florestal entre a aldeia de Paredes e a capela de Nossa Senhora da Vitória, nos finais da década de 1950, a fonte acabou por ser soterrada e desapareceu.
As condições do mar no último inverno, que galgou sobre a praia e atacou a base da arriba da Senhora da Vitória, “descobriu” de novo a fonte da Agroeira, que tímida, volta a fazer correr na praia o seu pequeno rio, embora sem o fulgor de outras épocas. 


Fonte da Agroeira, na década de 1950 (Fotografia cedida pelo António Gonçalves)

Fonte da Agroeira, 1958. Fonte: Levantamento aéreo do IGeoE, 1958

O rio da agroeira, em agosto de 1957. Fotografia cedida pela AMA Paredes.

A agroeira em abril de 2013.

A agroeira em junho de 2013.


A fonte da agroeira em julho de 2013.

2 comentários:

  1. Segundo me disseram uma vez o nome da fonte deriva da abundância de agriões junto da dita nascente. Será isso verdade? Abraço.

    Tiago Inácio

    ResponderEliminar
  2. Penso que era o José Romão, sempre ouvi dizer isto, ele comia parte das frases, na minha família usamos esta frase com uma certa frequência quando alguém quer dizer uma coisa e as palavras não lhe ocorrem "Fui à maré aos agriões" ele queria dizer que tinha ido à maré ao castelo e no caminho tinha apanhado agriões na agroeira. Por altura do campismo selvagem esteve na agroeira o António Camocha "Tuna" e a água para lavar a loiça, cozinhar e beber era proveniente de um bidão sem topos enterrado que servia de poço, ou seja, descavando aparece a água doce. Assim como existia uma nascente de água doce sensivelmente a 1/3 entre a arriba e a ponta do Castelo.

    Emídio Agostinho

    ResponderEliminar