Foi inserido como comentário aqui, mas tendo em consideração a qualidade do comentário e a pertinência dos argumentos, tomei a liberdade de o transcrever e dar destaque individual.
Imprecisões… equívocos… ou o quem tudo quer, tudo poderá perder – direi eu!
1º - O facto da Escola EB 2,3 de Pataias ter tido, até agora, uma personalidade jurídica própria nunca constituiu qualquer obstáculo a que os seus alunos continuassem estudos, após o 9º ano, na Escola Secundária D. Inês de Castro. Aliás, na última meia dúzia de anos, o número de alunos a fazerem a continuação de estudos em Alcobaça aumentou.
2º - Comparar Marinha Grande (escola pública) e Nazaré (escola privada mas com dinheiros públicos), não só é querer pôr em pé de igualdade o que é desigual, como me leva a perguntar o porquê de não ter sido levada a cabo, ao longo destes anos todos, uma acção de combate à fuga dos alunos do nosso concelho para o Juncal (concelho de Porto de Mós)?
3º - A verticalização, para já, já fez desaparecer juridicamente a Escola EB 2,3 de Pataias. Quanto ao seu desaparecimento físico, este está, no meu entender, agora, mais facilitado. Senão, veja-se: quando é que mais escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância encerraram? Não foi após o aparecimento dos agrupamentos? Por que é que agora poderá ser diferente? Além disso, se tudo se concentra em Alcobaça, o que é que impede os pais das povoações mais a norte do concelho, mais ligados à Marinha Grande em termos profissionais e comerciais, de levar os seus filhos, uma vez concluído o 1º ciclo, para esta? E por sua vez, o que impede os das freguesias mais próximas de Alcobaça de os trazerem logo para uma das escolas, deste novo agrupamento, situadas na cidade? Se tal acontecer, - e Deus queira que eu me engane – o que restará a Pataias?
4º - E por último, Senhor Presidente, permita-me discordar da sua afirmação:
- Em primeiro lugar, não consegui, ainda, descortinar qualquer “inteligência” no encerramento do Agrupamento de Escolas de Pataias. Tendo este mais de 800 alunos, e sendo dadas como exemplos recorrentes as Escolas da Finlândia, – cerca de 500/600 alunos – onde está a inteligência? Só se a “inteligência” estiver no facto de um punhado de pessoas se ter prestado ao papel de assinar a carta de despedimento de professores e, sobretudo, de funcionários administrativos, que o governo ainda não se tinha disposto a assinar este ano…
- Depois, considerar o encerramento de serviços, por si só, um acto “inteligente”, obrigar-me-ia a considerar “inteligente” o anterior Primeiro-Ministro que se distinguiu no encerramento de escolas, centros de saúde, urgências hospitalares, maternidades, etc. E, pessoalmente, recuso-me a tal. Esperto terá sido, sem dúvida! Por isso hoje se encontra por Paris …
- E, finalmente, então terei de reconhecer que, afinal, a suprema “inteligência” será atingida pelo nosso actual Primeiro-Ministro quando, depois de completar o trabalho de encerramento de escolas, tribunais, hospitais e maternidades, iniciado pelo governo anterior, extinguir, também, a generalidade das freguesias e dos municípios…
Já agora, porque não se fecha o país?
João Paiva
Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Continuo a pensar que Pataias vai perder e muito...
ResponderEliminarEsta decisão tomada pelo "concelho geral" ficará marcada na história. "Concelho" este em que a maioria dos seus membros são de Pataias e alguns são políticos do topo da hierarquia, tanto do psd como do ps, o que é que estão a ver de bom com esta decisão aqui para o norte, ou será que não estiveram presentes na decisão?
O futuro irá mostrar porque é que é que estas "pessoas iluminadas" tonaram esta interessante decisão de interesses.
Será possível ter acesso à acta da reunião em que esta decisão foi tomada?
Àrrã da Lagoa