Sendo muitas vezes (erronea e abusivamente) usados para classificar as escolas como “boas” ou “más”, é sempre necessário chamar a atenção que estes resultados resultam de uma análise aritmética simples dos exames, e que qualquer interpretação separada de uma análise do contexto escolar específico e da comparação dos resultados ao longo dos anos (de cada escola e das escolas onde se insere), é sempre pouco sério e demagógico.
Quantos aos resultados deste ano, a EB 2,3 de Pataias destacou-se a nível concelhio no 9º ano, com a melhor média. A nível do distrito de Leiria é a 4ª escola pública com os melhores resultados.
Pode consultar resultados dos anos anteriores aqui: http://sapinhogelasio.blogspot.pt/2013/11/rankings-das-escolas-volta-de-pataias.html
Fonte: jornal Público
Ainda a propósito dos rankings, a opinião de Paulo Guinote, que partilho:
Os rankings como retrato de uma Educação a várias velocidades
(…)
O que a última década de rankings nos revela de forma mais evidente é que não se pode perturbar continuamente o funcionamento das escolas, em especial das públicas, e esperar que ela acompanhem o desempenho das privadas que funcionam com estabilidade ao longo dos anos, praticamente imunes aos efeitos da incontinência legislativa do Ministério da Educação. Revela-nos ainda que, sejam públicas ou privadas, as escolas mais inclusivas, as que não praticam formas mais ou menos assumidas de selecção dos alunos, tendem a ter desempenhos menos positivos à medida que as condições de vida da parte mais desfavorecida da população pioram, mesmo se esse factor não determina, por si só, o insucesso individual. Complementarmente, demonstra-nos que a aposta num apoio diferenciado às escolas públicas, com investimentos concentrados numa minoria de equipamentos de elevada qualidade, em regra localizados em zonas que já antes dispunham de condições envolventes mais vantajosas, conduziu a um agravamento das desigualdades na própria rede pública.
Sem comentários:
Enviar um comentário