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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Golfe da Pedra do Ouro cada vez mais longe

Da edição nº907 de 6 de Janeiro de 2011 do Região de Cister.

Presidente da Câmara acusa CCDR de "fundamentalismo ambiental"

Previstos há vários anos, os projectos de investimento em campos de golfe no concelho de Alcobaça estão atrasados nos gabinetes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, organismo que Paulo Inácio acusa de "fundamentalismo ambiental".

Refere o autarca que o processo está "complicado", sobretudo pela análise da CCDR, que tem vindo a demonstrar "sinais de dificuldades" sobretudo no que diz respeito ao golfe da Pedra do Ouro.

Sobre aquele projecto, e segundo Paulo Inácio, a comissão tem levantado problemas relacionados com as dunas.

"Tivemos o bom senso de reduzir de 12 mil para 8500 camas", revela Paulo Inácio, que garante que têm sido cumpridos os requisitos daquele organismo.

Até ao fecho desta edição não foi possível ouvir a CCDR.

Para Alcobaça estão em análise dois projectos, um de grandes dimensões na Pedra do Ouro, integrando dois campos de golfe de 18 buracos, turismo residencial e dois hotéis. Outro junto a São Martinho do Porto, inclui golfe de 18 buracos, aldeamento e hotel.


Comentário

Eu percebo Paulo Inácio no seu papel de presidente da Câmara.
Está a defender o que pensa ser melhor para o concelho. Mas será por este caminho?
Por outro lado, quem está na CCDR vê na sua secretária uma série de pastas com o nome de Alcobaça: ALE da Benedita, Quinta da Cela, Cova da Onça, Golfe de S. Martinho do Porto, Golfe da Pedra do Ouro, Zona Industrial de Pataias, Mercado e Zona Desportiva de Pataias, apenas para citar alguns.
Curiosamente todos eles, ou quase, em solos de uso altamente condicionado: RAN, REN e Parque Natural, por exemplo.
É fácil acusar alguém de "fundamentalismo ambiental" quando todas as nossas acções apontam para uma prática exactamente oposta.
Que alternativas, ou acções, apresenta a Câmara Municipal para convencer a CCDR de que aprovando estes projectos, continuam salvaguardados os interesses ambientais e desenvolvimento do município e da região do Oeste? 
Sem essas alternativas, Paulo Inácio estará a pregar no deserto.
Quanto ao projecto imobiliário na Pedra do Ouro, no contexto económico actual e sem o golfe, está condenado a ser um flop. Será?

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