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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Hospital de Alcobaça fecha (por enquanto, só valências)

A notícia no Correio da Manhã
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/oeste-ministerio-da-saude-poupa-275-milhoes-de-euros

Reestruturação dos serviços hospitalares
Oeste: Ministério da Saúde poupa 27,5 milhões de euros


O Ministério da Saúde espera poupar 27,5 milhões de euros com a reestruturação de serviços nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

De acordo com uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSVLT) divulgada esta quinta-feira pela Lusa, "estima-se uma redução de custos" de 27,5 milhões de euros.
A proposta, que está a ser discutida com as administrações hospitalares, tem como objectivo "dar sustentabilidade financeira" ao futuro centro hospitalar, depois de ambas as unidades terem chegado ao fim de 2011 com um défice 20,5 milhões de euros (11,5 milhões nas Caldas da Rainha e 9 milhões em Torres Vedras).
Por outro lado, os respectivos orçamentos para 2012 sofreram cortes significativos, tendo Caldas da Rainha passado a receber 35,6 milhões de euros em vez dos 56 milhões de 2011 e Torres Vedras 26,4 milhões de euros contra os 40,7 milhões.
A poupança deverá ser conseguida através da repartição de valências médicas entre os dois hospitais prevista e da sua fusão num único centro hospitalar gerido pela mesma administração.
Além disso, prevê-se um "melhor aproveitamento da capacidade instalada quer do bloco operatório, quer da consulta externa e dos meios complementares de diagnóstico".
As medidas, segundo a ARSLVT, vão contribuir para a "redução da contratação externa de recursos humanos, das horas extraordinárias e dos suplementos remuneratórios e das despesas com consumos clínicos e medicamentos".
A concentração de serviços e a optimização de recursos deverão reduzir a despesa em cerca de 12 milhões de euros.
Os "ganhos de escala" vão ser também obtidos por via da concentração de serviços hospitalares que até agora estavam multiplicados por várias unidades hospitalares da região e até deslocalizados nos hospitais de Peniche e de Alcobaça.
Peniche e Alcobaça deixam de ter internamento e deverão ser transformados em unidades de cuidados continuados, o que permitirá poupar 15 milhões de euros com o encerramento dos serviços hospitalares e 2,2 milhões com o fim do internamento nestas unidades.
As consultas de especialidade vão manter-se adstritas aos respectivos centros de saúde e, enquanto a urgência de Peniche deverá ficar em funcionamento, a de Alcobaça deverá encerrar, estando a tutela a equacionar entregar as instalações à Santa Casa da Misericórdia.
Apesar de manter a pneumologia, o ministério pretende também encerrar o Hospital José Maria Antunes Júnior, em Torres Vedras, ao reduzir as 15 camas de internamento e reduzir a despesa em  meio milhão de euros, sendo os doentes transferidos para o Hospital Pulido Valente, em Lisboa.
A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve o Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.

Comentário


O que verdadeiramente me chateia, é que estando Pataias empalada por Alcobaça, vê-se obrigada a tomar parte nestas medidas economicistas.
Principalmente quando temos o hospital de Santo André em Leiria, ao qual chegamos mais depressa (e com melhor estrada) do que chegamos a Alcobaça.
Mas é bom que Alcobaça, e em especial os pataienses, não esqueçam das promessas feitas ainda há pouco tempo de manutenção do hospital e da melhoria dos seus serviços.
Também não devemos esquecer que foi a Câmara que optou por uma junção às Caldas da Rainha em detrimento de Leiria, nunca perguntando aos munícipes do norte do concelho o que pensavam sobre o assunto.
Para uma urgência teremos de ir até às Caldas ou para uma consulta hospitalar teremos de ir até Torres Vedras, com Leiria a dois passos?
Ficarão as pessoas de Pataias isentas de portagens na A8 de forma a assegurarem rapidez no acesso à saúde?
O que é que os nossos eleitos estão dispostos a fazer para nos assegurar um acesso à saúde digno e de qualidade?

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