Paredes da Vitória
A percepção e alteração dos usos da praia (pelos seus habitantes e moradores)
Tratamento dos inquéritos (3/6)
A PERCEPÇÃO DA PRAIA (1/2)
Neste trabalho pretende-se também determinar como a praia sofreu alterações e como as mesmas são percepcionadas pela população, nomeadamente a intervenção de requalificação urbana (da responsabilidade da Câmara Municipal) e da requalificação da praia (ao abrigo do POOC). De forma a tentar perceber se as intervenções corresponderam quer aos objectivos dos promotores, quer às expectativas dos residentes e frequentadores, decidiu-se dividir o universo dos inquiridos em dois grupos: Grupo A (residentes e com 2ª habitação), Grupo B (não residentes, sem segunda habitação).
De uma forma geral, a praia de Paredes da Vitória é associada a imagens muito positivas. Palavras relacionadas com descanso e tranquilidade, beleza, felicidade, férias, lazer e qualidade-de-vida são frequentes e representam 46,2% das respostas obtidas. Significativa também, é a imagem visual da própria praia dominada pelo corpo rochoso a norte da mesma, uma vez 17,4% dos inquiridos associam a palavra “Castelo” (nome pelo qual é conhecida localmente a rocha), à própria praia.
Quadro 5 – Palavras associadas à praia de Paredes da Vitória
Esta forte imagem mental do Castelo é reforçada quando se questiona sobre qual o elemento visual mais marcante da praia (30,6%), embora quer o extenso areal, quer o vale adjacente também tenham um importante conjunto de respostas. Outras respostas interessantes estão associadas ao rio e à ETAR, com um total de 15% de respostas.
Quadro 6 – Elementos visuais mais marcantes na paisagem
Se o Castelo e o extenso areal são a principal imagem da praia para os indivíduos do Grupo A, são os indivíduos do Grupo B quem mais refere o impacto na imagem da praia da construção do edifício da ETAR. Quanto ao vale, as respostas são distribuídas de forma relativamente equitativa entre ambos os grupos.
Fig. 10 - Paredes, Vale de Paredes e Moinhos, nos finais da década de 1980, princípios de 1990. Foto: Vitor Ferreira
Quanto ao edificado, 53,8% dos inquiridos consideram que o número de construções existentes é o adequado, mas 75% expressam a sua opinião de que as mesmas só em alguns locais se encontram devidamente enquadradas. Os inquiridos do Grupo A são mais críticos neste aspecto que os do Grupo B, pois 61,5% consideram que as construções existentes estão em excesso e nenhum as considera bem enquadradas e em harmonia com o meio.
Quadro 7 – Integração das construções existentes na paisagem
Quadro 8 - Relação do número de construções existentes face ao espaço e à paisagem
Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
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