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domingo, 15 de junho de 2014

Para variar, uma boa intervenção na praia das Paredes

Durante 3 dias, quarta-quinta-sexta, uma máquina giratória, dois dumpers e uma máquina de lagartas, procederam a uma intervenção no areal da praia das Paredes. De todas as intervenções que nos útimos anos são sempre feitas no areal, esta parece ser aquela que melhor protege a praia.
Nos anos anteriores, o que tem sido feito é o regularizar a praia através do espalhar a areia existente de um lado para o outro. O que significou, sempre, destruir e rebaixar a duna junto à linha de água, transferindo a areia para o interior. Este ano, com o auxílio dos dumpers, uma máquina giratória retirou a areia das coroas que se formam na zona de espraiamento do mar, não intervindo nessa duna inicial, e transportaram essa areia para o interior, aumentando a cota da praia em mais de um metro.
A olho, vale o que vale, cerca de 4500 m3 de areia foram movimentados em apenas 3 dias, sem que isso significasse o rebaixamento da cota da praia, em qualquer um dos seus locais ou a diminuição da sua extensão. E o facto mais saliente é que depois desta intervenção, o mar voltou a repor a areia nos locais onde ela foi extraída.
Ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores, uma intervenção com sentido, em 3 dias. Uma das últimas das intervenções, durou 3 semanas e reduziu a cota da praia em mais de um metro na sua altitude, o que contribuiu para que as consequências das intempéries do último inverno fossem o que foram.

Outro aspeto a considerar é a compatibilização da salvaguarda da praia e das infraestruturas construídas e o uso balnear. Estamos no Verão e não será possível que outras intervenções com maquinaria pesada sejam feitas quando a praia tem a afluência que possui. É preciso fazer opções.
Assim, aguarda-se com expetativa as intervenções prometidas para depois do verão, nomeadamente a proteção às dunas, a reposição dos estrados e varandas em madeira junto à marginal e uma intervenção sobre a regularização do rio nos primeiros 50 metros de areal da praia.
Duas notas finais:
É necessária a reconstrução da ponte sobre o rio, pela mobilidade, comodidade e ligação que faz ao longo de todo o areal concessionado;
É urgente restabelecer os acessos a pessoas com mobilidade condicionada à praia em toda a sua plenitude. O único acesso é uma rampa improvisada junto ao bar do Saldanha a que pessoas em cadeira de rodas só conseguem aceder depois de descerem a escadaria junto ao rio…
 A rampa de acesso ao areal para pessoas com mobilidade condicionada faz-se por esta escadaria.

 O enchimento da praia e do cordão dunar destruído pelas tempestades de inverno.

A retirada de areia da coroa sobre a linha de água. A duna não foi desfeita, mantendo a sua cota o que oferece proteção suplementar ao areal perante uma ondulação maior.

 O "enchimento" da praia e aumento da sua cota em cerca de 1ou 2 metros sem que isso significasse a movimentação de areias já existentes e disponíveis na própria praia. As areias foram retiradas da zona intertidal (entre as marés) e rapidamente repostas pelo próprio mar. 

Num cálculo a "olhómetro", 4500 metros cúbicos de areia foram acrescentados à praia em 3 apenas dias.

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