O texto e as fotografias foram amavelmente disponibilizados pelo Tiago Inácio, da Burinhosa, entusiasta do Geocaching e interessado pela história local.
A velha casa do Guarda
Localização: Burinhosa - em direcção à Mata Nacional
O limite da mata Nacional
Antes e durante a Ditadura Salazarista, a Mata Nacional de Leiria teve uma grande importância na economia local e nacional. Para garantir que não era roubada madeira e afins da Mata Nacional, foi construído um fosso (ou vala) em todo o seu limite e que até perto do fim da Ditadura era feita a sua manutenção. O fosso ainda tinha alguma profundidade, e como os tradicionais carros de bois não o conseguiam atravessar eram obrigados a dirigirem-se até ás cancelas para entrarem dentro dos limites da mata, normalmente para fazer as limpezas da mata ou apenas para recolher caruma (muito utilizada para os currais de animais e eiras). Assim deste modo, cada carro de bois que saía da mata era inspeccionado para garantir que não haveria roubos na mata de Leiria.
Neste local existia isso mesmo, uma entrada para a Mata Nacional de Leiria, sobre o olhar atento, o guarda que aqui viveu controlava as entradas e saídas da mata nacional, e vivia na casa do guarda, que actualmente apenas existem ruínas. Se der uma pequena volta pelo local encontra o dito fosso, que actualmente praticamente se encontra enterrado e ainda o marco de cimento onde assentava a dita cancela.
A Casa Do Guarda
Construída há mais de 100 anos (Finais do Séc. XIX), tinha 2 quartos, uma cozinha, uma sala, uma forno a lenha no exterior e uma área de currais. Mais abaixo existia um terreno de cultivo exclusivo para o Guarda e a sua Família, onde ainda existe um poço. A casa ficou ao abandono durante mais de 2 décadas até que foi demolida no final dos anos 90. Actualmente apenas existem ruínas, e a cisterna (Cuidado!) que servia de sustento à casa.
Ponto de Vigia “Facho”
Esse Ponto foi mandado construir pelo ilustre silvicultor Bernardino Barros juntamente com o ponto das Crastinhas. Com uma estrutura inicial de madeira (de duração limitada), a sua construção foi sendo progressivamente alterada, o que levou à sua substituição por armações de ferro. Até á alguns anos existia uma casa anexada para os vigilantes dormitarem. Actualmente já não existe a casa e o ponto de vigia encontra-se bastante degradado.
“Os pontos de vigia do pinhal de Leiria são quatro olhos vigilantes...” Pinto A. A., 1938.
Muito Obrigado ao Sr Joaquim Duarte Monteiro e á Sra Lucília Maria Soares
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