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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Perigo de derrocada de arribas no litoral de Pataias

A notíca vem na edição escrita nº930 do Regiâo de Cister de 13 de Junho

Câmara de Alcobaça espera medidas da ARH Tejo
Arribas em risco aguardam intervenção

Há dois anos que estão identificadas as arribas em risco em praias da região, tendo sido assinalados seis casos no concelho de Alcobaça, mas, até à data, não foi efectuada qualquer intervenção, apesar de a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo ter garantido na passada semana que tem agido com as autarquias.
Para além das placas de aviso de perigo que são colocadas nas zonas de maior risco, não houve qualquer melhoria para minimizar os riscos nas praias. “Achamos que devem ser tomadas medidas de emergência e esperamos que a ARH proceda em conformidade”, defendeu o presidente da Câmara de Alcobaça, que aguarda a intervenção daquele organismo e que garante que a autarquia não foi chamada para qualquer intervenção conjunta.
Em 2009, após a derrocada na praia Maria Luisa, no Algarve, que matou cinco pessoas, foram efectuadas derrocadas controladas em três casos na área de intervenção da ARH do Tejo e foram anunciadas, em Setembro desse ano, outras quatro, uma das quais na arriba norte de Vale Furado. A intervenção não aconteceu.
O presidente da ARH, Manuel Lacerda, garantiu, em declarações à imprensa, que as arribas costeiras em situação de instabilidade estão todas identificadas e a ser monitorizadas e que “as arribas que apresentam maior instabilidade e perigosidade” estão “devidamente balizadas”, tendo sido promovido o derrube das pedras que apresentavam uma situação “periclitante”. Porém, no concelho de Alcobaça não se verificaram derrubes em qualquer um dos seis casos identificados. Apesar das tentativas, não foi possível ouvir o responsável da ARH do Tejo sobre esta matéria.
“Nunca chegou a acontecer nenhum episódio menos feliz mas há várias situações que nos preocupam, nomeadamente em Vale Furado e na Pedra do Ouro”, revela Paulo Inácio, que pede cuidados aos veraneantes, no sentido de não se aproximarem das arribas, nomeadamente daquelas onde existirem placas com indicação de perigo. Apelo idêntico tinha sido feito por Manuel Lacerda, que pediu às populações para terem um “comportamento adequado à informação que está disponibilizada” nas zonas balneares de forma a minimizar os riscos de acidentes e a informarem as autoridades de alguma situação de instabilidade que detetem ou de alguma placa que necessite de ser reposta.

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