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segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Regeneração Urbana - 3/4

As características da regeneração urbana

Em meados da década de 1970 estamos assim num contexto de forte desindustrialização, enfraquecimento do papel e da intervenção do Estado e abandono de áreas em pleno centro das cidades.
No coração das cidades há agora áreas obsoletas em processo de forte declínio, de dimensões consideráveis. São espaços que exigem medidas específicas ao nível do planeamento, são áreas compartidas e fechadas sobre si próprias apesar de se encontram integradas no tecido urbano envolvente. Os solos apresentam-se muito contaminados sendo também necessário desmontar estruturas. Os custos de intervenção são elevadíssimos, obrigando a repensar não só as formas de intervenção como a escala da mesma.
A regeneração urbana, como já foi referido anteriormente, é diferente quer da renovação, quer da reabilitação, muito em função das suas próprias características, que podem ser classificadas em primárias e secundárias.

Características primárias

São um conjunto de características que decorrem da essência do próprio processo de regeneração urbana:
A abrangência é uma das características, pois a regeneração urbana procura resolver no mesmo processo vários tipos de intervenção (ao nível do edificado, da economia, do social, do ambiente);
A integração, pois utiliza diferentes fontes de financiamento e trabalha com diversos organismos e actores (privados e públicos), tendo como finalidade a conjugação de todos os elementos num só processo e num só projecto;
A estratégia, porque existe uma definição de objectivos, cenários, prioridades e soluções;
A flexibilidade, resultante do carácter estratégico da intervenção e da necessidade de definir a sua própria sustentabilidade e de se adaptar continuamente às circunstâncias;
O apoio em parcerias, porque dificilmente os investimentos necessários poderão vir de uma só entidade;
A sustentabilidade, pois tem em conta não só as questões ambientais como também as preocupações económico-financeiras e sociais de toda a intervenção.

Características secundárias

Estas características referem-se ao contexto (social, económico, legal e institucional) em que a intervenção ocorre. Questiona-se, relativamente ao processo de regeneração urbana, quem toma a iniciativa; qual o enquadramento legal, institucional e político; como se concretiza; quais as estratégias de actuação; qual a origem do investimento; quais as parcerias e que tipo de parcerias.

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